Tuesday, October 28, 2014

Sigamos o cherne


Sigamos o cherne, minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...

Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...

Alexandre O’Neill

7 comments:

Rogério G.V. Pereira said...

O cherne, fede

Agulheta said...

Olá Maria.Hoje de visita aqui li um poema que não conhecia,obrigada pela partilha e de cherne!!!Nada.
Beijinho

Maria said...

Este cherne é O'Neill.
A 'outra coisa' foi um acidente de percurso... :)

O Puma said...

Hoje Passos Coelho
anunciou a sua recandidatura

não com promessas

mas com ameaças

Manuel Veiga said...

o cherne virou tainha...

beijo, Maria

São said...

Do poema gosto , porque Alexandre é muito bom escritor.

Pena estar ligado a um verme...

Bons sonhos

Parapeito said...

Este cherne sim...
Abraço**