Saturday, May 31, 2008

Canção da Beira Baixa


Era ainda pequenino
Era ainda pequenino
Acabado de nascer
Acabado de nascer.

'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.

'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.

Quando eu já for velhinho
Quando eu já for velhinho
Acabado de morrer
Acabado de morrer.

Olha bem para os meus olhos
Olha bem para os meus olhos
Sem vida são p'ra te ver...
...acabados de morrer.

Olha bem para os meus olhos
Olha bem para os meus olhos
Sem vida são p'ra te ver...
...acabados de morrer.

Era ainda pequenino
Era ainda pequenino
Acabado de nascer
Acabado de nascer.

'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.

'Inda mal abria os olhos
'Inda mal abria os olhos
Já era para te ver...
...acabado de nascer.

Friday, May 30, 2008

Música para o fim de semana


Vincent
Don McLean

Starry, starry night
Paint your palette blue and grey,
Look out on a summer's day,
With eyes that know the darkness in my soul.
Shadows on the hills,
Sketch the trees and the daffodils,
Catch the breeze and the winter chills,
In colors on the snowy linen land.

Now I understand what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they did not know how.
Perhaps they'll listen now.

Starry, starry night
Flaming flowers that brightly blaze,
Swirling clouds in violet haze,
Reflect in Vincent's eyes of china blue.
Colors changing hue, morning fields of amber grain,
Weathered faces lined in pain,
Are soothed beneath the artist's loving hand.

Now I understand what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they did not know how.
Perhaps they'll listen now.

For they could not love you,
But still your love was true.
And when no hope was left in sight
On that starry, starry night,
You took your life, as lovers often do.
But I could have told you, Vincent,
This world was never meant for one
As beautiful as you.

Starry, starry night
Portraits hung in empty halls,
Frameless heads on nameless walls,
With eyes that watch the world and can't forget.
Like the strangers that you've met,
The ragged men in the ragged clothes,
The silver thorn of bloody rose,
Lie crushed and broken on the virgin snow.

Now I think I know what you tried to say to me,
How you suffered for your sanity,
How you tried to set them free.
They would not listen, they're not listening still.
Perhaps they never will...


BOM FIM-DE-SEMANA A TODOS!!

Thursday, May 29, 2008

Porque me apetece...


Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho

O resto é mar
É tudo que eu não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho a brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade

Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver

Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho

O resto é mar
É tudo que eu não sei contar
São coisas lindas
Que eu tenho pra te dar
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade

Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade

Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver

(Tom Jobim)

Wednesday, May 28, 2008

**---**


Cantas-me em cada pedra que abraças

Tuesday, May 27, 2008

***


Um amor assim, bonito como o nosso
também acontece aqui...
...sempre que nós quisermos....

Monday, May 26, 2008

Poema "emprestado" do Cravo de Abril


EFICÁCIA

Um comunista nunca fala de ódio.
Palavras que não leva para casa:
vingança, violência, lucro, promoção,
destruição, solidão, desprezo, ira.

Por simples eficácia:
nada de peso inútil sobre os ombros.

(Mário Castrim)

Saturday, May 24, 2008

Para descontrair.....

Mais uma acabada de receber:

Certo dia, um homem entrou  numa loja de antiguidades e deparou-se com uma belíssima estátua de um rato, em tamanho natural. Petrificado com a beleza da obra de arte, correu ao balcão e perguntou o preço ao vendedor:
 
- Quanto custa?
 
- A peça custa 500€ e a história do rato custa 5.000€.
 
- O quê??? 5.000€ por uma história??? Vou levar só a obra de arte.
 
Feliz com a aquisição, o homem saiu da loja com a sua estátua debaixo do braço. À medida que ia andando percebeu, mortificado, que inúmeros ratos saíam das lixeiras e sarjetas e que o começavam a seguir. Correndo desesperado, o homem foi até ao cais e atirou a peça com toda a força para o meio do mar. Incrédulo, viu toda aquela horda de ratazanas atirar-se à água e morrer afogada. Ainda sem forças, o homem voltou para o antiquário e o vendedor perguntou-lhe:

- Veio comprar a história, não foi?
 
- Não, só quero saber se tem uma estátua do Sócrates.


Bom domingo a todos.

Friday, May 23, 2008

Guardo...


De um dia diferente guardo
a descoberta de um sítio lindo
o calor da amizade
a gargalhada de uma criança
a cumplicidade de um sorriso
o som saído de uma guitarra
os abraços da despedida
e destas rosas, bem destas rosas
guardo o cheiro...

Tuesday, May 20, 2008

Mar de Peniche



1
Todos os dias acordam
violadas estas praias
que dizemos virgens.

2
A chuva esse suor do mar
já não desfaz a solidão dos homens
ou o piar dos corvos.

3
Mar de Peniche
onde os peixes se atiram contra os barcos
e as grutas dos rochedos nada acoitam.

4
As traineiras juntaram-se a dormir.
Mas o mar não esquece
e grita contra a fortaleza.

5
O mar sorveu todo este dia exausto.
E o que fica da praia são estas pedras
lassas transidas pelo sono.

6
O que fica das pedras
é este mar de sono
que os homens já submersos
sorvem a curtos haustos.

7
O que fica da noite
são os presos exaustos
que as pedras dissimulam
e o mar absorveu.


(Armando Silva Carvalho)

(vou ali e depois volto. logo logo)

Monday, May 19, 2008

Fala-me baixinho


Fala-me baixinho e diz-me que me amas
Fala-me baixinho e diz-me que me queres
Fala-me baixinho e diz-me que ficas comigo
... que eu vou, rio abaixo...

Para Catarina Eufémia

Depois de passar pelo Cantigueiro não posso deixar de colocar aqui esta cantiga:

Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manha fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p'ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p'ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar

Sunday, May 18, 2008

Ontem, na Taverna dos Trovadores

O RCTrio canta a lusofonia
O Fernando, dono da casa, a cantar Zeca Afonso
O Zé Manel, a cantar a Pedra Filosofal
O Rogério a cantar Inquietação

A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes

São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas

Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda

Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Mas sei
É que não sei ainda

Há sempre qualquer coisa que eu tenho que fazer
Qualquer coisa que eu devia resolver
Porquê, não sei
Mas sei
Que essa coisa é que é linda

(José Mário Branco)

Vale mesmo a pena uma noite nesta casa. O ambiente é acolhedor, e temos 3 jovens a cantar as nossas boas cantigas.
Cantam lá às sextas e sábados. São o Trio Rogério Charraz, e pode ser visitado em http://www.rctrio.pt.vu

Saturday, May 17, 2008

Na Taverna dos Trovadores, Sintra


1

Quando o intestino
arma em Tenor
e canta fino,
não há fedor…

Se o som é forte e é baritonal
e mal que rompa, de repente estaque,
temos o que na fúria intestinal
se chama: Traque

Espalha um cheirozito, uma pitada
que o beque surpreendeu mas não reteve:
quase nada…
coisa leve…

2

Se a tripa inteira corneteia e rufa
num concertante
de ópera bufa,
já não é simples sainete
nem a sonância, nem o mais que expele:
é um cheirete
de alto lá com ele!...

Se o som, porém, é como o ai duma donzela
que tem penas de amor e que não as conta aos pais,
se põe na roupa a viva cor duma aguarela
e suja o rabo,
então cheira muito mais,
oh, muitíssimo mais, ó alma do diabo!

Augusto Gil (1873-1924)

Friday, May 16, 2008

Da Gi para a Gi


Desejando-te rápidas melhoras...
Cuida-te, um beijo.

Desafio biográfico


A pin gente http://pin-gente.blogspot.com/ fez-me um desafio:
«São-nos pedidas seis palavras para uma “muito curta” biografia (ou conceito). O desafio pode ser acompanhado de imagens. Deve colocar-se o link de quem nos desafiou e desafiar cinco blogues, avisando-os do convite “à valsa”. »

Então aqui vai, em jeito diferente:

M – mar
A – apaixonada
R – rio e rocha
I – inquieta
A – amiga
(S) – solidária

É isso, sou a MARIA.

Passo o desafio aos seguintes blogs:

Detalhes (http://alice-detalhes.blogspot.com/)
Fernanda & poemas (http://fernananda55.blogspot.com/)
Maçã com canela (http://(macaccanela.blogspot.com/)
Mar de chamas (http://agulheta.blogspot.com/)
Porque me condenas (http://porque-me-condenas.blogspot.com/)

Obrigada, pin gente.
Um enorme beijo para ti.

Agradecendo...


A Blue Velvet e a Gi atribuiram-me este prémio, que muito agradeço.
Deveria nomear 10 blogues (5 por cada nomeação), mas mais uma vez eu "descumpro".
Fica aqui, para quem o quiser levar.
Obrigada às duas, dois beijos.

Thursday, May 15, 2008

Recado para Chico


Estou cá na festa
A Primavera de que falas já foi Verão
O cravo que tu querias
A flor do meu jardim
Já passa sem se ver de mão em mão

Há tanto mar mas pouco tempo p'rá chegada pá
Traz o cheirinho de alecrim que te mandaram
E se ele não fizer falta
Tu sabes bem que a malta
Devolve é porque os tempos já

Tanto mar nós aqui
Esperando você
O cravo à espera
Mas tanto mar
Milhões de abraços
P'ra navegar

Não temos morro temos lata é o mesmo pá
Não temos samba mas temos fado e futebol
Cuica e tamborim
Viola mais guitarra é bom
Mas não se vive só com o sol

Quando vieres eu estarei cá com a nossa gente pá
Já não vens cedo mas eu sei que há tanto mar
É dura a festa aqui
É tal e qual o samba ai
Vem cá pois é preciso navegar

(Paulo de Carvalho)

Wednesday, May 14, 2008

A caixa azul


Eu tenho uma caixa grande, cheia de caixinhas pequenas,
onde guardo as minhas memórias.
Há uma onde também guardo os pensamentos.
Não guardo palavras, escrevo-as e digo-as.
Não guardo mais lágrimas. Tenho um mar cheio delas....
... e uma caixinha azul, assim...

(comentado num outro blogue)

Tuesday, May 13, 2008

A poesia de Abril X

Tanto Mar


Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim

Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor do teu jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar

Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim

(Chico Buarque)

Monday, May 12, 2008

És rio


És rio que canta cada pedra e corre
à margem das margens da vida
atravesso-te. sorvo-te gota a gota
desaguas no mar que sou, por fim

Sunday, May 11, 2008

A poesia de Abril IX

A cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
Tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
e eu não sabia

Há quem cante por interesse
há quem cante por cantar
e há quem faça profissão
de combater a cantar
e há quem cante de pantufas
p'ra não perder o lugar
a cantiga só é arma
quando a luta acompanhar

O faduncho choradinho
de tavernas e salões
semeia só desalento
misticismo e ilusões
canto mole em letra dura
nunca fez revoluções

(José Mário Branco)

Saturday, May 10, 2008

UM PRÉMIO ESPECIAL…


A minha amiga pin gente, http://pin-gente.blogspot.com/ atribuiu-me este prémio, para mim muito especial. Devo passá-lo a cinco blogues, mas vou “descumprir”…
Passo este prémio de imediato, com muita honra, a:

A Recalcitrante
Casa de Maio
Forum Cidadania
Hora tardia
Instantes da vida
Mistery
Pequenos nadas
Por entre montes e vales
Porque existes
Roads
Sentimento em estado gasoso
Tufa Tau

Nem é preciso justificar esta escolha. São blogues sobejamente conhecidos e muito especiais para mim…

Agora é só levar o selo e nomearem 5 blogues…. ☺
Muito obrigada, pin gente. Um enorme abraço para ti.

Friday, May 09, 2008

Setembro de 1973, no Chile. Porque sim!


Manifesto

Yo no canto por cantar
ni por tener buena voz,
canto porque la guitarra
tiene sentido y razón.
Tiene corazón de tierra
y alas de palomita.
Es como el agua bendita,
santigua glorias y penas.
Aquí se encajó mi canto
como dijera Violeta;
guitarra trabajadora
con olor a primavera,
Que no es guitarra de ricos,
ni cosa que se parezca,
mi canto es de los andamios
para alcanzar las estrellas.

Que el canto tiene sentido
cuando palpita en las venas
del que morirá cantando
las verdades verdaderas.
No las lisonjas fugaces
ni las famas extranjeras,
sino el canto de una lonja
hasta el fondo de la tierra.
Ahí donde llega todo
y donde todo comienza,
canto que a sido valiente
siempre será canción nueva.

(Victor Jara)

Thursday, May 08, 2008

A poesia de Abril VIII

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

(Manuel Alegre)

Wednesday, May 07, 2008

Para descontrair.....

NEM SEMPRE AS MÃES ACERTAM!!!!!!
Oito motivos para não se confiar sempre nos conselhos das mães:


1º- Deixa de jogar bola e vai estudar para poderes ter um futuro!
(Mãe do Cristiano Ronaldo)

2º- Pára de gritar!
(Mãe de Luciano Pavarotti)

3º- Deixa de brincar com essas máquinas ou nunca terás nada na vida!
(Mãe de Bill Gates)

4º- É a última vez que rabiscas as paredes da sala!
(Mãe de Michelangelo)

5º- Pára de bater na mesa, estou cansada desses ruídos!
(Mãe de Samuel Morse)

6º- Fica quieto de uma vez, daqui a pouco vais querer dançar nas paredes!
(Mãe de Fred Astaire)

7º- Nada de igualdades, eu sou a tua mãe e tu és o meu filho!
(Mãe de Karl Marx)

8º- Pára de mentir! Tu pensas que estares sempre a mentir te vai ajudar a conseguir ser alguém na vida!?
(Mãe de José Sócrates)


Recebido por mail, hoje.
Vale sobretudo pelo oitavo motivo...

Tuesday, May 06, 2008

A poesia de Abril VII

Pedra Filosofal


Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam
como estas árvores que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que sonho
é vinho, é espuma, é fermento
bichinho alacre e sedento
de focinho pontiagudo
que fuça através de tudo Em
em perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela é cor é pincel
base, fuste, capitel
que é retorta de alquimista
mapa do mundo distante
Rosa dos Ventos Infante
caravela quinhentista
que é cabo da Boa-Esperança

Ouro, canela, marfim
florete de espadachim
bastidor, passo de dança
Columbina e Arlequim
passarola voadora
pára-raios, locomotiva
barco de proa festiva
alto-forno, geradora
cisão do átomo, radar
ultra-som, televisão
desembarque em foguetão
na superfície lunar

Eles não sabem nem sonham
que o sonho comanda a vida
que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos duma criança

(António Gedeão)

Monday, May 05, 2008

Aqui


Aqui te mergulho
para poder morrer
e depois voltar
Aqui me esperas
e nos amamos enfim
sempre que eu vier
Aqui me beijas
com lábios de sal
a saber a mar
Aqui te escondo
para te encontrar
quando eu quiser...

Sunday, May 04, 2008

Um novo desafio...

O António Inglês do (http://porentremontesevales.blogspot.com/) e a Filoxera (http://escritoaquente.blogspot.com/) deixaram-me um desafio, a que vou responder de imediato.
Já não vou surpreender ninguém com as respostas, mas aqui vão:

DESAFIO:

Qualidades – solidária, transparente, dizer sempre o que penso
Defeitos – gulosa, teimosa, dizer sempre o que penso ☺
Gostos – mar, chuva, favas
Não passarei - sem os meus amigos
Detestas - hipocrisia, mentira, injustiça
Pessoa – muitas….
Família - a do coração, sempre
Homem – alguns… ☺
Mulher – algumas… ☺
Sorriso – das crianças
Perfume – não aplicável
Carro – o meu
Paixão – é melhor fechar os olhos…
Amor – o meu
Olhos - são a verdade
Sal – o menos possível
Chuva - adoro
Mar – amor, vida
Livro – muitos…
Filmes – tantos…
Músicas – neste momento, “A cantiga é uma arma”
Dinheiro – apenas porque é preciso
Silêncio - encanto
Solidão – existe, às vezes
Flor – que acham? Cravo, e vermelho!
Sinceridade – sai-me boca fora (os tais “strong feelings”)…
Sonhos – tenho, e hão-de cumprir-se. Um dia!
Cidade – Qualquer uma, com mar à frente
País – Portugal, apesar de tudo…
Não viver sem – os meus amigos
Nunca deixar de – lutar!

E este desafio vai direitinho para todos os amigos que por aqui passarem e quiserem responder…
Obrigada, António Inglês.
Obrigada, Filoxera.
Dois beijos para ambos.

Saturday, May 03, 2008

O Bombista

Flamejante auriflama incendiada
patriótica face entumecida
com dentes de coroa cariada
e alma nacional - apodrecida.

Galões de oficial. Na face armada
um sorriso de arcanjo genocida
mais os comendadores da comenda
da comandita que nos comanda a vida.

Olhar alarve mas não inocente
na mão aberta a palma democrata
na mão escondida a saudação fascista.

É fácil perceber que nem é gente
é um simples piolho que se cata
é um filho da puta é um bombista.

(Ary dos Santos)

Prémio Liberdade Florida


No dia 30 de Abril a Carminda Pinho, do Forum Cidadania, ofereceu-me este prémio.
No dia 1 de Maio foi a vez da Placi, do Porque me Condenas, da Valsa Lenta, do Valsa Lenta e da Lídia, do Silêncio Culpado, me oferecerem este mesmo prémio.
É escusado dizer que me sinto muito honrada por o ter recebido, especialmente nestas duas datas.
Este é um prémio que devo atribuir a blogues que expressam a liberdade, seja qual for a forma.
Assim, eu vou atribuir, desta vez, e porque é um prémio muito recente na net, a blogs que entendo se expressam livremente. Eu atribuo, os donos dos blogues estão à vontade para darem, ou não, seguimento.
E os blogues são, por ordem alfabética:

As pequenas coisas
As vinhas da ira
Cantigueiro
Casa de Maio
Casario do Ginjal
Cravo de Abril
Escrito a quente
Estados de Alma
Ficções do cordel
Instantes da vida
Mar sem Sal
Mistery
Momentos & Documentos
Nada de novo
Pin gente
Poesia de palavras
Poesia no popular
Quarteto de Alexandria
Sentimento em estado gasoso
Voando aí

Muito obrigada a quem aceitar este prémio....
Obrigada Carminda, Placi, Valsa Lenta e Lídia.
Beijos para vós.

Em tempo: Também a Amigona, do Instantes da vida, me atribuiu este prémio.
Fica aqui o registo e voa para ti, Amigona, um enorme abraço...

Desafio “Não me importo”

Fui desafiada pelo Amigo C Valente, http://cvalente.blogspot.com/ a dizer seis coisas que “não me importo” de fazer. Ao mesmo tempo, desafiar 6 bloguistas a fazer o mesmo….

Então aqui vai:
- Não me importo de estar horas a fio a olhar o mar.
- Não me importo de passar noites acordada a ver ténis ou fórmula 1, quando as competições são “nos outros cantos do Mundo”.
- Não me importo de fazer quilómetros para estar em amena cavaqueira com Amigos.
- Não me importo de fazer os mesmos quilómetros para ajudar um Amigo, sempre que seja preciso.
- Não me importo de estar sozinha na Ilha, de inverno, por tempo indeterminado (ai, até gosto!).
- Não me importo de estar hoje a responder aos desafios… ☺

Vem agora a parte que eu não gosto, que é nomear 6 blogues…
Portanto, todos os que por aqui passarem, e quiserem, podem levar o desafio e responder….

Muito obrigada, C Valente. Um beijo para ti.

Friday, May 02, 2008

O Futuro


Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente

Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.

Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai

O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.

(Ary dos Santos)
(O sangue das palavras)

Thursday, May 01, 2008

Não passam mais


Em nome dos nossos braços
em nome das nossas mãos
em nome de quantos passos
deram os nossos irmãos.
Em nome das ferramentas
que nos magoaram os dedos
das torturas das tormentas
das sevícias dos degredos.
Em nome daquele nome
que herdámos dos nossos pais
em nome da sua fome
dizemos: não passam mais!

E em nome dos milénios
de prisão adicionada
em nome de tantos génios
com a voz amordaçada
em nome dos camponeses
com a terra confiscada
em nome dos Portugueses
com a carne estilhaçada
em nome daqueles nomes
escarrados nos tribunais
dizemos que há outros nomes
que não passam nunca mais!

Em nome do que nós temos
em nome do que nós fomos
revolução que fizemos
democracia que somos
em nome da unidade
linda flor da classe operária
em nome da liberdade
flor imensa e proletária
em nome desta vontade
de sermos todos iguais
vamos dizer a verdade
dizendo: não passam mais!

Em nome de quantos corpos
nossos filhos foram feitos.
Em nome de quantos mortos
vivem nos nossos direitos.
Em nome de quantos vivos
dão mais vida à nossa voz
não mais seremos cativos:
o trabalho somos nós.
Por isso tornos enxadas
canetas frezas dedais
são as nossas barricadas
que dizem: não passam mais!

E em nome das conquistas
vindas dos ventos de Abril
reforma agrária controlo
operário no meio fabril
empresas que são do estado
porque o seu dono é o povo
em nome de lado a lado
termos feito um país novo.
Em nome da nossa frente
e dos nossos ideais
diante de toda a gente
dizemos: não passam mais!

Em nome do que passámos
não deixaremos passar
o patrão que ultrapassámos
e que nos quer trespassar.
E por onde a gente passa
nós passamos a palavra:
Cada rua cada praça
é o chão que o povo lavra.
Passaremos adiante
com passo firme e seguro.
O passado é já bastante
vamos passar ao futuro.

(Ary dos Santos)
(O sangue das palavras)