Saturday, December 30, 2006

O mar que eu vejo todos os dias




Hoje fiquei um bocadinho zangada contigo...
Foste muito bruto, na Nazaré...

18 comments:

Catarina Alves said...

Vejo o mar... sinto-o... mas não estou perto dele.

Ele por vezes é assim...

Maria,

Passei para te desejar um Bom Ano!!!

Gostava que viesses hoje ao meu blog e deixasses a tua mensagem, porque Hoje é um dia especial...

Abraço

Nani

Anonymous said...

:(( a culpa foi da vontade dos "senhores da terra" ... que revolta!!!
beijo;)*

Maria said...

Nani

Vou já correr...

Um grande beijo pra ti, um bom ano de 2007

Maria said...

a cor do mar

Eu não me atreveria a dizer tanto... mas que a burocracia é lixada, lá isso é, e que havia helis mais perto, lá isso havia...

Será que os senhores da terra foram todos de férias mais cedo?

Um beijo

Leticia Gabian said...

Maria,
Entendo a tua dor e tristeza, mas o mar tem seus mistérios.

Deixo um abraço sentido.

Maria said...

leticia

Eu sei que o mar tem os seus mistérios, eu adoro o mar, mas às vezes fico tão triste....

Um beijo grande

Ni said...

...

Olá...
...
Posso entrar?
...

Vi as fotos muito lentamente... acompanhei a tua escrita fluida, como a água... e lembrei-me da palavra 'Clepsidra'...
Não como o tempo que é medido pela água... mas os afectos. És uma essência que desnuda em palavras e em silêncios as linhas que os teus olhos desenham no horizonte.

És.

Precisas do horizonte e de um 'ponto' onde possas voltar, sempre que necessitas de ler o silêncio.
...
Nascemos ilhas, Maria.

Voltar a uma ilha é voltar a nós, ao eu despido de ruídos, convenções, obrigações. É respirar, de novo, pela primeira vez.
...

Gosto-te.
Sou assim. Digo o que sinto.

Agradecer-te o que me disseste é pouco...

Deixo-te algo que escrevo, agora e aqui, para ti:

'Estendo a mão e toco-te...
Mesmo nesse momento não deixamos de ser ilhas,
porque o nosso abraço é de mar...
Mas a alegria da chegada já contém a saudade da partida...
Por isso escondemos nos olhos cristais de sal
Que provamos, sempre que a distância veste de brumas o eco de ti...»
...

Abraço de vento...

Ni*

Anonymous said...

Maria.
O nosso Mar.
Não é Culpado.
Os homens, na sua Cegueira.
E pensando estarem a Coberto.
De todos os Perigos.
Com as Novas Tecnologias.
Radares... G. P. S. ...
Desrespeitam o Mar.
Para se conhecer Algo.
Tem que se o amar Cegamento.
Como Tu.
Como Eu.
Como Nós.
Amamos o Mar.
Os Nossos Avoengos.
Ainda á 4/5 Decadas.
Quando o Mar estava Zangado.
O Mar é Humano... Maria.
Tambem tem humores.
Bons e Maus, como Nós.
Os meus/nossos Avós.
Fitavam - no. Concluiam.
O meu amigo, Mar.
Hoje, não nos quer Lá.
Vamos respeitá - lo.
Que os nossos Irmãos.
Desaparecidos.
Tenham sepultura Condigna.
Que os nossos Governantes.
Dotem com melhores Meios.
quem zela pelo Nosso.
Bem estar, no Mar, Estradas.
Em, em, em, em, em, em...
E como a Vida não Pára.
Vamos comemorar, o Novo Ano.
Com os Tais Desejos, Esperanças e...
Mas ...
NÃO CULPEM MAR, POR FAVOR !!!!!
poetaeusou
De tão longe vem o Mar.
Embalando uma Sereia.
Dizendo sempre a Cantar.
Juras de amor sobre a Areia...

Maria said...

Ni

Deixaste-me apenas... sem palavras.

O meu muito obrigada. Para ti um abraço do tamanho do mundo.

Maria said...

poetaeusou

Tu sabes que eu amo o mar.
E que já disse aqui que o mar avisa, avisa sempre.
Mas há que ganhar o pão, e às vezes os pescadores arriscam-se demasiado...
Acho que foi este o caso, arriscar demasiado; problemas no motor, redes ao hélice, são situações que às vezes se resolvem quando o mar deixa.
Mas ontem o mar não deixou. Ele estava a avisar, não queria lá ninguém, e há que respeitá-lo.

Como posso eu culpar o mar, se o mar é VIDA?
Eu não culpo o mar, poeta, eu Amo o mar!
(mas continuo triste...)

Um abraço

Anonymous said...

Eu sei, Maria.
A minha discordância.
É momentania.
Só o tempo de a Escrever.
A tua reacção, é sinónimo.
Do teu Humanismo.
Mas, sabemos.
Que na sua maioria.
Estes nefastos Casos.
Tem por motivo.
O Robalo.
Peixe Valioso.
Ali, na "Pancado do Mar"
Mar de Ninguem
Mar local de "Morte"
Na enchente da "Maré"
Um metro antes há Fundura.
Um metro á frente há Areia.
No centro está a Riqueza.
Vamos ter uma Melhor.
Passagem de Ano.
Pensa o Pescador.
Uma Desatenção.
E como tu dizes, MARIA.
O Mar que dá Tudo.
Tambem Dá a Morte.
"Quando perdes essa Faceta, Mar...?
Maria, inté !!
poetaeusou

jorge esteves said...

(diz-se que os homens livres sempre hão-de gostar do mar.)
Pelo que ouvi, mais do que a natural brutalidade do mar, achou-se por lá a imprudência dos homens.
Faz as pazes com o mar!...
Afectuosamente
...
p.s. - hoje, especialmente, dorida que seja a Verdade, vou fingir não ter lido o post acima. Que me seja perdoado...

Moura said...

Parece mentira o que aconteceu...ali tão perto! A única morte que vi "ao vivo" foi um afogamento no Rio Mondego, depois co cortejo da Queima das Fitas. Senti o que sentiram as pessoas que assistiram à morte destes pescadores, uma impotência inquietante!
Um abraço

Maria said...

poetaeusou

Ali, na “pancada do mar”, no “broeiro”, seja onde for, eles vão à procura do robalo.
Que é mais fácil de apanhar em dias de mar mexido.
Às vezes é robalo a monte.
Já está, o mar dá tudo, como dizes…

Maria said...

tinta permanente

Terá sido um pouco isso, sim.

Não foi preciso fazer pazes, a zanga foi muito pequenina comparada com o amor que lhe tenho…

Muito obrigada

Maria said...

moura

Infellizmente eu já tive mais experiências. Comecei logo de muito nova, na lagoa de óbidos…

É como dizes, uma impotência que nos tolhe até o raciocínio...

Um abraço

said...

Não mais do que a imprudência dos homens!

joão marinheiro said...

Sabes. Ás vezes fico a pensar. Penso. Repenso. Estranhos acidentes acontecem nos últimos tempos. Quase inacreditáveis mesmo.
O pior é que eu conhecia alguns dos pescadores de vista. Pois Pòvoa, e Caxinas foram o lugar da minha juventude e ando por lá durante a semana…
Para eles o meu profundo respeito.
Mas que se facilita em nome da tecnologia isso sim, sei do que falo por experiência.
Sabes Maria, o mar já lá estava, ora calmo ora tumultuoso, se vinham a navegar não pescavam robalos? E tão perto de terra? E sem um sinal de socorro? E sem a rádio baliza actuar? E sem a balsa salva-vidas actuar? E sem hipótese de vestirem coletes? Porque como afirmou o único sobrevivente, vinham cinco a dormir e dois na ponte? Um ao leme? Então e navegavam tão perto de terra? Ou também vinham a dormir e com o piloto ligado? E ele não faz curvas…vai a direito, e por vezes não corrige o desvio provocado pelo vento ou a ondulação. E tantas perguntas eu faço sem respostas…E, não acredito nos barcos de ferro para a pesca artesanal minha amiga…na Galiza só o ano passado viraram mais de 6,e teoricamente eram construídos com os mais modernos avanços da tecnologia, mas nunca vi uma chapa de ferro a boiar, só as tábuas de madeira…
Fico-me por cá de novo, porque temos mesmo falta de meios…Os salva-vidas navegam pouco…Sei do que falo também…Um tio falecido recentemente pertencia ao ISN, dai pertinho…Já não somos um país de marinheiros. Pessoa está triste, o mar já não se cumpre…

Abraço daqui onde o mar se embravece…