Espero-te na foz do rio, onde desaguas. É lá que me encontro. De olhar pousado no futuro. De corpo inteiro. Não te esqueças que todos os rios desaguam no mar. Não importa quanto tempo levam, mas é no mar que desaguam. Onde eu te espero, rio que és. No mar onde o silêncio é interrompido pelas ondas que se desfazem no areal. Que posso ser eu, ou tu. Ou todos nós.
Percorri todos os cais e não te vi. Talvez tivesse passado a desoras. Mas foi o meu tempo. Vento meu onde respiro. Não me inquietam as ausências. Inquietam-me as presenças. As ausências são suaves, as presenças são sangue fervente que me corre (ainda) nas veias. As noites são a minha companhia, manto de estrelas que recolho a cada madrugada. Deixo fluir as águas de mim que correm como ribeiro e um dia serão rio e chegarão ao mar. É lá que pouso o meu olhar, sempre. É no mar que te vejo, que te sinto, que te amo. É no mar que me devolvo a vida. Numa chegada de ficar. Para sempre.
9 comments:
Maria minha amiga! Adorei o poema ou prosa como queiras chamar,a certeza é que ele foi escrito com alma e verdade...adorei.
Fica um beijinho
amorável texto, Maria
muito belo e expressivo
beijo
Lindissimo, Maria!!!!!
Até me ieram as lágrimas aos olhos....
Sim, tenho estado por cá...Irei passar o Natal ao Lux.Realmente auentei-me por grandes temporadas, mas com estes cortes nas nossas pensões as viagens são em menor número....!
Posso partilhar o teu poema?
Um grande beijinho da flor
Desculpa os erros....
É claro que podes, Flor Grande.
Vais ao Lux e eu vim às tulipas ver as minhas... volto dia 10.
Boa viagem, saúde e muitos beijos pequeninos :)
Beijo.
Boa estadia, Maria!
Beijinho
Já o li na casinha da Girassol. E como lá disse, é sempre bom ler-te!
Mar - princípio e fim-...
Que belo texto, Maria!
Que seja prazerosa a tua estadia nas belas terras-baixas:))))
É nos oceanos que os rios se somem. Como nós desaguamos na imensidão do universo.
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