Dobrar na boca o frio da espora
Calcar o passo sobre lume
Abrir o pão a golpes de machado
Soltar pelo flanco os cavalos do espanto
Fazer do corpo um barco e navegar a pedra
Regressar devagar ao corpo morno
Beber um outro vinho pisado por um astro
Possuir o fogo ruivo sob a própria casa
numa chama de flechas ao redor.
Joaquim Pessoa
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17 comments:
Forte e belo, amiga-irmã!
Beijão
Maria:
Porra! estamos vivos e somos humanos!
Gostei mesmo!
Um destes dias faço-o meu
Beijo
João
Ainda ontem peguei nos 125 Poemas de Joaquim Pessoa e li alguns...
:-)
Beijos.
Maria,
Continuaremos a "gastar" os versos do Joaquim Pessoa... sem descanso.
Porque eles nos fazem falta, cada vez mais.
Beijo de cá.
Olá Maria, belo poema...Espectacular....´
Cumprimentos
e um belo poema, pois claro!
na dignidade maior da partilha.
beijos
Uma delicia ler Joaquim Pessoa!...
Beijos, Maria!
AL
A propósito: tenho que comprar o último livro dele.
Um beijo grande.
Viver é isso...
Beijinhos, Maria
Ainda - e sempre!
Um beijo de até breve:))
:)))
...tanta vez somos barco, como este, quando o mar da vida nos fere bem no fundo e às vezes, com sorte, nos devolve à praia.
Obgd. Amiga pela partilha.
Não sei porquê deixei de poder comentar e agora de novo consegui.
Bjs.
M.M.
Gosto da poesia do Joaquim Pessoa.
Este poema é forte e preciso...
Gosto do teu gosto, querida amiga sempre perto do mar.
Beijos.
Muito obrigada a todos que aqui passaram e lerem o Joaquim Pessoa.
Beijos.
Li, senti forte. Mas gostaria de dizer mais.
beijo
sempre excelentes escolhas
gosto da força deste poema...Joaquim sempre resistente..
brisas doces para ti**
Um homem que (sei) é actual. Mas neste poema trás o sonho do homem primevo, o do fogo e do sonho futuro.
Bjs
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