Thursday, October 16, 2014

Memória de Adriano


 
Em memória de Adriano
 
Nas tuas mãos tomaste uma guitarra
copo de vinho de alegria sã
sangria de suor e de cigarra
que à noite canta a festa da manhã.

Foste sempre o cantor que não se agarra
O que à terra chamou amante e irmã
Mas também português que investe e marra
Voz de alaúde e rosto de maçã.

O teu coração de oiro veio do Douro
Num barco de vindimas de cantigas
Tão generosas como a liberdade

Resta de ti a ilha dum tesouro
A jóia com as pedras mais antigas
Não é saudade, não! É amizade...
 
José Carlos Ary dos Santos

3 comments:

Manuel Veiga said...

beijo, querida amiga.

boas memórias...

que falta faz com sua voz insubmissa

Teresa Durães said...

Uma linda homenagem a quem merece!

Parapeito said...

Únicos.
Abraço**