Monday, March 11, 2013
Arco íris
Gostava de andar descalça. De sentir o fresco do chão e a humidade da terra. Por isso enterrava os pés quando passeava pela praia ou quando plantava flores. E gostava de andar à chuva, deixando que esta escorresse cara abaixo até os pingos entrarem na roupa e lhe molharem o corpo. Sentia-se assim parte integrante da Natureza.
No dia aprazado foi ao encontro que tinha marcado com o amado. Na ponte que atravessa o rio. Nessa ponte que os separa mas que também os une. Estiveram juntos todo o dia, fizeram o que ainda estava por fazer. Marcaram novo encontro para daqui a três meses, na mudança de estação. Voltou para casa. Começara a chuviscar e ainda teve tempo de ver o arco íris. Depois adormeceu. Em paz.
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9 comments:
Três meses, muito?
Para quem se quer tanto, o tempo nem conta... embora a espera doa
Lendo pausadamente, pude sentir a areia nos pés, a umidade, a chuva, o encontro, e ver o arco-íris.
beijo
Excelente texto. Mas três meses? Quando se ama são uma eternidade.
Um abraço e uma boa semana
O texto é sério demais para eu brincar: nunca gostei de andar descalço no pinhal, nem calçado na praia e nunca encontrei o amor na praia, foi sempre no pinhal!
Um abraço de três dias
beijo, Maria.
"descalça vai para a fonte/Leonor pela verdura..."
nada como fazer o que ainda não foi feito... bem feito!
Tudo se move
mas é improvável agarrar o tempo
bonito.
amoroso.
beijinhos Maria
Tão belo, Maria. E tão cheio de futuro...
Todos os arco-íris encerram em si o sonho e a paz tranquila das cores. Nós nunca perdemos as palavras...por vezes, demasiadas, os dedos ficam tolhidos e então sim, não se perdem mas amordaçam-se e não saem...
Gosto sempre das tuas visitas aos meus portos desabrigados...e que me tragas novas da nossa Ilha...
Beijo.
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