Pó
Sombras.
Rolos de fumo.
O ferro a dilatar-se
Em contorsão
Sob o malho pesado a martelar
Toma forma.
Ritmo!
Vibração!
Estalidos secos das correias
Que se cruzam no ar
Vertigem!...
Feições endurecidas
A cismar
Constantemente.
Recolho-me
E deixo o pensamento
Rodopiar co' a máquina...
Depressa!
Rotação!
Em meu cérebro torneio
O veio
Da vida em combustão.
ANTÓNIO DIAS LOURENÇO
(25 de Março de 1915 – 07 de Agosto de 2010)
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