Começa a ser difícil seleccionar fotografias para colocar aqui. Acabámos a primeira semana em Cuba, daqui seguimos para Santiago, e desta cidade do Oriente onde ficámos 4 dias tenho centenas de fotografias. Tentarei mostrar apenas o essencial, mas o essencial em Santiago é tanto... Basta dizer que temos a Sierra Maestra e Moncada na cidade... E depois as emoções vêm de novo à flor da pele. E os cheiros. E a saudade. De tudo!
Ontem fui uma luz. Hoje sou uma luz. Uma luz serei entre as tuas espáduas e no interior da tua boca, na tua nuca incandescente, no ombro que a minha língua percorre, faminta e transtornada. A tua pele é um doce delírio, um fogo em território de paixão, percorrido à velocidade desta luz. Sobre ela correm animais assustados, fugindo da voracidade dos meus lábios, dos meus dentes que mordem a surpresa. E em cada centímetro do teu corpo beijo árvores e casas de uma cidade branca onde Deus habita, e onde esvoaça para o céu da minha boca um coro de anjos transparentes que exultam aleluias no meu sangue. O meu corpo é uma pátria de desejo. A tua boca um poema manuscrito, dito em silêncio à minha boca que mastiga as tuas palavras de seda, e de sede. E de incêndio. Beijo a tua voz, e mordo nos teus gemidos as raízes da água, as raízes do dia, as raízes da música, enquanto longe dos nossos beijos, tudo grita, tudo se cala gritando. Só a noite chegará atrasada à festa do teu corpo no meu corpo. Da tua voz na minha voz. Das tuas mãos nas minhas mãos. Da tua pele na minha pele. E nem mesmo ela conseguirá aperceber-se de qual de nós é o sorriso que quase a ilumina. Porque as nossas bocas permanecerão coladas.
Assim te sei! A regressar sempre como tem que ser, como deve ser, como queres que seja. Nas manhãs de sol ou chuva, nas noites quentes ou frias, cansado ou colorido, a chover ou a sorrir, sempre rio, sempre numa maré de ir e vir, sempre para ir e ficar... Assim te sei! A partir sempre em busca de ti, do sonho, de uma canção perdida no vento. Nos dias de todas as tempestades, de todas as esperanças, pintado ou jardim, a cantar ou a chorar, sempre caminho, sempre estrada de uma vida, sempre a partir e a voltar... Assim te sei! Estarei à tua espera. Fica!
Diz você, Barack Obama, do alto da sua arrogância imperial e pretendendo disfarçar a gigantesca, incalculável... e, muito provavelmente, impagável dívida dos EUA, que os EUA não são Portugal. Está carregado de razão!
Deixando de lado umas tantas coisas muito boas que vocês por aí têm, quase todas no campo das artes e da ciência... e para as quais você não contribuiu com rigorosamente nada, na verdade os EUA não são Portugal.
- Portugal tem muitos séculos de História... não nasceu “ontem”.
- Portugal aboliu a escravatura cem anos antes dos EUA.
- Portugal não pratica a iníqua pena de morte, tendo a última execução conhecida, ocorrido há mais de 150 anos.
- Portugal, mesmo com tantas entorses provocadas pelos nossos indígenas adoradores dos EUA, tem um Serviço Nacional de Saúde de que (ainda) se pode orgulhar.
- Portugal, mesmo com tantas entorses provocadas pelos nossos indígenas adoradores dos EUA, ainda tem leis laborais com que a generalidade dos vossos trabalhadores só pode sonhar e uns poucos lutam para conseguir (sindicatos livres, segurança no trabalho, férias pagas, assistência na doença, etc., etc., etc.).
- Portugal, mesmo com tantas entorses provocadas pelos nossos indígenas adoradores dos EUA, ainda tem um sistema político plural.
- Portugal não pergunta aos que o visitam qual a sua ideologia, como condição para os deixar entrar.
- Portugal não promove nem financia o assassínio de dirigentes políticos estrangeiros.
- Portugal não promove, nem financia golpes de estado, para fazer substituir governos legítimos por ditaduras militares.
Na verdade, não fosse a vergonhosa subserviência de alguns, que permitiu a participação de militares portugueses em missões criminosas como as que foram levadas a cabo, por exemplo, no Iraque, para defender os vossos exclusivos interesses... e poderia dizer que Portugal, desde Abril de 1974, nunca mais tinha sido culpado da invasão, da opressão e do assassínio de outros povos... mesmo tendo contribuído para alguns destes crimes cometidos às vossas ordens, apenas com “meia dúzia” de soldados.
Poderia continuar a fazer crescer a lista das nossas diferenças, mas estas poucas linhas são mais do que suficientes para se constatar que, como você bem disse, os EUA não são Portugal.
Visita a uma escola muito especial onde os alunos, vindos de todos os pontos do País, tomam contacto com os vários sectores produtivos e de serviços de Cuba, por forma a fazerem a sua escolha profissional.
Parque Lenin, onde se encontra o mausoléu de Célia Sanchez, 'la mas hermosa y autoctona flor de la revolución'.
Depois de Guamá a visita ao viveiro de crocodilos
São aos milhares, divididos por idades, desde bebés até mais de 30 anos.
As águas azuis da Baía dos Porcos
A 'Playa Girón'...
Na autoestrada, a caminho de Cienfuegos, todo o cuidado é pouco...
Praça José Martí, Cienfuegos.
Cienfuegos é a terra de Benny Moré, 'el barbaro del ritmo'!
E rejuvenescidos com esta cidade rumámos a Trinidad.
O ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela, cujo país vai celebrar segunda-feira o seu 93º aniversário, regressou quinta-feira a sua aldeia de infância de Qunu, anunciou hoje (sexta-feira) a Fundação Mandela.
"Mandela encontra-se actualmente em Qunu", afirmou um porta-voz da Fundação, sem dar mais detalhes sobre esta deslocação, nem a duração prevista da sua estadia.
Nelson Mandela, Presidente de 1994 a 1999, retirou-se da vida política em 2004. Cada vez mais frágil, o ex - dirigente sul - africano foi reduzindo gradualmente as suas aparições públicas. A última aparição foi na final da Copa do Mundo, a 11 de Julho de 2010.
Segunda-feira, a África do Sul consagra-lhe uma jornada por ocasião do seu aniversário, o já tradicional "Mandela Day" (Dia de Mandela). Os seus compatriotas são chamados a reviver os valores por ele trazidos e, especialmente, observar 67 minutos do seu tempo para uma causa colectiva, em memória dos 67 anos que "Madiba" dedicou à luta contra o regime racista do Apartheid, desmantelado no início dos anos 90.
(texto e foto da net)
Nelson Mandela esteve preso 27 anos (a maior parte do tempo na prisão de Robben Island), por lutar contra o apartheid. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1993, mas só em 2008 deixou de ser considerado terrorista pelo imperialismo norte americano.
Te canto porque no es cierto que te hayas muerto, Camilo te canto porque estas vivo y non porque te hayas muerto: porque estas vivo en el alma del pueblo de tu cariño, en la risa de los niños y en el verde de las palmas. Te canto porque estas vivo, Camilo, y no porque te hayas muerto. Porque vives justiciero en el hierro bravo y fino del machete campesino y del rifle del obrero, porque vives tu presencia en el pueblo que te escucha, porque estas vivo en la lucha y vivo en la independencia. Te canto porque estas vivo, Camilo, y no porque te hayas muerto. Porque estas vivo soldado por la patria siempre en vela, porque estas vivo en la escuela, en la tierra y el arado: vivo tu rostro de miel en la estrella solitaria, vivo en la reforma agraria y en el sueño de Fidel. Te canto porque estas vivo, Camilo, y no porque te hayas muerto. Vivo estará en la pelea tu brazo de guerrillero si por el patrio sendero asoma una mala idea; y despues noble y tranquilo, como en el momento aquel oirás de nuevo a Fidel preguntar: "Hoy bien Camilo?".
Que se abram todas as portas e janelas para que respires esse passeio à beira mar, à beira noite, à beira chuva, à beira... Que nunca se fechem os olhos claros e o sorriso aberto para que sorrias sempre não importa o tempo, o dia, a noite, não importa... Sei do teu desassossego ainda que não me sintas. Saberás da minha inquietude sempre que quiseres... Faço-te vento de mim, flor do meu jardim, maré de espuma sem fim, porque te quero assim.
A soberba fachada do Museu da Revolução, a ser limpa... É um edifício belíssimo!
Zona do Museu. Do lado esquerdo, com uma bandeira, o edifício dos Pioneiros.
A enorme Praça, frente ao Museu.
A Muralha, frente ao Museu da Revolução.
Entrada para o Museu da Revolução. Onde está toda a História. Visitar este Museu é reviver a História, para quem já a conhece. Perdemo-nos nos pormenores. Na leitura dos relatos de todas as lutas travadas e nos pequenos grandes nadas de cada um dos intervenientes. Não dá para colocar fotos, nem para a sua descrição. Ir lá e deixar que Cuba 'entre' dentro de nós. Só assim a 'sentimos'.
A última imagem que nos fica do interior do Museu: Camilo e Che.
A cúpula do Museu da Revolução. Linda!
Um dos muitos mercados de bairro, em Havana
Tenho ainda na memória os cheiros deste mercado. Das flores, dos frutos e dos legumes. E a memória deste povo 'habanero'...