Wednesday, August 21, 2024

Amiga

Quando já nada resta
nem o cavalinho de pau
em que guardámos
os sonhos das crianças
Quando o fumo da cidade
nos dói de pólvora e estilhaços
porque das chaminés não sobra
nem sequer o preconceito
Ergue-se ainda, confusa e serena,
uma esperança, uma amiga,
a glória e a raiva
vermelha e doce
que nos incendeia a vida.
CG
28.11.1977

1 comment:

brancas nuvens negras said...

Apreciei o poema. A imagem muito bem conjugada.