Saturday, August 25, 2012

Pequeno poema


Klimt, Mãe e Filho

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias, nem o Sol escureceu, nem houve Estrelas a mais... Somente, esquecida das dores, a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci, não houve nada de novo senão eu.
As nuvens não se espantaram, não enlouqueceu ninguém...
P'ra que o dia fosse enorme, bastava toda a ternura que olhava nos olhos de minha Mãe...

(Sebastião da Gama)

5 comments:

mfc said...

Uma ternura imensa.

Regressado de férias fica aqui um enorme beijinho.

trepadeira said...

Terno.

Quando morrer não queria deixar tudo na mesma.

Um abraço,
mário

Rosa dos Ventos said...

Lindo!
Gravura bem adequada...como não podia deixar de ser!

Abraço

samuel said...

Sempre muito bom... tudo!

Abreijo.

Maria Campos said...

Um texto que adoro e que comove qualquer mãe e qualquer filho.
Ótima escolha, Maria!
Li várias vezes o diário de Sebastião da Gama e tive o prazer de ser aluna de Luís Amaro de Oliveira que foi seu colega na faculdade.

Um beijo, Maria.