Mariazinha, deita os olhos pro mar
Pela tardinha, quando a noite espreitar
E no verde das águas sem fundo
Já se perde da esperança do mundo,
Pela tardinha, quando a noite espreitar
E no verde das águas sem fundo
Já se perde da esperança do mundo,
a afundar, a afundar
Mariazinha, deita os olhos pro mar
Tão pequenina, sem saber que pensar
Vê a roda do mundo girando
E os navios ao longe passando,
sem parar, sem parar
Mariazinha, deita os olhos pro mar
Tão quietinha, a chorar, a chorar
Uma fonte de sangue no peito
Uma sombra na boca e um trejeito
Tão quietinha, a chorar, a chorar
Uma fonte de sangue no peito
Uma sombra na boca e um trejeito
no olhar, sem parar
Mariazinha, deita os olhos pro mar
Tão caladinha, a chamar, a chamar
Vai pro fundo da noite fria
Numa barca de rendas, vazia,
Tão caladinha, a chamar, a chamar
Vai pro fundo da noite fria
Numa barca de rendas, vazia,
a afundar, sem parar
Mariazinha, com rendas de algas tapada
Tão quietinha
No fundo do mar pousada
Tão quietinha
No fundo do mar pousada
José Mário Branco
https://youtu.be/-kF60r6Twak
1 comment:
Ele era mesmo muito bom, e a sua música há-de ser sempre recordada pela gente da nossa geração! Marcou-nos cá dentro!
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