"QUANDO EU MORRER VOLTAREI PARA BUSCAR OS INSTANTES QUE NÃO VIVI JUNTO DO MAR" (Sophia de Mello Breyner Andresen)
Tuesday, September 23, 2008
Ceguei
Ceguei De tanto te amar e tanto te querer Ceguei De te olhar todos os dias e não te ver Ceguei De ter o teu cheiro em mim e não te sentir Ceguei E tu emudeceste Porque falo contigo e não me respondes Porque te beijo e não sentes nada Porque te estendo a mão e nem sequer a vês Cegaste…
39 comments:
Anonymous
said...
pois olha que eu estou cego, por outras razões, por tanta "coisa" que vejo à minha volta.
Lindo poema Maria. Aqui vai uma resposta de Prevert (tradução livre minha) ...
Pequeno Almoço
Deitou o café na chávena Deitou o leite na chávena Deitou o açúcar no café com leite e com a colher pequena mexeu bebeu o café com leite e pousou a chávena sem me falar Acendeu um cigarro Fez círculos com o fumo pôs as cinzas no cinzeiro levantou-se sem me olhar sem me olhar sem me falar Colocou o chapéu na cabeça Vestiu a gabardine porque chovia E saiu para a chuva sem uma palavra sem um olhar E eu deitei a cabeça nas minhas mãos e chorei
Cá estou eu para te trazer um grande abraço de amizade e tanta saudade. Falas de cegueira.... pois minha amiga por vezes andamos rodeados de tanta gente e tão sózinhos... o mundo anda cego e parece que o acompanhamos... Pressinto que quiseste ir bem mais longe... Olha que o pior cego é aquele que se recusa a ver... Um grande abraço que te leva um beijinho bem embrulhado... Queria dizer-te mais coisas mas isto por aqui anda um pouco às avessas e a disposição tem-me faltado. Tento seguir em frente mas fico com a sensação de que não faço mais que fugas para a frente... Veremos o que isto vai dar. António
Cada vez querem que andemos mais cegos e não vejamos. "Mas há sempre alguêm que resiste... há sempre alguêm que diz não" E tu resistes. Como sempre lindo.
Olha, gostei demais de ver aqui transcrito o poema que me acompanhou no Liceu no meu livro de frances. Déjeuner Du Matin, na tradução de Fernando Vasconcelos.
Il a mis le café dans la tasse Il a mis le lait dans la tasse de café .................... .................... Et il est parti Sous la pluie Sans une parole Sans me regarder Et moi j'ai pris Ma tête dans ma main Et j'ai pleuré.
Noooossa! Há quanto tempo não ouço (vejo, escrevo) isto!!!! Obrigada, Fernando!
Estou a pensar abandonar em definitivo as caixas de comentarios. Por todo o tempo de "encontros"... de respeito e identificação, quiz dar conhecimento. Se por algum motivo achar razão em guardar o meu contacto sabe como encontrá-lo. Felicidades para o seu blog e para todas as lutas. O abraço forte e carinhoso de sempre
Olá minha querida Amiga Maria, quanta tristeza neste teu belo poema... Tristeza cega que não vê, mas tem as marcas no coração! Tristeza cega que não vê, mas tem as lágrimas que não se veem! Tristeza cega que não vê, mas tem na alma a pureza de um ser, que não se vê mais!... Uma boa noite querida Amiga e muitos beijinhos do meu coração, Fernandinha
Maria Nós cegamos quando amamos. O amor morre quando percebemos que afinal o outro não é perfeito. Mas que vale essa cegueira face à grandiosidade do amor que a alimenta?
39 comments:
pois olha que eu estou cego, por outras razões, por tanta "coisa" que vejo à minha volta.
Abreijo
...tanta coisa que os outros não ouvem, nem veem...
abraço, forte como sempre...
Maroca,
Esta é mais uma daquelas vezes em que me deixas sem palavras.
Mas, bem sabes tudo aquilo que agora não te digo.
Beijo grande, no teu coração imenso de tanto amar
Não existe nada que doa mais do que essa indiferança. Foste fundo na ferida, Maria.
Beijinhos
maria, este poema/canção é demais! intenso e realista nos sentires!
às vezes, ainda é possível fazer um volteio... assim haja dupla vontade!
um grande sorriso :)
mariam
Lindo poema Maria. Aqui vai uma resposta de Prevert (tradução livre minha) ...
Pequeno Almoço
Deitou o café
na chávena
Deitou o leite
na chávena
Deitou o açúcar
no café com leite
e com a colher pequena
mexeu
bebeu o café com leite
e pousou a chávena
sem me falar
Acendeu
um cigarro
Fez círculos
com o fumo
pôs as cinzas
no cinzeiro
levantou-se
sem me olhar
sem me olhar
sem me falar
Colocou
o chapéu na cabeça
Vestiu a gabardine
porque chovia
E saiu
para a chuva
sem uma palavra
sem um olhar
E eu deitei a cabeça
nas minhas mãos
e chorei
Duas formas de cegueira. Uma forma única de o dizer. Um poema que emociona.
Parabéns, Maria, e um beijo.
A Maria, no seu melhor, voltou.
Não tenho palavras, além de dizer que está lindo, que adorei e que chorei.
Ficamos assim.
Beijinhos e veludinhos azuis
Demolidor, querida Maria. É a palavra que me ocorre... ainda estou enm estado de choque!
Beijos ternos e saudosos.
Com certeza, minha amiga! cego e insensível! Lindo e real! Boa semana! Beijos
Olá Maria
Cá estou eu para te trazer um grande abraço de amizade e tanta saudade.
Falas de cegueira.... pois minha amiga por vezes andamos rodeados de tanta gente e tão sózinhos... o mundo anda cego e parece que o acompanhamos...
Pressinto que quiseste ir bem mais longe...
Olha que o pior cego é aquele que se recusa a ver...
Um grande abraço que te leva um beijinho bem embrulhado...
Queria dizer-te mais coisas mas isto por aqui anda um pouco às avessas e a disposição tem-me faltado. Tento seguir em frente mas fico com a sensação de que não faço mais que fugas para a frente...
Veremos o que isto vai dar.
António
Maria ...
Simplesmente lindo ... I'm speachless ... pela forma intensa como descreves esta cegueira, que parece que nos dias de hoje afecta tantos e tantas ...
Adorei :)
Uma beijoca grande
PHONIX!!!
Maria!
Sempre gostei de te ler. Mas este Poema deixou-me assim arrepiadinha...
beijinhos eu estou aqui.
de
qtgm
Só consigo dizer...que gostei muito, Maria.
Beijos
...é cego o amor...e tantas vezes nos deixa sem palavras
gostei muito
beijos
Os sentimentos não são moldáveis... mas quando se amoldam, então é o sétimo céu!
hoje não digo nada, mari
deixo só um beijo
Olha que o teu «ceguei» é muito bonito, muito bonito, mesmo.
Um beijo grande.
olá maria,
eu tbem ceguei... depois de ler e até emudeci.
por isso saio, caladinha.
beijo
Eis os resquícios do que outrora foi uma história de amor. Sempre difíceis de serem aceitos sem que se sinta dor.
Estamos na primavera, por isso, além da rosa que trouxeste do Calidoscópio, deixo-te um buquê com flores do campo, as minhas preferidas.
Beijos pra ti!
Um beijinho, Maria.
Eduardo
Muito bonito o teu poema.
Este silêncio é o pior dos silêncios.
Beijinhos com raios de Sol
Maria
"o amor é fogo, que arde sem se ver"
Olha que goste meeeesssmo!
Bjos
Quanta tristeza num simples poema. Tristeza sem lágrimas. Cega, e seca. Mas dorida.
Um abraço
Magnifico post Maria.Beijinhos Maria.Salomé
E para quê deixar instalar-se esta cegueira, não é?...
Beijos, amiga.
Cada vez querem que andemos mais cegos e não vejamos. "Mas há sempre alguêm que resiste... há sempre alguêm que diz não"
E tu resistes. Como sempre lindo.
São fases, Maria? Todo o romance as tem.
Olha, gostei demais de ver aqui transcrito o poema que me acompanhou no Liceu no meu livro de frances. Déjeuner Du Matin, na tradução de Fernando Vasconcelos.
Il a mis le café
dans la tasse
Il a mis le lait
dans la tasse de café
....................
....................
Et il est parti
Sous la pluie
Sans une parole
Sans me regarder
Et moi j'ai pris
Ma tête dans ma main
Et j'ai pleuré.
Noooossa! Há quanto tempo não ouço (vejo, escrevo) isto!!!! Obrigada, Fernando!
Estou a pensar abandonar em definitivo as caixas de comentarios.
Por todo o tempo de "encontros"... de respeito e identificação, quiz dar conhecimento.
Se por algum motivo achar razão em guardar o meu contacto sabe como encontrá-lo.
Felicidades para o seu blog e para todas as lutas.
O abraço forte e carinhoso de sempre
Olha Maria, aqui fica mais uma versão do outro poema, aqui tão citado.
Foi a melhor que encontrei.
http://br.youtube.com/watch?v=IaCSaXEKhpk
Beijinho
O teu é o desencanto cantado.
Belíssimo.
Olá minha querida Amiga Maria, quanta tristeza neste teu belo poema... Tristeza cega que não vê, mas tem as marcas no coração!
Tristeza cega que não vê, mas tem as lágrimas que não se veem!
Tristeza cega que não vê, mas tem na alma a pureza de um ser, que não se vê mais!...
Uma boa noite querida Amiga e muitos beijinhos do meu coração,
Fernandinha
Lindo Maria...
Por vezes cegamos ... e voltamos a ver. É assim amar.
Beijinho
BF
Este poema parece uma onda; que vem vindo, vem vindo...até a última bolha de espuma que fica na areia. Lindísssimo, Maria!
Beijinhos
Maria
Nós cegamos quando amamos. O amor morre quando percebemos que afinal o outro não é perfeito. Mas que vale essa cegueira face à grandiosidade do amor que a alimenta?
Beijos
Hoje não tenho palavras para as tuas palavras...
Beijinho, Maria*
beijo.
belo e delicada sensibilidade poética.
gostei muito
A todos que passaram por aqui hoje o meu muito obrigada..
Foi muito bom ler-vos...
Beijos
Gosto tanto deste poema do Neruda, assim como gosto tanto de Vinicius... Mas algo me diz, que tu já sabes!!!
Beijo, para dar alegria!
Ceguei não fia! kkkkkkk
Tô de zoios bem abertos para o além mar! kkkkkkkkk
Será meu Senhor do Bonfim? Moça, se alegre viu? Não gosto da senhora assim não! Oxente...
Só lhe digo uma coisa você não cai assim não! A Rainha do Mar não não deixa, acredite!
Eu tão preocupado com a criatura que passei email, liguei para minha cumadi.
Maria, levante a cabeça e siga em frente...
bjs
O Sibarita
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