ENTRE AS FLORES DE JUNHO
As tuas cinzas jazem num canteiro No último combate com a fatalIdade No
derradeiro encontro das Quatro Estações Assim te semeaste nos
Jardins da Terra Assim respondeste às bandeiras nos túmulos numa
tarde de sol para todos nós Entre as flores de Junho
Álvaro
Saiu uma nuvem de adeus No crematório Entre as jacarandás
Vestidas de roxo
Álvaro
Tu sabias que eras pó criaDor Tu sabias que eras breve mas jamais ausEnte
Álvaro
Não vale a pena dizer que não morreste Vale a pena dizer o que
deve ser dito Que nos ensinaste a viVer e a morrer
Álvaro
Não repetirei os passos da tua vida Não recontarei os passos da
tua morte Somente lembrarei que a História da Humanidade e a
História de Portugal estiveram no teu cortejo e bem se vê que
continuarão a precisar do teu nome Para escreVer o nome do Homem
Álvaro
Lámpara Marina em cada anoitecer Na melancolia recliNada nas janelas de
Lisboa
Álvaro
Dir-te-ei Continuas presEnte no mundo Embora te tenhas ausentado em Junho
Álvaro
Nunca será em vão chOrar por ti Mas cantaremos todos os dias
Até que amanhã seja já hoje
César Principe
resistir.info
Wednesday, June 13, 2012
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9 comments:
Outra data que não quero deixar passar em branco.
Depois volto
:)
E faz muito bem.Por tudo o que foi e deu ao país ele merece.
Um abraço
É um testemunho que temos obrigação de passar,por ele,por todos os que sofreram e morreram em nome de um ideal.
Um abraço,
mário
Se ao menos soubesse escrever um som
desenhar-lhe-ia um hino
(também eu o lembro)
beijo Maria,
"os mortos marcham a nosso lado".
quando vivos...
Devido poema, tal como o anterior, para devidos homens.
Um abraço devido
Devido poema, tal como o anterior, para devidos homens.
Um abraço devido
Munca morrem os homens de valor e que tanto lutaram pelos seus ideais e com a convicção de estarem a construir um mundo melhor para todos.
Álvaro Cunhal era e é um Homem que merece o respeito de todos, um daqueles a quem mais devemos a liberadde.
Merecida homenagem e texto lindíssimo do meu querido e também muito apreciado jornalista César Principe, que ao longo de tantos anos acompanhei no Jornal de Notícias e que foi sempre o orgulho dos seus leitores.
Beijos Maria, sempre.
Branca
Homens assim, combatentes, resistentes, não morrem, vivem em nós e são como farois na noite a indicar rumo. Abraço.
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