Monday, November 23, 2009

Faltam-me as palavras

Faltam-me as palavras para te dizer o que sinto. Mas basta que me olhes e podes ler-me por dentro. Falta-me o teu corpo para que as minhas mãos te atravessem. Mas faço-me ponte e estarei em breve a teu lado. Falta-me a tua voz para me acordar cedinho ou para o beijo de boa noite. Mas invento-me a cada instante e estás sempre dentro de mim.
Dos rios que navegámos faço margens cheias de árvores e flores e montes cheios de pedras e urze. E desenho-te. Das estradas que percorremos fiz um caminho único, onde passo a passo chegarei ao fim. E sorris-me. Dos mares em que mergulhámos deixo que a natureza os transforme em mantos de mansidão ou de revolta. E amo-te.
Faltam-me as palavras. Faltam-me as mãos. Faltas-me tu. Falta-me tanto...

33 comments:

anamar said...

Maria, ainda me lembro do meu início de blogue no MAR Á VISTA, e, o quanto as tuas palavras me impressionaram e o desgosto porque estarias a passar e eu não almejava a razão....
Só te sentia sofrida de mais...
Hoje, é uma saudade sofrida que as tuas palavras tão bem acarinham...
Abracinho
:))

Pitanga Doce said...

"Seja lá o que isso for"? Saudades, Maria. Estás vestida de saudades.

beijos e que as palavras cheguem lá.

amigona avó e a neta princesa said...

Faltas-me tanto! Beijos Maria...

Pedro Branco said...

Tudo rompe o meu corpo na saudade de ti
No universo redondo da história, do sonho claro do amor
Palavras e palavras em fonte de rio mais que puro
O teu, assim, na pele e nos olhos de seres tanto calor

Tudo rompe, hoje, pelos versos mais quentes
Na beleza da tua janela aberta ao mar
Porque tu, Maria, em palavras sempre prontas em correntes
Sabes o tanto que este tanto tudo é uma forma do tempo amar

Tudo rompe e será sempre desta lucidez
Que do nosso abraço a vida se faz vento e tempestade
Manto e chá, vinho e queijo, cantiga e sorriso
Porque és eu em nós, tu em nós, em turbilhão de saudade


Beijo-te pela manhã, cheio de ti. Este texto queria ter escrito...

Leticia Gabian said...

Não te falta coração, nem sentir... Nem as palavras... E que palavras!!!!!!

Beijo enorme, AICeT

viajantes said...

Obrigada Maria pelo doce poema sentido.
Abraço!

Meg said...

Maria,

Pelas tuas palavras viajo ao âmago do sentir mais profundo.
Palavras cheias de força e de "génio", no limite da vontade e do desejo.
Sê feliz, Maria!

Beijinho de cá

Unknown said...

Hoje de manhã cheguei ao departamento e, aborrecido e sem pachorra para trabalhar, vim dar um saltinho a ver o que havia de novo ou palavras antigas que ainda estavam por ler.

De tão aborrecido, fui matar saudades de uma música que me inspiraste e achei que era altura de compreendê-la melhor. Agora que a interpretei, quero partilhá-la e não conheço outro lugar onde valha a pena.

«Não me deixes. É preciso esquecer, pode-se esquecer tudo o que já foi, esquecer o tempo dos equívocos e o tempo perdido a aprender como esquecer estas horas, que por vezes mataram, por força da razão, o cerne da felicidade.
«Eu dar-te-ei colares de chuva vindos de países onde não chove. Cavarei a terra além da minha morte para cobrir o teu corpo de ouro e de luz. Farei um campo onde o amor será rei, onde o amor será lei e tu serás rainha.
«Não me deixes. Inventarei para ti palavras sem nexo que compreenderás. Falar-te-ei desses amantes que viram por duas vezes os corações abrasarem-se. Contar-te-ei a história de um rei que morreu por não te haver encontrado.
«Vimos amiúde arrojar o fogo dum vulcão antigo, que julgávamos demasiado velho. Parece terras queimadas a dar mais trigo do que o melhor Abril. E quando vem a noite pelo céu flamejante, o vermelho e o negro não condizem.
«Não me deixes. Não mais chorarei, não mais falarei, escusar-me-ei de te assistir, de dançar e de sorrir e de te escutar, cantar e em seguida rir. Deixa-me tornar-me na sombra da tua sombra, na sombra da tua mão, na sombra do teu cão.»

Não é nada de especial, mas espero que aceites como agradecimento do teu belo poema "...e não consigo...".

Abreijos.

Paula Barros said...

Maria, palavras e sentimentos e emoção para escrever pelo menos não falta.

E eu gostaria de ter escrito essa prosa poética.

abraços com carinho

Anonymous said...

faltam-te palavras Maria?
não... não te faltam palavras. és um desenho com coração.

um beijo do tamanho do mundo.

Fernando Samuel said...

E tens tanto!...

Um beijo grande.

Carlos Albuquerque said...

O meu cazumbi, curioso que é, meteu-se a ler este post. Saiu, chamou-me e disse vem comigo dizer à Maria que não lhe faltam palavras, as que aqui estão não são cinzentas de mansidão, têm o brilho próprio das que da saudade fazem caminhos novos. E não te esqueças de dizer que o tanto não é tanto assim, um estender de mão, e pronto, deixa de o ser. O meu cazumbi despediu-se,falando: deseja-lhe tudo de bom. Deixo a mucanda.
Abraço

salvoconduto said...

Tudo menos as palavras. Fazem-me falta.

Abreijos.

Carminda Pinho said...

Eu juro que ontem deixei aqui um comentário, pequeno, mas deixei...

Beijos, Maria.

Unknown said...

Falta-me, essa tua forma linda de escrever o que sentes.
És tanto Maria.
És tão bonita.
Obrigada!
Beijo-te
Até já

Vanda Paz said...

Maria

Por vezes escrever doi tanto...não doi?

Beijo minha amiga

Maria said...

Carminda Pinho

Os únicos comentários que apago são os em caracteres chineses ou lá o que é e os que têm links para vírus. Sabes do que falo. Jamais apagaria outros comentários...

Beijos

Justine said...

Um poema-grito melancólico e perturbante. E muito belo!

clic said...

Hum... :(

joão marinheiro said...

a mim tambem, faz tempos, me faltam as palavras...
belissimas as tuas.
beijo daqui

AnaMar (pseudónimo) said...

M as às vezes
A s palavras
R iem de nós porque (nos)
I ludem com o
A mor.

Maria, Terra-Mãe, Liberdade, Sorriso, amizade.
Maria de alma cheia, mesmo que por vezes recortada.
Maria, vem comigo ver o por-de-Sol, de mão dada.
(Se te faltam as palavras , onde arranjaste estas que dizem o que eu sinto?:-)

1001 beijosssssssssssssssssssss

Manuel Veiga said...

infinita. tanta dedicação. de uma ternura comovente.

belíssimo.

beijos

Joana Correia said...

Ainda bem que existes Maria, se não ias-me fazer falta a mim...

Beijo grande e abraço bem apertado.

Joana

Unknown said...

Falta-me tanto, quando me faltas tu!
Lindo e tão triste Maria... Espero que estejas bem linda...

Um beijo-abraço

Maria said...

Muito obrigada por terem pasado aqui.

Beijos a todos

Cristina Caetano said...

Palavras pra quê? Os olhos sempre dizem tudo... :)

Beijinhos, Maria

Carminda Pinho said...

Maria, nem uma vez me passou pela cabeça que fosses tu que apagasses o comentário. Só disse aquilo porque tenho a certeza que escrevi, mas como sabes a internet por vezes (muitas) falha e dá nestas coisas.

Beijos

margusta said...

Tão lindo Maria!

Gosto muito de te ler em palavras tuas.

Abraço-te!

Ana said...

Por vezes, as palavras voam e são a ponte para se inventar o amor.

Lindo texto, Maria!

Filoxera said...

Se eu tivesse esta capacidade poética, este podia ter sido um post escrito por mim.
Um abraço.

BF said...

Não faltam Maria. És uma "casa" cheia de palavras. Lindo este teu sentir.

Beijos
BF

fj said...

ao contrario do meu post de hoje...já li e reli estas tuas palavras e concluo que a mim... é que mas faltam!

beijos Maria

Parapeito said...

...e tanto que falta...meu tanto...
Um abraço para ti Maria...****