Na fome verde das searas roxas
passava sorrindo Catarina.
Na fome verde das searas roxas
aí a papoila cresce na campina.
Na fome roxa das searas negras
que levas, Catarina, em tua fronte?
Na fome roxa das searas negras
aí devoravam corvos o horizonte!
Na fome negra das searas rubras
ai da papoila, ai da Catarina!
Na fome negra das searas rubras
trinta balas gritaram na campina.
Trinta balas
te mataram a fome, Catarina.
Papiniano Carlos
Em “Caminhos Serenos”, Poemas
que levas, Catarina, em tua fronte?
Na fome roxa das searas negras
aí devoravam corvos o horizonte!
Na fome negra das searas rubras
ai da papoila, ai da Catarina!
Na fome negra das searas rubras
trinta balas gritaram na campina.
Trinta balas
te mataram a fome, Catarina.
Papiniano Carlos
Em “Caminhos Serenos”, Poemas
2 comments:
Os nossos mortos não morrem
Mas
«quem viu matar Catarina
não perdoa a quem matou»
Bárbaro!
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