A minha fome é insaciável. Também o é a minha sede.
Tenho fome das tuas mãos a percorrerem-me o corpo e da tua saliva a cobrir-me como uma segunda pele. Tenho fome dos teus beijos misturados com os meus e das palavras que as nossas línguas trocavam. Das noites das madrugadas do amor. Do teu calor. Do teu cheiro. A minha fome é do tamanho da Terra.
Tenho sede de todos os rios e de ser novamente fonte e descer montanhas e correr vales desenfreadamente rasgando a terra em busca do caminho até à foz. Tenho sede das margens que em mim fazias com o teu olhar. Da verdade que somos. Do futuro que seremos. A minha sede é do tamanho de todos os Mares.
Tenho fome do teu abraço. E tenho sede do teu sorriso...
Thursday, July 15, 2010
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24 comments:
O que dizer de tamanha fome...?
A maneira sentida como a descreve, já se basta.
Beijo imenso, AICeT!
Que maravilha, esta prosa tão poética! Que bela paixão escorre de cada palavra: seja ela água para matar essa sede!
Beijinho grato por estes momentos agradáveis
Diz pra mim quando isso acaba, Maria. Ou não acaba?
boa noite pra ti (tão longa madrugada)
:))
"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão saciados" - ouvia eu nos meus tempos infanto-juvenis, na igreja. É uma das famosas "bem aventuranças".
Acho que também deve funcionar para o amor!
Abreijo.
Fome e sede que só o amor «matará»...
Um beijo grande.
DESCRITA POR TI, A FOME E SEDE ATÉ PARECEM COISAS AGRADÁVEIS...
MAS O TEXTO É BELÍSSIMO, E MUITO POÉTICO.
BEIJOS, QUERIDA AMIGA.
"Tenho sede das margens que em mim fazias com o teu olhar"
E esta sede não se sacia nunca. Vai-se, eternamente, saciando.
Maria, um mar de beijos
Ricardo
Isso só vai passar com umas boas férias...
Bjs
Pois eu acho que não passa. Acho que o caudal do rio aumenta, como as saudades, com o tempo.
Beijos.
não há fome que sempre dure... nem sede que não acabe...
amorável texto.
gostei muito
beijos
É impossível saciar a vontade dos abraços e dos sorrisos...
Peço perdão por entar e deixar
NEM SEMPRE
Nem sempre o que parece é!
Nem sempre o que se pensa se faz!
Nem, sempre o que apetece se pode fazer!
Nem sempre a vida nos deixa fazer o que queremos!
Nem sempre o que luz é ouro!
Nem sempre estamos, quando estamos!
Nem sempre somos, quando somos!
E sendo assim...
Neste mundo o que muitas vezes parece, não é nada!
É apenas ilusão e miragem!...
Porque nem sempre...
O que parece é!...
LILI LARANJO
regresso com os verbos da fome nos olhos. todos os dias são uma equação na matemática que explica a sede.
___
um beijo maria
Querida Maria,
Sacia esse desejo,não morras de sede junto da fonte!
BeijO
AL
Essa da saliva a cobrir o corpo faz-me lembrar a boca do trolha "fazia-te um vestidinho de cuspe" ;)
Querida amiga!Olha me deu a saudade dos blogs? Está vento para curtir o mar...poema plena de amor e sensualidade entre alguém que se ama.
Beijinho e bfs
É muito lindo mesmo :)
Beijinhos, Maria e bom fim de semana.
Essa tanta fome e tanta sede...é um amor imenso, que te corre nas veias e que te inspira uma intensa verve poética!...
Beijinhos e bom fds,
Manuela
Belo texto de prosa poética. Uma espécie de Prozac literário...:-)
olha
vou beber uma taça de espumante bem fresquinha para daqui te tentar matar a sede.
beijos com fome do teu abraço
Que este tipo de fome e sede sejam sempre alimentados, e nunca saciados.
abraço!
gosto tanto de te ler!
gostava de sentir tudo isso. tão lindo. tão natural.
será que sequei por dentro Maria?
será que morri e ainda não sei?
beijos
este poema é dos mais lindos que já li.
É dessa fome e dessa sede que se faz nascer poesia ... quando se é poeta como tu !
Tão lindo e tão intenso, Maria!
Um beijo grande a voar para o oeste *
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