Assim com as palavras envolvidas
pela raiva dos potros sangue novo
encurralado nas veias repartidas
e ser uma cantiga um tiro um lenço
para as lágrimas doendo sobre o rosto
do meu país-abril onde me venço
varado pelas balas do desgosto
ou pela fome cuspida na poesia
aberta em cravo angústia ferramenta
com que o braço armado forja o dia
se a raiva do poema não aguenta.
Joaquim Pessoa
in Poemas de perfil
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