Saturday, March 12, 2022

A cor da Liberdade

Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
Desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença 

E sempre a verdade vença,
Qual será ser livre aqui,
Não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
É quase um crime viver.

Mas embora escondam tudo
E me queiram cego e mudo,
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.

Jorge de Sena

2 comments:

" R y k @ r d o " said...

A liberdade é como o amor ... não tem idade nem cor
Belo poema
.
Feliz fim-de-semana … Saudações poéticas
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Parapeito said...

Ninguém deve morrer, sem saber a cor da liberdade e o cheiro também.
Curioso que tenho um livro de Mandela para ler, A Cor da Liberdade.
(ausente do facebook) mas com tempo e vontade de andar por aqui :)
brisas doces ***