Saturday, September 27, 2014

Pele


Deitado o teu corpo reclama em cios
Cada poro da minha pele abrindo em flor
Despertas-me os sentidos mais sombrios
Sangue fervendo em corpo cheio de amor

No toque de mansinho e em arrepio
Cruzamos o olhar  em leito de cetim
E se és barco em que navego neste rio
Em ti transporto mel, canela e alecrim.

Pele de mim que despes lentamente
Em carne viva pulsando na tua mão
Fundimo-nos num só corpo e de repente
Apenas a roupa espalhada pelo chão

Com meus dedos agora te percorro
Toda a pele transpirada do calor
O teu cheiro ilumina-me e eu morro
Com sentido esvaída pelo amor.

3 comments:

Manuel Veiga said...

á flor da pele...
belo poema.

beijo

Parapeito said...

tao belo doce Maria...arrepia!
brisas doces ****

Mar Arável said...

Sempre bom visitar-te