Saturday, December 25, 2010

Memória de Charles Chaplin


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei me decepcionar,

mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial
(e acabei perdendo).


Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.

Charles Chaplin
(16 de Abril de 1889 — 25 de Dezembro de 1977)

12 comments:

samuel said...

Quase todos temos um pouco de Chaplin...devíamos ter muito mais!

Abreijo.

Sérgio Ribeiro said...

O (quase) poema é muito... interessante.
É pena não o teres "cucado" para melhorares a tradução...

Obrigado pela publicação

(por CC, o nosso Charlot)

Fernando Samuel said...

Viva, a Vida.
Viva!

Um beijo grande.

Justine said...

Que interessante, Maria, não só o texto como a escultura! Vivamos então, intensamente!

ausenda hilário said...

Vivamos, sabendo traçar a utopia e alcançá-la com sabedoria!

Beijo

Luis Neves said...

É sempre um encanto ler este Poema do Chaplin, aqui no Cheiro da Ilha. Podes pôr sempre que ficamos sempre com umas palavras na boca para te dedicar.
Bom Natal e tem Um Ano Novo óptimo.
Luis

Maria said...

Sérgio Ribeiro

Se eu soubesse 'cucar' como tu...
Confesso que preferia a tradução em português de Portugal, mas enfim, não a tenho.

Maria said...

Obrigada a todos por terem passado aqui.

Beijos.

Filoxera said...

Já li este texto muitas vezes.
Tem sempre o mesmo impacto...
E hoje saio do teu Cheiro com os olhos bem abertos, tentando equilibrar lá dentro a água que neles vive...

Paula Barros said...

É bom saber que alguém feito Chaplin, sentiu feito eu também senti...então vamos viver.

beijo.

João P. said...

Lindo Maria!

Vou roubar. Posso?

beijo

João

Alê Barros said...

Oi, anjinho!

Eu também achava que este texto era do Chaplin, mas na verdade é de um poeta chamado Augusto Branco. Basta olhar no Google ou no You Tube pra conferir. ;D

Beijinhos..