Guardo estes nós dentro do peito. Nós que foram laços, mas que fui atando cada vez mais. Para que nunca saissem de mim. Para que ficassem para sempre. Guardo estes nós dentro do peito. São nós que não desfaço, porque são o meu conforto em horas outras. Quando me perco nas noites. Quando me falta o nosso abraço. Guardo estes nós dentro do peito. Nós dos amores da saudade da luta da memória dos segredos. Porque são a minha vida. E por isso são cheios de tanto...
Não me queiras presa Porque presa não sou capaz de amar Não me queiras atada Decerto nem um passo saberia dar Quer-me antes livre Porque só liberta de todas as palavras respirando o ar puro no azul do céu ou mergulhando fundo no mar que nos beija poderei lentamente deixar-me prender a ti...
Não perco tempo contigo. Sabes que não suporto a mentira. Nem a injustiça. Dos teus olhos saem setas incendiadas sem alvo. Não sei onde vão cair. Mas como te disse, não perco tempo contigo. Porque não suporto a injustiça. Nem a mentira. Da tua boca jorraram rios de palavras que nem ouvi. Ainda hoje esses rios procuram a foz, que não existe para eles. Hão-de um dia voltar à nascente que foste, e terás de engolir todas as palavras que disseste. E rebentar. De vez. Porque de facto tu vais rebentando, sempre que te apetece. Estás louca e nem te dás conta. Mas não perco tempo contigo, e tu sabes. Assim sendo, podes fazer todos os filmes que quiseres, dizeres todas as palavras insanas que te saem boca fora, dar trabalho a advogados e tribunais, já que é mesmo para isso que existem. Eu não perco tempo contigo, ouviste? E tu sabes-me. É que não suporto a mentira. Nem a injustiça.
I gotta find peace of mind I know another cord... I gotta find peace of mind See, this what that voice in your head says When you try to get peace of mind... I gotta find peace of mind, I gotta find peace of mind He says it's impossible, but I know it's possible He says it's impossible, but I know it's possible He says there's no me without him, please help me forget about him He takes all my energy, trapped in my memory Constantly holding me, constantly holding me I need to tell you all, all the pain he's caused, mmmm I need to tell I'm, I'm undone because, mmmm He says it's impossible, but I know it's possible He says it's impossible without him, but I know it's possible To finally be in love, and know the real meaning of A lasting relationship, not based on ownership I trust every part of you, cuz all that I... All that you say you do You love me despite myself, sometimes I fight myself I just can't believe that you, would have anything to do With someone so insecure, someone so immature Oh you inspire me, to be the higher me You made my desire pure, you made my desire pure Just tell me what to say, I can't find the words to say Please don't be mad with me, I have no identity All that I've known is gone, all I was building on I don't wanna walk with you, how do I talk to you Touch my mouth with your hands, touch my mouth with your hands Oh I wanna understand, the meaning of your embrace I know now I have to face, the temptations of my past Please don't let me disgrace, where my devotion lays Now that I know the truth, now that it's no excuse Keeping me from your love, what was I thinking of? Holding me from your love, what was I thinking of? You are my peace of mind, that old me is left behind You are my peace of mind, that old me is left behind He says it's impossible, but I know it's possible He says it's improbable, but I know it's tangeable He says it's not grabbable, but I know it's haveable Cuz anything's possible, oh anything is possible Please come free my mind, please come meet my mind Can you see my mind, oh Won't you come free my mind? Oh I know it's possible Anything, anything, anything, anything, anything, yeeey Anything, anything, anything, anything, yeeey Anything, anything, anything, anything, anything, yeeey Oh free! Free, free, free your mind Free, free your mind... free, free your mind Free, free, free, free your mind Oh, it's so possible, oh it's so possible I'm telling you it's possible, I'm telling you it's possible Free, free... free, free... free, free... get free now Free, free... free, free, free, free... free, free You're my peace of mind, that old me is left behind You're my peace of mind, you're my peace of mind He's my peace of mind, he's my peace of mind He's my peace of mind, he's my peace of mind What a joy it is to be alive To get another chance, yeah Everyday's another chance To get it right this time Everyday's another chance Oh what a merciful, merciful, merciful God Oh what a wonderful, wonderful, wonderful God [Repeat till fade]
Onde fica o meu beijo? Onde fica o meu abraço? No meio da noite e das tuas palavras encontro-me frente a ti, de corpo ardente e coração aberto. Sabes que te quero. Sabes que a minha vida sem ti não faz sentido. Sabes que a amizade é mais forte, às vezes, do que o amor. E sabes que o amor é tanto. Às vezes quase tudo... Porque te abandonas na solidão, porque buscas o teu grito, que já voou... Recolho a tua lágrima. Sou rio acostumado a beber-te as lágrimas. Que fatalmente irão desaguar no mar, numa maré de nós, com silêncio dentro...
Fala-me do vento. Do que me inunda os sonhos do dia e me inquieta na noite. Do que sopra em todas as direcções menos na minha. Do que te envolve e assobia quando as tempestades te assolam. Fala-me do vento. Do que respiro para ter a sensação de que te engulo. Do que me bate forte na cara logo de manhã para acordar. Do que te entra no olhar e te faz sorrir assim. Fala-me do vento. Do que abraço todas as noites quando me deito. Do que na tua ausência dorme sempre comigo neste leito. Fala-me do vento. Desse que, devagarinho, te faz entrar em mim.
Como dizer de um poema que fala de tanto, de quase tudo... Leio pedaços de ti em cada verso, como se o teu andar fosse um pouco disperso e as palavras te saíssem assim, num jeito menos sisudo... Gosto quando contas o segredo assim, como quando não há medo, quando o amor vem sempre cedo e os amantes ausentes gritam em voz muda... Como falar da saudade pintada com todas as cores, como o são todos os amores não importa se dormentes ou quentes, com frio ou em desvario, mas presentes, em rios ou mares, mas presentes, de vento sul ou de vento norte, talvez ausentes... Digo-te que há amores presentes nas ausências, como os há ausentes nas presenças. E são todos muitos fortes... Como falar do resto que é tudo o que escreves... do beijo que sabe a mel, do toque doce da pele, da vida que respira em ti... Tantas palavras escrevi e disse nada, pelo menos não disse tudo. Porque o teu olhar diz tanto, e é nele que eu hoje mergulho...
Nós nascemos para ter asas, meus amigos. Não se esqueçam de escrever por dentro do peito: nós nascemos para ter asas. No entanto, em épocas remotas, vieram com dedos pesados de ferrugem para gastar as nossas asas como se gastam tostões. Cortaram-nos as asas para que fôssemos apenas operários obedientes, estudantes atenciosos, leitores ingénuos de notícias sensacionais, gente pouca, pouca e seca. Apesar disso, sábios, estudiosos do arco-íris e de coisas transparentes, afirmam que as asas dos homens crescem mesmo depois de cortadas, e, novamente cortadas, de novo voltam a ser. Aceitemos esta hipótese, apesar não termos dela qualquer confirmação prática. Por hoje é tudo. Abram as janelas. Podem sair.
É o cinzento dos dias e a humidade no corpo que nos faz ficar assim. O frio que não escolhe e nos encolhe. A distância que de repente fica mais distante ainda, a uma lonjura difícil de chegar. O mar que deixou de ser azul e nestes dias se pinta de castanho. As ondas que se atiram contra nós em vez de rebentarem suavemente... em espuma de mel. São dias de fome. E de sede. São noites de silêncio em que nos ouvimos em gritos calados. São as palavras a rebentarem o peito e a ficarem aprisionadas nos dedos. É o sim e o não sem sabermos porquê. Abro uma garrafa de tinto antigo, deixo-o aquecer até aos 17 graus. Já cheira a pão quente. O doce de abóbora ainda está morno. Falta o requeijão de Seia. E faltas tu.