Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p´ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p´ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p´ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p´ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
9 comments:
Tinha acabado de ver no Facebook alguém referir a data. Cada vez é mais importante lembrar Catarina e a luta pela jorna!
cada vez mais!
beijo
João P.
Eles voltam a andar por aí,também no poder,outra vez.
Um abraço,
mário
a actualidade intemporal....
um beijo
Inda um dia hás-de cantar!
Cantaremos Catarina mesmo na noite mais negra!
Um abraço de Aquémtejo
Infelizmente parece que a maioria da geração atual não acredita nestes factos. Cada vez oiço mais jovens a dizer que o País precisa de outro Salazar.
Um abraço e bom Domingo
obrigada.
um beijinho
Elsa
(levei para o face)
boa(s) memória(s).a tua(s)...
beijo
Que saudades me fizeste com este post, Maria! Desse tempo glorioso em que éramos novos e tudo parecia possível. Agora, há que passar o testemunho...
Beijinho
Passei por aqui... e permitam-me completar a informação: o poema chama-se "Cantar Alentejano", é da autoria de António Vicente Campinhas (Vila Nova de Cacela, 1910 - Vila Real de Santo António, 1998),poeta e prosador português algarvio. Começou a editar poesia em 1938, com o livro «Aguarelas». Entre as suas obras poéticas conta-se o livro Raiz da Serenidade. Em 1952 publica o seu primeiro romance «Fronteiriços», dedicado aos contrabandistas. Publicou ainda livros de contos. Este seu poema "Cantar Alentejano", em honra de Catarina Eufémia, foi musicado por José Afonso, no álbum "Cantigas de Maio" editado no Natal de 1971.
Um abraço a todos.
Post a Comment