Nem sempre avaliamos o mal que causamos aos outros, mesmo a pessoas de quem gostamos, na forma como as tratamos. Ignoramos que há pessoas diferentes e se a umas nos podemos dirigir de determinada forma, a outras não. Entendemos que ser sincero, franco e frontal são atributos que devem prevalecer independentemente dos efeitos que as nossas palavras têm nos outros. O desgosto, o sofrimento e a dor que causamos são, muitas vezes, os custos da nossa autenticidade. É uma forma de pensarmos muito em nós e menos nos outros. Não sou exceção. Mas num tempo em que a agressividade verbal campeia, mesmo entre pessoas que se estimam, talvez não fosse pura perda de tempo refletirmos que sentido queremos dar à vida que ainda nos resta.
José Manuel Constantino
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