Sunday, December 31, 2006
"Silencio de vidro"
Prefiro
As flores que nascem ao acaso
Ao perfume das rosas
Que se mandam comprar porque é domingo
Quando os homens olharem o céu com confiança
E virem nas nuvens e vento uma certeza amiga,
Quando as crianças forem apenas crianças
E os velhos não virem no fim uma libertação,
Então, podemos ir os dois de mão dada
Olhar os campos inundados de sol
E colher as flores que semeámos.
(Maria Eugénia Cunhal)
Saturday, December 30, 2006
Um desabafo
EEUU disseram " com a condenação à morte de Saddam Hussein fez-se justiça"
Reino Unido disse "Saddam Hussein pagou pelos seus erros"
QUE MUNDO É ESTE?
Quem vai julgar GWBush e TBlair? Serão também condenados à morte pelos crimes que cometeram e mortes que provocaram?
E ousam dizer que querem a PAZ no Mundo?
Já disse neste blog que não gosto do Saddam Hussein.
Mas também não gosto do Bush nem do Blair...
Reino Unido disse "Saddam Hussein pagou pelos seus erros"
QUE MUNDO É ESTE?
Quem vai julgar GWBush e TBlair? Serão também condenados à morte pelos crimes que cometeram e mortes que provocaram?
E ousam dizer que querem a PAZ no Mundo?
Já disse neste blog que não gosto do Saddam Hussein.
Mas também não gosto do Bush nem do Blair...
Thursday, December 28, 2006
28 de Dezembro de 1991
Há exactamente 15 anos, a ilha estava assim:
O bairro visto da Encosta
A praia vista da Encosta
As primeiras chuvas fizeram o milagre do renascer do verde, que brota em qualquer rocha, em qualquer ranhura, em qualquer monte de entulho...
O regresso...
Pronto, até qualquer dia!
Ai esta ilha que me prende,
que me ata com todas as suas amarras,
este mar onde mergulho e vou até ao fundo de mim...
Esta ilha onde eu vou respirar o ar
de que preciso para sobreviver... em ti!
O bairro visto da Encosta
A praia vista da Encosta
As primeiras chuvas fizeram o milagre do renascer do verde, que brota em qualquer rocha, em qualquer ranhura, em qualquer monte de entulho...
O regresso...
Pronto, até qualquer dia!
Ai esta ilha que me prende,
que me ata com todas as suas amarras,
este mar onde mergulho e vou até ao fundo de mim...
Esta ilha onde eu vou respirar o ar
de que preciso para sobreviver... em ti!
Wednesday, December 27, 2006
Cocegas...
E quando a distância nos separa
mas a ternura nos envolve desta
maneira, necessária e forte
quase violenta
E os medos que tivemos
ou eu tive
já não são medos, mas quase um
desejo do que ainda não sei
E quando o telefone não toca,
mas eu sei que estás
e que eu estou, exactamente,
em cima da tua secretária
ou às vezes debaixo dela
fazendo-te cócegas...
Aí, tu sorris, e num minuto
pegas no telefone para me dizeres
que me amas, sem o saberes...
e sem o dizeres...
mas a ternura nos envolve desta
maneira, necessária e forte
quase violenta
E os medos que tivemos
ou eu tive
já não são medos, mas quase um
desejo do que ainda não sei
E quando o telefone não toca,
mas eu sei que estás
e que eu estou, exactamente,
em cima da tua secretária
ou às vezes debaixo dela
fazendo-te cócegas...
Aí, tu sorris, e num minuto
pegas no telefone para me dizeres
que me amas, sem o saberes...
e sem o dizeres...
Sunday, December 24, 2006
CANTATA DA PAZ
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D’África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado
(Sophia de Mello Breyner)
Wednesday, December 20, 2006
Nesta data...........
O que eu queria mesmo era acordar no dia 25 com uma notícia dizendo mais ou menos isto:
- Já não há fome no Mundo, os EEUU e a Europa decidiram perdoar TODAS as dívidas ao terceiro mundo e não se morrerá nunca mais de fome!
- A igreja católica RECOMENDA o uso do preservativo para tentar pôr fim à SIDA!
- Os EEUU retiraram todas as tropas que tinham espalhadas pelo Mundo, confinando-as APENAS ao seu próprio país!
- TODAS as crianças tomarão, a partir de hoje, 4 refeições diárias, terão casas e não terão mais frio!
...... é pedir muito?
Um Bom Ano 2007 para todos!!!
Tuesday, December 19, 2006
Nao sei
Não sei o que é
que me atrai nesta ilha
Se o mar, as rochas,
ou o canto das gaivotas
Sei que é assim,
sempre que me vou embora
sinto uma nostalgia,
os olhos rasam de água
Será que a vida de
quem anda no mar
é assim tão dura?
É nesta ilha que vem
o desejo,
é em terra que se sacia.
Esta é a minha última noite
aqui
****
Já estou cansada
*****
Mas olho o carreiro e
já sinto saudades...
Sunday, December 17, 2006
De partida para o mergulho...
Friday, December 15, 2006
Thursday, December 14, 2006
Itamarandiba
No meio do meu caminho
Sempre haverá uma pedra
Plantarei a minha casa
Numa cidade de pedra
Itamarandiba, pedra comida
Pedra miúda rolando sem vida
Como é miúda e quase sem brilho
A vida do povo que mora no vale
No caminho dessa cidade
Passarás por Turmalina
Sonharás com Pedra Azul
Viverás em Diamantina
No caminho dessa cidade
As mulheres são morenas
Os homens serão felizes
Como se fossem meninos
(Milton Nascimento, meu irmão)
Wednesday, December 13, 2006
Frio...
Sinto-te no meu peito
Nos braços, nas pernas,
Sinto-te em mim.
Nos lençóis, o cheiro do amor
E um frio
No espaço que é teu
Que me envolve,
Mas que me gela
Já de saudade
Pela tua ausência...
Nos braços, nas pernas,
Sinto-te em mim.
Nos lençóis, o cheiro do amor
E um frio
No espaço que é teu
Que me envolve,
Mas que me gela
Já de saudade
Pela tua ausência...
A pedido....
Tuesday, December 12, 2006
O forte S. Joao Baptista
Monday, December 11, 2006
Para ti
Tenho para ti
Uma flor a desabrochar
Um sorriso de criança
E de mulher
Tenho um mundo de ternura
E os nossos poemas de amor
Para te dar
**********
O ontem já passou
Espero-te...
Uma flor a desabrochar
Um sorriso de criança
E de mulher
Tenho um mundo de ternura
E os nossos poemas de amor
Para te dar
**********
O ontem já passou
Espero-te...
Saturday, December 09, 2006
A primavera na Berlenga
Friday, December 08, 2006
Bolina - a meu lado
Thursday, December 07, 2006
Nazare, 6 de Dezembro
Tuesday, December 05, 2006
Não temos tempo para o amor
É o vento
Que nos agita
É o mar
Que nos acalma
É aquela canção de amor
Que nos envolve
E me transporta no espaço
Quando não estás comigo
É este querer
De força, de raiva
Que me ultrapassa...
Hei-de secar estas lágrimas
Que me correm pelo rosto
E que se transformam em flores
Quando caiem no meu peito
Que tenho cheio de rosas
Para te dar
Para que as dês aos outros
Que não viveram o nosso amor
Ah, como são salgadas
As lágrimas
E amarga a solidão!
Ah, como vou rir
Quando acordar deste sonho!
......
Este é o meu último poema para ti...
...porque não temos tempo para o amor
Que nos agita
É o mar
Que nos acalma
É aquela canção de amor
Que nos envolve
E me transporta no espaço
Quando não estás comigo
É este querer
De força, de raiva
Que me ultrapassa...
Hei-de secar estas lágrimas
Que me correm pelo rosto
E que se transformam em flores
Quando caiem no meu peito
Que tenho cheio de rosas
Para te dar
Para que as dês aos outros
Que não viveram o nosso amor
Ah, como são salgadas
As lágrimas
E amarga a solidão!
Ah, como vou rir
Quando acordar deste sonho!
......
Este é o meu último poema para ti...
...porque não temos tempo para o amor
Monday, December 04, 2006
Sunday, December 03, 2006
Anonimo
Quero escrever-te e não quero
Penso em ti e não sei quem és
São risos que passam
À minha frente
Nesta tarde de Agosto
Cinzenta
Como cinzenta foi a tarde
A noite
Em que nos vimos e nos
Dissemos até amanhã
Não sei quem és
Vejo-te ao longe, distante,
Os olhos sorriem
E a tua boca
Atira-me um beijo
Que apanho
Com estrelas nas mãos
Penso em ti e não sei quem és
São risos que passam
À minha frente
Nesta tarde de Agosto
Cinzenta
Como cinzenta foi a tarde
A noite
Em que nos vimos e nos
Dissemos até amanhã
Não sei quem és
Vejo-te ao longe, distante,
Os olhos sorriem
E a tua boca
Atira-me um beijo
Que apanho
Com estrelas nas mãos
Saturday, December 02, 2006
Para a Ines, em Macau
Friday, December 01, 2006
Fernando Lopes Graça
Acabadinha de chegar de um concerto de homenagem ao Fernando Lopes Graça... aqui fica o poema do José Gomes Ferreira que fechou o concerto...
Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz
Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações
Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!
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