Wednesday, June 29, 2011

É já amanhã!

Reportagem RTP 15/4/2011 from Miguel Baptista on Vimeo.



Desculpem a insistência, mas é mesmo necessário que todos ajudemos.
Para quem não pode ir, poderá sempre fazer os donativos para a conta indicada num post abaixo. Nós agradecemos. O Gui também!


Para mais informações sobre o Gui: http://forcagui.wordpress.com/

Monday, June 27, 2011

Viagem a Cuba I




É difícil falar de Cuba. Porque Cuba não se fala, SENTE-SE!
As primeiras fotos que aqui deixo são precisamente imagens da FORÇA que eu senti nesta viagem. A Força de um povo que, apesar do embargo criminoso a que está sujeito, continua a resistir. E a lutar! Com a certeza de que vai vencer!


(as duas primeiras fotos foram tiradas à porta da casa onde estive instalada em Havana. A terceira foto é, naturalmente, do 1º de Maio na Praça da Revolução, Havana).

Saturday, June 25, 2011

Música para o fim-de-semana



Atrás da porta

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua

(Chico Buarque)

BOM FIM-DE-SEMANA!

Thursday, June 23, 2011

cinzas


Tenho as mãos cheias de cinzas. Queimei restos de um passado distante, tão distante que já nem quero lembrar mais. Restam as cinzas. E as memórias, porque as memórias ficam sempre e fazem parte de nós.
Tenho as mãos cheias de cinzas. Talvez as vá lançar ao vento ou no jardim de todos os sonhos. Onde nascem flores de todas as cores a cada primavera. Perco-me a olhar o mar, mesmo a meus pés, e num repente abro as mãos e deixo que as cinzas se escoem por entre os dedos.
Estranho como as cinzas de um passado que queimei vão agora alimentar vida...
Sabes que ficarás para sempre dentro de mim.

Monday, June 20, 2011

Lembram-se do Gui?


O Gui é um menino de 9 anos que sonha com bicicletas, skates e patins. Infelizmente ainda não é capaz de os poder usar. Nasceu prematuro e devido a complicações desenvolveu uma paralisia cerebral. No entanto ele não deixou de sonhar com bicicletas, skates e patins. Tem passado por um longo processo de recuperação, com várias visitas a Cuba, onde foi operado e onde tem feito vários períodos de fisioterapia. É neste país que estão os melhores meios para o Gui poder andar, por isso a mãe está a reunir condições para se mudar para lá por um longo período de tempo (1 a 3 anos). Este espectáculo será uma forma de o ajudar a reunir essas condições. A entrada custa 10 Euros, e seria importante termos a casa cheia. Se por acaso não puderem vir, podem sempre ajudar transferindo o valor do bilhete para: NIB: 0019 0092 00200008964 09 IBAN: PT50 0019 0092 0020 0008 9640 9 BIC: BBVAPTPL Para mais informações sobre o Gui: http://forcagui.wordpress.com/ (post surripiado daqui)

Saturday, June 18, 2011

No 1º ano da morte de José Saramago


Na ilha por vezes habitada


Na ilha por vezes habitada do que somos, há noites,
manhãs e madrugadas em que não precisamos de
morrer.
Então sabemos tudo do que foi e será.
O mundo aparece explicado definitivamente e entra
em nós uma grande serenidade, e dizem-se as
palavras que a significam.
Levantamos um punhado de terra e apertamo-la nas
mãos.
Com doçura.
Aí se contém toda a verdade suportável: o contorno, a
vontade e os limites.
Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o
sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do
mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos
ossos dela.
Libertemos devagar a terra onde acontecem milagres
como a água, a pedra e a raiz.
Cada um de nós é por enquanto a vida.
Isso nos baste.


(in Provavelmente Alegria)

Thursday, June 16, 2011

Cinzento


Há dias assim. Em que tudo nos parece cinzento, tão cinzento que não vemos para além de nós e do que sentimos. Mas há o Mundo lá fora. À nossa volta. Uma mão sobre o ombro, uma gargalhada que nos desperta.
Apesar do nada poder ser o poema inteiro.
Há noites assim. Em que o cinzento fica preto, de tão escuro. E não queremos ver nada para além do que escrevemos. Mas sentimos. Mas há Vida lá fora. À nossa volta. Um olhar que te beija. Um abraço que te aquece.
Apesar do nada poder ser o poema inteiro.

Tuesday, June 14, 2011

Dia 37


Não tens de quê! Dei-te o cigarro, o adeus, a água para o deserto, mas não me agradeças, não digas o meu nome.
Quero apenas que me deixes adormecer, que me abandones, que deites aos corvos e aos cães as minhas recordações. Não faz sentido a curva dos teus lábios, a penumbra quente das tuas coxas, a taça de álibis que me serviste.
Não faz sentido nada que tenhas para dar-me. Tira-me.
Apenas isso. Leva o que ainda guardava para ti, sem nada perguntar, sem um lamento ou um sorriso. Depois, parte.
Ficarei apagado, molhado de tristeza, num silêncio hostil e enfermo, procurando merecer-me, tentando ressurgir para lá de ti.
Não deixes nada. Nem a tua sombra, nem o teu cheiro.
A um canto, desolado, como se tivesse frio, quero apenas amar a tua ausência.


Joaquim Pessoa
(Do livro a publicar, ANO COMUM)

Friday, June 10, 2011

Música para o fim-de-semana, grande!





Um filme que merece sempre ser (re)visto!
Bom fim-de-semana.