Dizer catorze versos ao acaso,
falar de ti, de mim, falar de nós.
De nós, que nos cantamos num abraço
e que nos abraçamos com a voz.
Que vou dizer de ti, eu, que te amo
e isso é ter-te em mim, como se eu fosse
cada um dos momentos em que chamo
por Deus que me criou quando te trouxe.
Ó meu amor, que vou dizer-te agora
quando nada me chega para o canto
que de ti se alimenta e me devora?
Cantar-te, estando lúcido, é estar louco.
Não sei que mais dizer-te nesta hora,
pois dizer que te amo é muito pouco.
Joaquim Pessoa
(in O Pouco é para ontem)
(para ti, e para ti, com um abraço. duplo.)
14 comments:
Se me desses agora também um pouco de chocolate quente também era capaz de te dizer um verso.
Abreijo.
Muito bom!!!
Abreijo.
Gosto muito, já se sabe! :)))
Gostei muito
Saudações amigaos com um abraço no dia de hoje
Maria... este poema é lindo...
A lucidez e a loucura de mãos dadas...
Dizer que gosto muito de Ti é muito pouco.
Aquele abraço sem palavras... (duplo...):))
Querida Maria,
Lindissimo este soneto do Joaquim Pessoa! Adorei partilhar estes momentos contigo!
Beijos,
AL
Novamente um grande poema.
Um beijo grande.
Dizer que se ama, às vezes, é muito pouco. Há muito que só se sente e transmite, se põe em prática, se compartilha, se recorda e se cala, na cumplicidade de quem está.
Um beijo.
Muito belo, Maria!
excelentes as tuas escolhas. sempre...
beijos
LINDO!!!!!
Para ler e reler
Bjs
Joaquim Pessoa fala por você e nós, leitores, sentimos a intensidade do sentimento contido em cada estrofe.
Está frase me chamou a atenção:
"Cantar-te, estando lúcido, é estar louco."
abraço!
Há muito tempo que não venho cheirar a ilha. Vejo Joaquim Pessoa, há muito não lido.
Bj
Muito obrigada por terem passado aqui.
Joaquim Pessoa é fantástico!
Beijos.
Post a Comment