Sunday, February 20, 2011

Cantar Zeca



Era um redondo vocábulo
Uma soma agreste
Revelavam-se ondas
Em maninhos dedos
Polpas seus cabelos
Resíduos de lar,
Pelos degraus de Laura
A tinta caía
No móvel vazio,
Congregando farpas
Chamando o telefone
Matando baratas
A fúria crescia
Clamando vingança,
Nos degraus de Laura
No quarto das danças
Na rua os meninos
Brincando e Laura
Na sala de espera
Inda o ar educa

11 comments:

João P. said...

Maria:

Foi das primeiras canções que me lembro que me marcaram mesmo. Ouvi-a numas férias no Algarve, era miúdo e tinha o disco numa cassete!

( a primeira foi a "barquinha de Belém" que aprendi na escola com os meus 7 anos antes do 25 de Abril! )



Ainda hoje sinto "qualquer coisa" quando a ouço...

Muito obrigado

Rosa dos Ventos said...

E o Zeca nunca nos faltará!

Abraço

Fernando Samuel said...

Hoje também me lembrei dele... coincidências...

Um beijo grande.

samuel said...

É o único que canta isto realmente bem! :-)))

Abreijo.

mfc said...

É de uma ternura sublime.

anamar said...

Viva Maria...
Obrigada por este "redondo" musical.
Tudo bem?
Abraço

Luis Eme said...

ainda há pouco estive a ouvir "Abril" de Cristina Branco, com o Zeca...

beijinho Maria

Sérgio Ribeiro said...

Obrigado, Maria!

Um beijo

Justine said...

Zeca faz sempre tão bem...

Paula Barros said...

Maria, e se vir aqui me traz saudade, imagina ouvindo o sotaque na voz de Zeca...a saudade aperta.

beijinhos.

Maria said...

Obrigada por terem passado aqui.

Beijos.