Saturday, September 27, 2008

Não está ninguém no parque


hoje o meu coração entrou no teu
as minhas lágrimas caem pelas tuas
que te sufocam e quase se recusam a transparecer
sei que te falta o ar
ouço a tua voz num grito controlado
choras... não choras...
não sei!
mas ouço-te
as rasteiras que a vida passa
levantaste-te
cambaleaste
mas há as que deixam um espaço em branco
vazio
solidão nas noites
um soluço constante
engolido
escondido
feito esquecido
sei-te
consigo imaginar-te
não! ... apenas tentar imaginar
gostar de ti cada vez mais
amar-te até
hoje revolto-me por ti
porque quando fecho as minhas mãos as tenho cheias
e tu não...

Obrigada, Luísa

36 comments:

Anonymous said...

Lindo miga, parabéns
Bjus
fernando

pin gente said...

saído daquele lugarzinho que só alguns têm no coração, deixo-te o meu abraço, maria


luísa

Anonymous said...

Também o mundo está cheio de mãos vazias.

Abreijo

lisse said...

Grandioso momento/sentimento o que escreveu estas palavras.
Dum lugar no coração...para o silêncio do amor.
abraço sempre forte
sempre Amigo

SMA said...

Há sempre que fazer ouvir as palavras que ecoam nas visceras
.
.
.
bjo grande

Ana said...

Das tuas mãos cheias solta-se o poema que o coração fez nascer.
Um beijo, Maria.

lisse said...

Pura e cristalina beleza o teu falar de Amor...
beijo e até amanhã

meus instantes e momentos said...

lindissimo teu blog. Gostei muito daqui.
Tenha um belo final de semana.
Maurizio

Anonymous said...

um conhecer, um sei/te, um sentir sem ver...
assim se faz a amizade pura.

beijos de qtgm

Lúcia Laborda said...

Oie Maria! Como lhe entendo, viu? Muito belo!
A vida é assim...
Bom fim de semana! Beijos

Filoxera said...

Não sei como interpretar...
Fica o meu silêncio sob a forma de abraço.

Unknown said...

Deixo-te o meu silêncio, com admiração, respeito e muita ternura.
Beijinhos.
EA

Unknown said...

Deixo-te o meu silêncio, com admiração, respeito e muita ternura.
Beijinhos.
EA

Maria Silva said...

Olá, Maria

O teu poema de hoje é muito belo! Só que,deixou-me triste.
A fotografia com que o ilustras levou-me para as crianças do Mundo, que não tem parques e cujas mãos estão cheias de solidão, de fome, de guerra, de doença.
Obrigada Maria, pela tua grande capacidade de partilhares connosco estes estados de alma.
Bjs

Maria Silva said...

Olá, Maria

O teu poema de hoje é muito belo! Só que,deixou-me triste.
A fotografia com que o ilustras levou-me para as crianças do Mundo, que não tem parques e cujas mãos estão cheias de solidão, de fome, de guerra, de doença.
Obrigada Maria, pela tua grande capacidade de partilhares connosco estes estados de alma.
Bjs

Fernando Samuel said...

No entanto, vistas as coisas com optimismo, as mãos vazias podem ser uma promessa de esperança...

Um beijo grande.

mariam [Maria Martins] said...

é assim...ser amigo(a)

bom fim-de-semana

um abraço outonal
um mimo
e um sorriso :)

ah!e terei muito gosto em visitar as Berlengas, quando for, aviso...

Maçã com Canela said...

Maria...
Vai um abraço!? Apertadinho?!

Beijos muito grandes!

FERNANDINHA & POEMAS said...

Olá querida Amiga Maria, o meu coração ficou triste, mas a vida não é fácil de se viver!... Muitos beijinhos de amizade e carinho,
Fernandinha

mariam [Maria Martins] said...

o prémio é para Si também!
faz favor de lá ir buscar

um sorriso :)
mariam

Anonymous said...

Maria, já que me adivinhaste...
Deixei-te um mimo... passa lá e fica para um cafezinho....

beijos meus

Anonymous said...

Poema muito bonito mas denotando amargura, dor,revolta, frustração e felicidade almejada mas não colhida. Espero que a mãe-coragem - uma das melhores soluções para a maioria desse males - resolva as coisas a teu contento.

Um abraço,
Rosa

Unknown said...

Ao ler este poema e ao ver um parquer de crinças vazio, bateu uma tristeza...talvez pq sou mãe...e me deixei levar pelo pensamento...de um dia ver o parque vazio!
um abraço
brisa de palavras

Anonymous said...

Obrigada Maria por este belo poema.Muitos parques foram fechados e muita gente ficou de mãos vazias...
Beijo Maria

Manuel Veiga said...

belo poema. sensível e solidário.
como tu cultivas. sempre

beijo

Mié said...

...

palavras da Alma

a tua

um beijo

Lúcia said...

Estou realmente comovida, Maria. Não imaginas com o este poema me tocou.
Beijinhos

BlueVelvet said...

Às vezes temos as mãos cheias...de vazios.
Em todo o caso, poucos sabem escrevê-lo como tu.
Muitos beijinhos, amiga

Justine said...

Um beijo, Maria, pelo simbolismo da fot e a belza das palavras

AnaMar (pseudónimo) said...

Uma mão cheia de tudo, por vezes um vazio da alma que não cabe em nós de tão grande.

As lágrimas amparadas por mãos assim, amigas? que mais podemos desejar em dias assim?

Bj

Leticia Gabian said...

Ai, Maroca... Se pudesses crer nas coisas que creio, o parque estaria sempre cheio de brincadeiras e sorrisos...

Beijo grande, amiga-irmã

O Sibarita said...

Lindo poema lamento!

Maria, não tenho o que dizer, choro com e por você...

Mas, passa!

bjs
O Sibarita

Delfim Peixoto said...

que dizer? Chegpu com aromas de uma ilha que poderia ser encantada
bjs

Sal said...

Comovente.
As minhas experiências recentes com um automóvel às voltas na autoestrada fizeram-me ficar cheia de medo de perder tudo de um momento para o outro.
E o "e se..." paira por cima de mim todos os dias.
Este poema mexeu comigo.
beijo

Cristina Caetano said...

A Luísa escreve palavras tão bonitas.

Beijinhos

Ana said...

Comovente este poema.
Há mãos vazias que apenas podemos imaginar.
O sofrimento não é imaginável.

Beijo grande