Monday, October 30, 2006
Insonia
Quando eu deixar de existir
deixarei para os amigos todos os meus livros
Para ti
todos os meus poemas de amor
E a rosa que me deste
essa - viverá para sempre no teu jardim
deixarei para os amigos todos os meus livros
Para ti
todos os meus poemas de amor
E a rosa que me deste
essa - viverá para sempre no teu jardim
A minha homenagem ao Chico
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
O Farol da Berlenga!
Sunday, October 29, 2006
Na Ilha
Sou rocha,
onde o teu corpo, mar azul, se estende
onde as tuas mãos, feitas ondas, se agarram, me abraçam
Sou barco
e a tua voz, qual gaivota, sussurra palavras iguais,
nunca ouvidas neste mar,
que me faz perder o norte
que me leva no sonho
e me traz, na última onda, antes de amanhecer, um novo dia
Sou rocha
onde o teu corpo, pela tardinha, se estende e me possui
onde o teu corpo, mar azul, se estende
onde as tuas mãos, feitas ondas, se agarram, me abraçam
Sou barco
e a tua voz, qual gaivota, sussurra palavras iguais,
nunca ouvidas neste mar,
que me faz perder o norte
que me leva no sonho
e me traz, na última onda, antes de amanhecer, um novo dia
Sou rocha
onde o teu corpo, pela tardinha, se estende e me possui
Vida!
Ai este mar que me traz
longe de ti
Mas que afaga o meu corpo como
se fossem tuas mãos
Ai este sol que me queima
Mas que te cobre
de beijos
Tu não sabes
mas todos os dias
- quando as ondas rebentam
- quando o sol me aquece
- quando os pássaros cantam
e uma criança chora - ou ri,
Eu grito
AMO-TE VIDA!
longe de ti
Mas que afaga o meu corpo como
se fossem tuas mãos
Ai este sol que me queima
Mas que te cobre
de beijos
Tu não sabes
mas todos os dias
- quando as ondas rebentam
- quando o sol me aquece
- quando os pássaros cantam
e uma criança chora - ou ri,
Eu grito
AMO-TE VIDA!
Asas
Quero ter asas de espuma
para voar
qual pardal saltitando
de galho em galho
E ondas de fogo
para sonhar o mar
Porque o vento do norte
bailando com o trigo
Vai trazer o beijo que
não me deste
Mas que me vais dar
um dia
para voar
qual pardal saltitando
de galho em galho
E ondas de fogo
para sonhar o mar
Porque o vento do norte
bailando com o trigo
Vai trazer o beijo que
não me deste
Mas que me vais dar
um dia
Saturday, October 28, 2006
Friday, October 27, 2006
MEMORIA
Foi como se recuássemos no
tempo e nos deixássemos envolver
por sentimentos antigos
Ou pelo menos adormecidos mas
que eu julgava perdidos e, no entanto,
bastou um cruzar de olhos
umas quantas palavras que
eu ouvi como um sussurro,
uma certa maneira
de estares comigo
- ah, e a rosa que me deste -
e um "vamos dançar"
para eu aqui ficar
fragilizada
angustiada
com o redescobrir das
nossas emoções que senti na tua pele
quando te abraçava
sem te abraçar,
quando te amei
sem te desejar,
quando a ternura me transbordou
E me saiu do peito
numa maré cheia de alegria
que eu, depois, fui afogar num
fim de tarde, na nossa praia
onde uma vez, uma única
vez, tu me pegaste a mão e me
deste um beijo.
(Sometime in 1994)
tempo e nos deixássemos envolver
por sentimentos antigos
Ou pelo menos adormecidos mas
que eu julgava perdidos e, no entanto,
bastou um cruzar de olhos
umas quantas palavras que
eu ouvi como um sussurro,
uma certa maneira
de estares comigo
- ah, e a rosa que me deste -
e um "vamos dançar"
para eu aqui ficar
fragilizada
angustiada
com o redescobrir das
nossas emoções que senti na tua pele
quando te abraçava
sem te abraçar,
quando te amei
sem te desejar,
quando a ternura me transbordou
E me saiu do peito
numa maré cheia de alegria
que eu, depois, fui afogar num
fim de tarde, na nossa praia
onde uma vez, uma única
vez, tu me pegaste a mão e me
deste um beijo.
(Sometime in 1994)
A Berlenga no Outono
Em Setembro de 1988
Gaivota
Leva contigo o sal
dos meus olhos
e traz-me o amor
depressa
muito depressa
Não tenho tempo
para te amar,
não quero amar-te
Só que...
sufoco
da tua presença
Leva contigo o sal
dos meus olhos
e traz-me o amor
depressa
muito depressa
Não tenho tempo
para te amar,
não quero amar-te
Só que...
sufoco
da tua presença
Primeiro post
Já está!
Nasceu hoje, dia 27 de Outubro, embora tenha sido concebido há muito tempo.
Não sei o que vai sair daqui, também não sei porque nasceu hoje.
Apenas aconteceu.
Nasceu hoje, dia 27 de Outubro, embora tenha sido concebido há muito tempo.
Não sei o que vai sair daqui, também não sei porque nasceu hoje.
Apenas aconteceu.
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