Monday, May 10, 2010

Os dias do verbo amar


Sei dos caminhos enviezados da vida
que lentamente se desfazem no mar
dos dias sim da alegria vivida
dos dias não que teimam em não cessar
Mas já não sei dos dias do verbo amar

Sei dos escolhos que a vida nos oferece
que lentamente se desfazem no mar
das ausências que a solidão tece
e das certezas que nos fazem sonhar
Mas já não sei dos dias do verbo amar

Sei das noites amargas sem o toque da pele
que lentamente se desfazem no mar
dos corpos cansados do amor e do mel
e das lágrimas que saltam do meu olhar
Porque já não sei dos dias do verbo amar.



(eu vou ali. depois volto, logo logo...)

38 comments:

Sunshine said...

Os dias são como as marés: vão e voltam...e os dias de saber do verbo amar irão voltar.
beijinhos com raios de sol

João Paulo Proença said...

Maria:

Que saudades dos teus textos!

Que belo (e triste) poema!

beijo

João

Anonymous said...

E de repente temos de abrir a mão para o sonho alado, sem cobrar ternuras nem cuidados
O amor se inquieta com desejos de correr, de voar, de estar ausente...

Lindo como já nos acostumaste!

Deixo-te meu beijo

Ana said...

Das palavras tuas, só posso dizer que são todas conjugadas com o verbo amar !
Poema belo e tão triste! Quando chegarão os dias do verbo sorrir?
Um beijo, Maria.

salvoconduto said...

Cheira-te a Papa, dás logo de frosques...

Abreijos.

Ava said...

Que lindo cheiro a mar. Resignação dos dias nãos, porque já não sei dos dias do verbo amar...
Que intensidade linda, Maria,aquela intensidade única que só tu sabes colocar nas tuas palavras.

Um beijo com cheiro a madrugada, Ava.

Leticia Gabian said...

Maroca,
Há amor, sempre e de várias maneiras e de vários tamanhos e idades e cores e cheiros...Há amores de dias, de meses, de uma vida inteira... Sempre há amor, apesar do mar imenso.

E nós te amamos, AICeT!

mjf said...

Olá!
Lindo e triste !!

Beijocas

viajantes said...

lindo de doer...
beijinho Maria.

Rosa dos Ventos said...

Sabemos tanta coisa, Maria e nem todas agradáveis!
Belo poema...

Abraço

OUTONO said...

Sei de um escrever mar...chão
Sei de um poetar enorme
Sei...que nunca me posso esquecer de vir aqui...refazer o cheiro maresia da ilha ...que necessito para respirar d'alma.

Beijinho

Oliva verde said...

...mas as memórias trarão sempre os dias que queremos!
Beijinhos

Manuela Freitas said...

Foste procurar os dias do verbo amar? Eles vão e vêem, mas espero que os encontres!
Beijinhos querida Maria,
Manú

Nilson Barcelli said...

Ninguém sabe tudo...
Gostei do teu poema, belíssimo.
Querida amiga, boa semana.
Beijos
PS: volta logo...

Fernando Santos (Chana) said...

Olá Maria, bela fotografia...belo (e triste) poema...Espectacular....
Beijos

Fernando Santos (Chana) said...

Olá Maria, bela fotografia...belo (e triste) poema...Espectacular....
Beijos

Agulheta said...

Maria.As palavras sempre belas,onde se encontram o amor e o mar,tem muito em comum.
Beijinho e volta depressa.
Lisa

Manuel Veiga said...

deixa.nos um belo poema.

volta breve, breve...

beijos

Maria P. said...

Quando o teus verbos me tocam assim...

:)Beijinho, minha Maria*

Cristina Caetano said...

Mexeu aqui dentro.

Beijão, Maria e não demores muito. :)

joão marinheiro said...

quando voltares andarei por aqui na penedia a ver o mar...
Abraço

Fernando Samuel said...

E todavia os dias do verbo amar andam por aí, ao alcance das mãos...

Um beijo grande.

Ana said...

Este teu poema caíu cá dentro duma forma que nem calculas.
BELÍSSIMO!!

Até já e um beijinho!

escarlate.due said...

mas Maria... os dias do verbo amar são lindos lindos lindos
tens de os reaver
:)

Filoxera said...

Sei de um rio que corre para o teu mar
Da ânsia de te ter, assim, devagar
Da nudez em que te demoras
Nas horas que se seguem a outras horas
Porque ainda sei como conjugas o verbo amar

Sei de um rio que corre para o teu mar
Como uma vida que urge completar
Sei duma urgência com que nos abraçamos
Da ternura em que nos reiventamos
Porque ainda sei como vivemos o verbo amar

(Beijos)

Rafeiro Perfumado said...

O verbo amar não tem tempo certo, daí a sua beleza.

Pedro Branco said...

Saberei eu de mim, tanto que me procuro?
Perdido entre o mar de ti e o labirinto da noite que me chama...
Cansado dos passos e dos versos no escuro.
Nos silêncios que ainda não se deitaram na minha cama.
Saberei eu de mim, tanto que me perco?
Arrebatado nas horas infinitas e na embriaguez que inflama...
Morto e sem tempo, livre neste cerco.
Nos silêncios que ainda não se deitaram na minha cama.
Saberei eu de mim, tanto que me escondo?
Vagabundo fugitivo no seu próprio drama...
Pergunto, pergunto e nunca mais me respondo.
Porque os silêncios não se deitaram na minha cama.

clic said...

"Os dias do verbo amar":

amei
amo
amarei

:)

A.S. said...

Maria,

Nos teus olhos não há serenidade,
noto uma ruga no teu rosto.
Que secreto desgosto
roubou aos teus olhos a claridade
como se chovesse em pleno Agosto?


Um beijo meu!
AL

M(im) said...

Que se aniquilem as regras da gramática. Só para essa ausência de verbo não ser aresta a cortar....
Que o Amor se faça substantivo, pleno de significado, independente de conjugãção.
Que a vida, nos caminhos que lavra e que rasga deixe sementes de esperança. Regadas com lágrimas, florescem....
Beijo

M(im) said...

Que se aniquilem as regras da gramática. Só para essa ausência de verbo não ser aresta a cortar....
Que o Amor se faça substantivo, pleno de significado, independente de conjugãção.
Que a vida, nos caminhos que lavra e que rasga deixe sementes de esperança. Regadas com lágrimas, florescem....
Beijo

bettips said...

Voltas sempre
como as ondas amam a terra
deixando beijos de sal
e o sol.
Nessa ilha antiga.
Bjinho

Pitanga Doce said...

Sei de quem não sabia conjugar o verbo amar...e aprendeu.

beijos Maria

Duarte said...

Entre canas silva o vento.
Até gosto!
Deixo-me cair tendo
duna como guarida.
Durmo...
embalado ao som da maré.
Caminhos intermináveis!
Guiado…
pelo ronco adormecido
desse mar sem fim.
Onde me leva?
Se pudesse caminhar por ele!
Iria mar adentro... até ao fim.

Um grande abraço

fj said...

em troca deste poema imenso...deixo-te um beijo para ti, Maria

O Profeta said...

Hoje ofereci as cores da minha paleta
A uma amiga na sua dor
Ouvi seu choro ao meu ouvido
No fatalismo do desamor

Hoje o sono acordou-me
A nostalgia agitou suas asas cinzentas
Esqueci no acordar o ultimo abraço
E contei as nuvens que eram tantas


Doce beijo

ausenda hilário said...

E eu que me perdi nos dias
foi nas ondas e no cântigo do mar
que encontrei todas as sílabas
que tem o verbo amar!

O teu poema é para amar, Maria!

Beijos

Maria said...

Muito obrigada por terem passado aqui.
Bom fim-de-semana!

Beijos a todos.