Desespero
Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.
Não eram meus os dedos que tocaram
Tua falsa beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.
Não fui eu que te quis. E não sou eu
Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto,
Possesso desta raiva que me deu
A grande solidão que de ti espero.
A voz com que te chamo é o desencanto
E o espermen que te dou, o desespero.
Wednesday, November 25, 2009
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21 comments:
Maria:
Isto hoje está engraçado. Os temas e poemas dos nossos post têm algns pontos de contacto.
DEsconhecia este do Ary. Um destes dias vou também fazê-lo meu
Beijo
João
Sim, senhor!!!!!
Fico conhecendo mais este.
Valeu, amiga-irmã!
Beijo enorme
PS. Faltam poucas horas...E eu aqui na contagem...!!!!!
Pouco conhecidos os sonetos dele.
Sou "viciada" em Ary!!!
Beijo
Olá, deixei no meu blog um desafio para voce.abraços
Ao ler este poema que também eu desconhecia, "ouvi" a voz do Ary a dizê-lo, naquele entoar que só ele tinha.
Obrigada Maria.
Beijos
Ary foi um mestre da palavra, e utilizava-a sem "papas na língua" ou grilhetas na alma.
São dele as mais belas definições de amor, ora arrebatado, ora guardado em coletinho de lã. Jamais mesquinho. Jamais submisso.
Gostei que o troxesses aqui!
Beijo.
Maria. É Ary. Que dizer mais?
Espero que me perdoes as ausencias mas estou numa fase intensa do meu trabalho. Brevemente irei ter todo o tempo do Mundo...
Beijinhos e obrigado pelas tuas "caricias"
Ricardo
Troxesses? ai,ai esta "hortografia"
Querida Maria, também te ABRAÇO MUITO, MUITO!
És a ternura personificada, é um privilégio ter-te como amiga!
Podes ler a lenda do Boto Rosa aqui http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendabotorosa1.htm
pintei inconscientemente, só depois uma amiga brasileira que vem cá em casa ajudar-me nas limpezas me falou da lenda....
como gosto das palavras deste Poeta grandioso e como foi bom le-las aqui neste teu espaço fabuloso. obrigada por passares pelo meu cantinho e pelas palavras lindas que por lá deixas
beijo doce
Ary, sempre !
Extraordinário poema o que hoje nos deixas!
Obrigada, Maria!
Um beijo.
Ary, como ficas bem aqui!
Obrigada Maria, por tua partilha
Não sei quando vou voltar à ilha
mas sempre! pode ser que em silêncio
mas virei cheirar um pouquito do seu incenso :)
Beijo
Maria.
As palavras de ARY sempre nos dizem algo,este não conhecia e agradeço,e não sei porquê,mas raras são as livrarias,que sempre que procura um livro deste poeta,dizem logo não tenho! Já me aconteceu isso,e eu perguntei se tinha algo contra,nem responderam.
Beijinho
É tempo e nunca é de mais!
Abreijos.
Há os dias
de visitar amigos, os todos, vivos de força e de palavras.
Bjs
é sempre tempo de ARY.
desespero de não ser o que procuramos espelhar nos outros...
abraço do vale
Este poema é mesmo um desespero...
nem existe outra palavra que não um desespero muito sentido.
um grande beijinho e um xi
É incrível como este SENHOR nos consegue sempre surpreender!
Um abraço
Todos os dias são tempo de Ary - e mais ainda, agora, que temo encontro marcado com ele para o Coliseu, no dia 4.
Um beijo grande.
É sempre tempo de Ary.
É sempre tempo de tentar trazer para o lado de cá do espelho, quem precisamos e nos faz falta.
Continuo a tentar.
Um dia hei-de conseguir! :-)
(Até hoje ainda só consigo trazer algumas memórias :-(
Beijossssssssssssssssssssssss
Hoje ficava por aqui...tão bem...beijos Maria...
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