Monday, December 31, 2007

Para os meus Amigos do lado de lá do Atlântico....


Com beijos meus.....

Encontros e despedidas

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando

Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida ....
Lara lala lele e auê
Lara lala lele e auê

Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida ....
É a vida desse meu lugar
É a vida ....

(Milton Nascimento e Fernando Brant)

A TODOS que passarem por aqui desejo um Bom Ano de 2008

Sunday, December 30, 2007

Amo-te!


Amo-te!
Desde o momento em que te vi
Amo-te!
Como na primeira vez que me sorriste
Amo-te!
Como quando me seguraste a mão
Amo-te!
Como quando me tocaste a pele
Amo-te!
Como quando me pediste um beijo
Amo-te!
Porque estás aqui mesmo se não estás
Amo-te!
Porque sabes entrar dentro de mim
Amo-te!
Porque és tu, e só tu, quem eu desejo
Amo-te!
Porque o mar nos envolve e a lua nos sorri
Amo-te!
...e a tua estrela mandou-me um beijo
Amo-te, porque sim...

Saturday, December 29, 2007

Porque esta música tem exactamente a minha idade, dou-me este presente....


João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões, os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque e ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião, o seu bicho preferido
Sim, me dê a mão, a gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem era nascido
Agora era fatal que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Chico Buarque
Composição: Chico Buarque/ Sivuca

Em tempo: Não, não faço anos hoje...

Thursday, December 27, 2007

Mar...


Preciso de ti, mar…
das tuas marés vazias de mim e cheias de ti
da espuma das ondas a salpicar-me
dos pés enterrados nas tuas areias hoje que te vi tanto
que te amei tanto que te beijei tanto, mar
sinto a tua voz ainda
em forte rugido ou em delicada rebentação
tantos mares te vi hoje tanta maresia ainda nos meus cabelos
que não estou sequer escutando o meu pensamento

Wednesday, December 26, 2007

Procuro-te


Procuro-te sempre em todas as palavras mas escapas-me
como a areia entre os dedos nem sei se é apenas a memória
ou se és tu agora que te vejo vou ao fundo de ti e mergulho
para te(me) sorver em cada maré até ao fim dos meus dias...

Tuesday, December 25, 2007

Charles Chaplin "voou" faz hoje 30 anos...


Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar,
mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
“quebrei a cara muitas vezes”!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!
Não passo pela vida…
E você também não deveria passar!
Viva!
Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é “muito” pra ser insignificante.

(Charles Chaplin)

Monday, December 24, 2007

Poema de Natal

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados,
Para chorar e fazer chorar,
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses,
Mãos para colher o que foi dado,
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida;
Uma tarde sempre a esquecer,
Uma estrêla a se apagar na treva,
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar,
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer:
Uma canção sôbre um berço,
Um verso, talvez, de amor,
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E que por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre,
Para a participação da poesia,
Para ver a face da morte -
De repente, nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente.

(Vinicius de Moraes)

Saturday, December 22, 2007

Dizem que é Natal...


Enquanto houver uma criança com fome
Enquanto houver uma família sem tecto


Enquanto houver guerras ou ocupações de territórios, que fazem das crianças e dos velhos as principais vítimas
Enquanto o Vaticano continuar a condenar o uso do preservativo, provocando assim a disseminação da SIDA
Enquanto o Homem não respeitar o outro Homem mesmo ao seu lado
Enquanto uns têm as mesas fartas e disso fazem gala e outros não têm sequer água para beber...
... não posso ter Natal...


Vou ali ao lado. Volto logo, logo...
(fotos tiradas da net)

Friday, December 21, 2007

Aconchego...


Abraço-te-me, aqui, como tantas vezes
nos abraçámos, assim.
Era o tempo do frio e das chuvas, lembras-te?
E ficávamos à lareira, comendo frutos secos
e ouvindo o mar ao fundo...
Até o mar hoje está diferente, hoje está tudo diferente
só o nosso amor continua igual...

Thursday, December 20, 2007

Amigos!


Hoje não tenho palavras
hoje sinto-me seca por dentro
Mas seria injusta se não dissesse que
quem me faz mesmo falta, hoje,
quem eu amo mesmo
são os meus AMIGOS
É com eles que eu conto
São eles que me alegram
Eles, os virtuais, eles, os reais....
... os meus amigos!


Em tempo: Vale a pena dar um "pulinho" até aqui:
http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/2007/12/get-this-widget-track-details-esnips.html

Wednesday, December 19, 2007

Dois poemas para José Dias Coelho


Assassinado pela PIDE em 19 de Dezembro de 1961

A José Dias Coelho

Seja minha a tua força, irmão
seja meu o teu braço, camarada
Sejam estes muros não um paredão
sejam uma ponte ou mesmo uma estrada.

Seja nela meu o teu anseio, irmão
seja minha a luta que na tua terra travas
seja ela o fruto das coisas que amavas.

Sejam essas coisas, as mesmas, irmão
sejam as que amo aqui nesta cela
seja para sempre a minha na tua mão
seja para todos uma vida bela
seja nela o trigo com a sua cor dourada
sejam as papoilas vermelhas de querer
seja sempre o dia que sucede à madrugada
seja outro o sentido da palavra morrer.

Sejam os mortos aqui ao nosso lado
sejam os seus também os nossos passos
seja em luta o ódio acumulado
sejam retesados nossos membros lassos.

Sejam as colinas de vontade erguidas
seja a sua força a que do amado vem
sejam nossas as tuas palavras queridas
seja minha a tua vontade também.

E não há muros, bombas ou insultos
que detenham as árvores ao nascer da terra
nem façam brotar flores de pensamentos estultos
nem parar o sol. E não será a guerra
com que os lobos sonham em noites de orgia
que impedirão que nasçam.

Das auroras por nascer
das estruturas por erguer
dos caminhos por andar
das flores por brotar
estendem-se as mãos do futuro
que envolvem teu corpo de bandeira.

(Alda Nogueira, Prisão de Caxias, 1963)
(poema inédito retirado do blog http://www.ascausasdajulia.blogspot.com, cedido à Júlia Coutinho por Alexandre Castanheira)

A Morte saiu à rua

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual

Só olho por olho e dente por dente vale

À lei assassina à morte que te matou

Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim

Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão

E em todas florirão rosas duma nação

(José Afonso)

Aconselho uma visita a:
http://docordel.blogspot.com/2007/12/de-um-livro-em-estaleiro-o-assassinato.html
http://docordel.blogspot.com/2007/12/de-um-livro-em-estaleiro-quando-o.html

Tuesday, December 18, 2007

Pra não dizer que não falei de... flores

(foto "roubada à Gi...")

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantado
E seguindo a canção...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Pelos campos a fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

(Geraldo Vandré)
Esta canção ficou em segundo lugar no Festival Internacional da Canção de 1968.
Depois disso, sua execução foi proibida no Brasil durante anos, pela ditadura militar.
O sucesso de uma canção que era cantada nas ruas e que incitava o povo à resistência levou os militares a proibí-la, usando como pretexto a "ofensa" à instituição contida nos versos "Há soldados armados, amados ou não / Quase todos perdidos de armas na mão / Nos quartéis lhes ensinam antigas lições / de morrer pela pátria e viver sem razão".
A primeira artista a interpretar "Caminhando" depois da censura foi Simone, em 1979, conquistando enorme sucesso de crítica e público.
Beijos a todos........

Monday, December 17, 2007

Na maré de ti


No vai e vem das marés que vivemos
Na rocha onde escondemos o amor
No sol que sempre nos aqueceu
Na chuva que lavou todos os pecados
No fogo que mantém a chama acesa
Na lua nossa cúmplice para sempre
Na terra onde te sei
É na maré de mim que te procuro...
... é na maré de ti que me encontro.

Sunday, December 16, 2007

Agradecendo Prémios e Desafios….

Blogue de elite


Sendo que este tempo é um tempo outro, em que falta o tempo, não posso deixar passar o dia de hoje sem falar nos prémios e desafios…..

As minhas amigas Isabel (Sophiamar) e Amigona (Instantes da vida) atribuiram-me este selo de uma corrente (mais uma…) que anda por aí...

Vamos primeiro às regras do idealizador deste desafio, do PutsGrilo!com:

Indique 05 blogueiros que você considera ‘de elite’ e explique o porquê de seus votos. A brincadeira é simples! Você capricha no discurso com os 05 ‘moleques’ da blogosfera - eles podem já ter sido indicados por outra pessoa e torce que seja tão eficiente que você seja indicado pelo maior número de pessoas. Como todo o meme, é exigência um link para o blog que o indicou e outro para o criador do meme, neste caso o blog PutsGrilo!com. Os blogs terão até o dia 31 de Dezembro de 2007 para receberem votos. Todos os votos depois dessa data não serão computados. Cada voto deve ser informado o mais brevemente possível por meio de comentários nesta página e somente serão computados votos emitidos por blogs com mais de 01 mês de existência. Além disso, não serão computados votos de uma pessoa para si mesma, claro. Durante o mês de Janeiro todos os votos serão computados e o resultado, divulgado. Além disso, quem ganhar terá um prémio em espécie.

Agora vem a grande dificuldade. Não consigo nomear APENAS 5 blogues de todos os que considero os Melhores dos Melhores…
Pensei em blogues masculinos, em femininos, de prosa, de poesia, de política, enfim.
Optei por nomear 5 blogues ligados às artes plásticas, e todos eles pelas mesmas razões: sou capaz de ficar HORAS a olhá-los e a vê-los e a bebê-los….. E os blogues de elite são, por ordem alfabética:

Caderno de Campo
Infinito Pessoal
Labirinto de Olhares
Pequenos Nadas
Piano

Isabel, Luís, Fernando, Gi, Isabel, não se sintam obrigados a dar seguimento a esta “brincadeira”, pois a minha idéia foi cumprir o que disse que faria, e isso ficou agora feito.
Muito obrigada por terem os blogues que têm e me proporcionarem horas de prazer. Beijos.

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Diz que até não é um mau blog


Quem o diz, desta vez, é a Cris Caetano (Nuvens sobre o Atlântico) e a Sininho (Ecos da Falésia).
Mas porque já fui “agraciada” anteriormente com este prémio, não irei dar seguimento nomeando outros blogs.
Todos os blogs que me visitam são Bons blogs.

Não poderia, no entanto, deixar de referir aqui, e naturalmente agradecer, a gentileza da Cris e da Sininho.
Obrigada, beijos às duas.

Em tempo:

O fj - 100maisnemenos decidiu atribuir-me, hoje, 20 de Dezembro, este prémio, com o seguinte "mimo":
"O Cheiro da Ilha Mais um Blog de visita obrigatoria, com textos lindos e de uma poesia 100igual que só mesmo o cheiro daquele Mar pode ser justificação para uma tão grande qualidade nos seus Posts. Um Blog que me deixa 100palavras quando o visito, aqui e lá.Gosto do Cheiro da Ilha desde que me conheço."
O fj sabe que não vou dar seguimento a este prémio, apenas 4 dias depois destes.... Mas fica aqui o registo.
Obrigada, fj, e um beijo...

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Página 161


A Ana (Encosta do mar) desafiou-me para a página 161…
Embora já tenha respondido a este desafio anteriormente, creio que duas vezes, não poderia deixar de agradecer este desafio e deixar aqui as regras, que são:

1- Pegar num livro próximo ( PRÓXIMO, não procure)
2- Abrir na página 161
3- Procurar a 5ª frase completa
4- Postar essa frase no seu blog
5- Não escolher a melhor frase, nem o melhor livro
6- Repassar para outros 5 blogs.

O livro mais próximo de mim é Antologia Poética, de Natália Correia, e a 5ª frase da pág. 161 diz o seguinte:

“nós saímos dos ovos e quisemos ser números”.

Não vou nomear ninguém, até porque percebo que nesta época que atravessamos o tempo torna-se “mais curto”. Assim, quem por aqui passar e quiser dar continuidade a este Desafio, é bem vindo.
Obrigada, Ana. Um beijo especial para ti.

Saturday, December 15, 2007

Nos 100 anos de Oscar Niemeyer


"Não é o ângulo recto que me atrai
nem a linha recta, dura, inflexível,
criada pelo homem.
O que me atrai é a linha curva e sensual.
A curva que encontro nas montanhas do meu país,
no curso sinuoso dos seus rios,
nas ondas do mar
nas nuvens do céu,
no corpo da mulher preferida.
De curvas é feito todo o Universo.
O Universo curvo de Einstein."

Parabéns, Oscar Niemeyer!

Friday, December 14, 2007

Desfolhei-te


Desfolhei-te
pétala a pétala
Sorrias
Em cada pétala
deixaste uma lágrima
transformada em gota
do meu sangue

Tuesday, December 11, 2007

Levei um soco no estômago...

(Recebi este email há um par de horas. Achei que o devia partilhar...)

Entrei apressado e com muita fome no restaurante.
Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos de que dispunha naquele dia atribulado para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava desenvolvendo, além de planejar minha viagem de férias, que há tempos não sei o que são.
Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga,uma salada e um suco de laranja, pois afinal de contas fome é fome, mas regime é regime, né? Abri meu notebook e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
- Tio, dá um trocado?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, compro um para você.
Para variar, minha caixa de entrada estava lotada de e-mails. Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas. Ah! Essa música me leva a Londres e a boas lembranças de tempos idos.
- Tio, pede para colocar margarina e queijo também?
Percebo que o menino tinha ficado ali.
- OK, mas depois me deixe trabalhar, pois estou muito ocupado, tá?
Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento. Faço o pedido do menino, e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto ir. Meus resquícios de consciência me impedem de dizer. Digo que está tudo bem.
- Deixe-o ficar. Traga o pão e mais uma refeição decente para ele.
Então o menino se sentou à minha frente e perguntou:
- Tio, o que está fazendo?
- Estou lendo uns e-mails.
- O que são e-mails?
- São mensagens eletrônicas mandadas por pessoas via Internet.
Sabia que ele não iria entender nada, mas a título de livrar-me de maiores questionários disse:
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Tio, você tem Internet?
- Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet, tio?
- É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual, tio?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me liberar para comer minha refeição, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Legal isso. Gostei!
- Mocinho, você entendeu o que é virtual?
- Sim, tio, eu também vivo neste mundo virtual.
- Você tem computador?
- Não, mas meu mundo também é desse jeito... Virtual. Minha mãe fica todo dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo. Eu fico cuidando do meu irmão pequeno que vive chorando de fome, e eu dou água para ele pensar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai está na cadeia há muito tempo. Mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida muitos brinquedos de Natal, e eu indo ao colégio para virar médico um dia. Isto não é virtual, tio?
Fechei meu notebook, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado.
Esperei que o menino terminasse de literalmente 'devorar' o prato dele, paguei a conta e dei o troco para o garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que eu já recebi na vida, e com um 'Brigado tio, você é legal!'. Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia de verdade, e fazemos de conta que não percebemos!

(vou ali ao lado dois ou três dias. volto logo logo...)

Monday, December 10, 2007

Mergulho


Mergulho em ti
és sangue que me percorre as veias e me aquece
és vida dentro de mim.
Mergulho em ti...

Sunday, December 09, 2007

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas a amada já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudade,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

(Pablo Neruda)

Saturday, December 08, 2007

Missão de acção para um mundo melhor


O meu amigo c valente desafiou-me para colaborar numa “acção para um mundo melhor”.
Por estarmos na quadra natalícia, pede ele um gesto de boa vontade pretendendo evitar, em especial nesta altura do ano, a hipocrisia e encontrar um gesto de amor para com o próximo.
Gesto que pode ser uma palavra, uma acção, uma doação, o que entendermos, para com outra pessoa.
A ideia do c valente é que solicitemos em cadeia a outros blogues (cada um nomeava entre 3 e 7 blogues para fazer a cadeia) para fazer o mesmo e publicar, na semana antes do Natal, o que tínhamos feito ou, em alternativa, escrever a frase EU CUMPRI.
A frase que deveremos colocar no blogue é:

"Eu colaboro para um mundo melhor, e você?"

Não vou publicar o que fiz na semana antes do Natal, mas farei referência com a expressão EU CUMPRI.
Não vou nomear blogues, apenas convido todos quantos passarem por aqui a uma reflexão sobre o que é que temos que fazer para que este mundo seja um mundo melhor, na perspectiva de que é aqui que irão viver os nossos filhos e os filhos dos nossos filhos e os filhos dos filhos dos filhos.........

Se cada um distribuir um gesto ou uma palavra que seja, dando assim um pouco de nós, o mundo será mais fraterno, mais humano, mais solidário e menos egoísta.

Muito obrigada por este desafio, c valente.
Fizeste-me pensar um pouco mais nos outros...

Bom fim-de-semana a todos..........

Friday, December 07, 2007

Às vezes sinto-te a fugir


Às vezes sinto-te a fugir e não sei que fazer
fico espantada perdida, com água nos olhos
Sou assim forte e frágil a um tempo e
não sei se o nosso amor tão grande tão bom
vai resistir à ausência e à distância.
Só sei que estou dentro do teu coração
de forma inteira e intensa e tu estás em mim,
todo, e em todo o meu corpo da cabeça aos pés.
Às vezes sinto-te a fugir mas não és tu que foges,
é a vida, a nossa vida, que teima em nos castigar.

Thursday, December 06, 2007

Direitinho para Alkmaar...



Comemora-se hoje na Holanda o dia de São Nicolau.

De nacionalidade turca, nasceu a 6 de Dezembro do ano 271 mas viveu em Espanha, onde foi Bispo.





Considerado o protector das crianças, Sinter Klaas (S. Nicolau) tem a sua festa em toda a Holanda na noite de 5 para 6 de Dezembro, onde todas as crianças recebem presentes e há troca de presentes entre adultos.

É claro que este post só é feito porque há duas meninas algures no norte da Holanda que vão achar muita piada quando a mãe lhes mostrar esta foto no computador....
Para quem quiser saber mais, é só visitar http://www.thehollandring.com/sinterklaas.shtml

Wednesday, December 05, 2007

De onde vieste, nevoeiro, e para onde foste?

CREL, ontem de manhã, às 12.35
CREL, ontem de manhã, às 12.35 (segundos depois)
CREL, ontem de manhã, às 12.35 (mais uns segundos depois)

Nevoeiro, frio, sol....
... a noite já pede lareira....
... são as Festas que se aproximam.....

Tuesday, December 04, 2007

Beijo-te


Beijo-te e a tua boca sabe-me a pétalas de um cravo que vai murchando...
...mas que vai renascendo e florindo em mim.
...E o teu coração é vermelho...

Encruzilhada - Desafio


Fui desafiada pela Rosa Maria Anselmo para me ligar a esta ENCRUZILHADA: Compor um post em prosa/conto ou poesia com o título dos últimos 10 posts, usando outras palavras, pelo meio, para dar sentido ao todo.


“Nesta estória de desafios e prémios oferecidos por amigos virtuais e que servem para descontrair depois de ter estado em greve e de ter evocado Alves Redol 38 anos depois da sua morte, e ainda depois de ter colaborado com um post contra a violência do género, é sempre difícil fazer um texto, ainda que sem título (***********), para responder a outro desafio, fazendo-o hoje, porque sim, talvez porque me deram esta camélia que levarei comigo para o jardim da saudade.”


Teria sido muito mais fácil se os últimos dez posts tivessem sido apenas de poesia, mas não o foram...
E porque senti que estava a fazer uma “espécie de redacção” do tempo da escola, vou convidar quem me visita a dar andamento a este desafio, se assim o desejar.
Desculpa ter quebrado a regra, Rosa, mas não foi fácil, antes queria ter feito um poema....

Em tempo: Hoje, dia 6 de Dezembro, a Som do Silêncio desafiou-me também para esta "encruzilhada"...
Obrigada, Amiga.....

Monday, December 03, 2007

Porque me deram esta camélia


Porque a Amizade é a forma mais bonita de amar...
... porque se morrerem todos os meus amores, eu sobrevivo...
... e não sei se sobreviveria se morressem todos os meus Amigos...

Sunday, December 02, 2007

Desafio

Vou responder a um desafio que me foi lançado pelos amigos José Gonçalves e C Valente, que consiste em escrever dez frases sobre mim. Não sei se são as mais significativas mas são as que me vieram primeiro à cabeça...

1. Gosto de me isolar na Ilha e ver o mar
2. Sou muito sensível
3. Gosto de poesia
4. Sou transparente
5. Amo os meus Amigos
6. Adoro crianças
7. Gosto de ler e ouvir música
8. Sou lutadora
9. Não suporto traições
10. Gosto de viajar

Para responder na íntegra ao desafio tenho de nomear cinco Amigos.
Assim sendo, aqui vai:

Amigona – http://amigonasempreblogger.blogspot.com
Elvira Carvalho – http://6feira.blogspot.com
Lua – http://bonecadetrapos-lua.blogspot.com
Mie – http://mi-roads.blogspot.com
Mimo-te – http://mimo-te.blogspot.com

Bom domingo a todos.

Em tempo: Fui também desafiada pela Ka no dia 6.12.2007.
Obrigada Ka, deixo-te um beijo...

Saturday, December 01, 2007

*************


Queria ser gaivota e voar para junto de ti
queria ser barco seguro onde viesses ter comigo
Não sou gaivota nem barco
sou apenas uma mulher que te ama
como não sabia ser capaz de amar assim
e amor é alegria e sofrimento a um tempo
E vibro quando te oiço e quando te vejo
e nem sei o que sinto quando o amor acontece em nós
quando o fazemos seja onde for
e sofro com a tua ausência tão perto e tão longe
que te posso ver mas não te posso tocar
Vou esperar por um amanhã onde vamos ficar juntos
mas esse amanhã tarda em chegar...

Friday, November 30, 2007

EM GREVE


... E porque não assinar a Petição "Em defesa das crianças"?
http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html

Thursday, November 29, 2007

Alves Redol - 38 anos depois...


António Alves Redol nasceu em 1911, em Vila Franca de Xira. Frequenta o Curso Comercial, que conclui em 1927 e no ano seguinte parte para Angola, onde fica durante três anos. A sua passagem por Angola não é muito feliz, mas traz-lhe experiências que dão uma outra visão do mundo e lhe servirão mais tarde na sua actividade literária.
É em 1936 que inicia a sua actividade literária, tornando-se colaborador do jornal O Diabo, para onde escreve crónicas e contos ribatejanos. Mas Redol viria a destacar-se principalmente como romancista e dramaturgo, sendo considerado um dos grandes expoentes do neo-realismo literário português. O grande exemplo disso é o seu primeiro romance Gaibéus (1939) que nas palavras do autor "não pretende ficar na literatura como obra de arte . Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso será o que os outros entenderem."

Esta preocupação em não se limitar à ficção e partir da experiência vivida e documentada será um traço fundamental da sua obra. Além de ir para a Ribeira do Tejo ouvir as histórias dos trabalhadores e das varinas e do Ciclo do Arroz, "viveu no Pinhão para ficar a conhecer o Douro e as suas gentes, descendo o rio com as tripulações dos barcos rabelos, esteve à beira de um naufrágio nos mares da Nazaré, ao sair para a faina com os pescadores para preparar "Uma Fenda na Muralha""(Ana Maria Pereirinha, 1996)

Como romancista Alves Redol destaca-se ainda pelas obras Marés (1941); Avieiros (1943; Fanga (1944); Reinegros (1945); Porto Manso (1946); Ciclo Port-Whine, composto de três romances escritos entre 1949 e 1953; A Barca dos Sete Lemes (1958); Uma Fenda na Muralha (1959) e Barranco de Cegos (1962), a sua obra-prima. Estas três últimas fazem parte de uma fase que começou com A Barca dos Sete Lemes e em que a intervenção política e social é posta em segundo plano, dando lugar a um centramento nas personagens e na sua evolução psicológica. Dá-se, portanto, na obra de Alves Redol, um desvio da corrente literária neo-realista.

Como dramaturgo destacam-se as peças de teatro Forja (1948) e O Destino Morreu de Repente (1967), objectos de censura nas tentativas que se fizeram de as levar à cena.

"A obra literária de Alves Redol poderá ficar para a história da literatura do século XX fundamentalmente como uma obra desigual, em termos de valor formal e artístico, mas é unanimemente considerada como uma obra de grande capacidade de rigor e observação da realidade social e de grande autenticidade e honestidade no seu empreendimento"(idem)

Alves Redol morreu, em Lisboa, em 29 de Novembro de 1969.
(Desenho de Álvaro Cunhal)
(Texto tirado da net)

Wednesday, November 28, 2007

Hoje, porque sim!


Ao meu Partido

Deste-me a fraternidade para com o que não conheço.
Acrescentaste à minha a força de todos os que vivem.
Deste-me outra vez a pátria como se nascesse de novo.
Deste-me a liberdade que o solitário não tem.
Ensinaste-me a acender a bondade, como um fogo.
Deste-me a rectidão de que a árvore necessita.
Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens.
Mostraste-me como a dor de um indivíduo morre com a vitória de todos.
Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.
Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético.
Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria.
Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo.

(Pablo Neruda)
Em tempo:
Petição "Em defesa das crianças"
http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html
ou visitar o blog Vale a pena lutar!
http://combate.blogspot.com

Tuesday, November 27, 2007

Para descontrair.....


Porque recebi este mail hoje mesmo...
... e porque a net hoje não me deixa comentar...

Monday, November 26, 2007

Jardim da saudade


Tenho ainda em mim o teu cheiro
o cheiro do amor e sinto-te
como se estivesses aqui
Tenho-te aqui comigo, em pensamento,
e abraço-te e beijo-te e quero-te outra vez
da mesma maneira como nos quisemos
e nos amámos ontem ainda
Olho-te e sorris com esse sorriso maroto
de menino
Nos teus olhos há estrelas que cintilam
e eu já não sei o que faço ou
o que penso, porque tu, com esse teu jeito,
levas-me pela mão para o jardim da saudade...

Sunday, November 25, 2007

Contra a violência de género

Calçada de Carriche

Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu a sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada,
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce o passeio,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

(António Gedeão)

Saturday, November 24, 2007

Desafios e prémios...

Uma mulher que faz pensar...


Prémio atribuído pela Alice - http://alice-detalhes.blogspot.com

Agora devo atribuí-lo a 10 pessoas, e isso não é fácil. Porque há muito mais que 10 que me fazem pensar…
Por isso deixo aqui 7 (dizem que é um número mágico…)

Anag. – http://andando-e-pensando.blogspot.com
Claudia – http://para-sempre-.blogspot.com
Letícia – http://sometom.blogspot.com
Luna – http://multiolhares-poesiadaspiramides.blogspot.com
Pitanga – http://pitangadoce.blogspot.com
Sininho – http://ecosdafalesia.blogspot.com
Som do Silêncio – http://historiamentiraverdade.blogspot.com

Obrigada, Alice, fiquei sensibilizada… Beijo para ti.

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DESAFIO........

Fui desafiada pela João JR, do Desafios - http://minhaspreferidas.blogspot.com/, a escolher um livro ao acaso, uma página ao acaso e um parágrafo ao acaso.
E porque estamos em época de desafios e prémios que enaltecem a amizade, escolhi a seguinte frase, de um livro que me acompanha muito:
“Quando um amigo precisa de nós não podemos adiar para o dia seguinte” (George Herbert)
Devo desafiar três bloguistas, e aqui vão:
Alice - http://alice-detalhes.blogspot.com
José Gonçalves - http://porentremontesevales.blogspot.com
Sophiamar – http://sophiamar.blogspot.com

Muito obrigada, João. Um beijo enorme para ti e para a R.

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Obrigada, Elvira Carvalho – http://6feira.blogspot.com/





Muito obrigada, José Gonçalves - http://porentremontesevales.blogspot.com/
Elvira Carvalho - http://6feira.blogspot.com/


Passo estes prémios a todos que me visitam. Muito obrigada!

Friday, November 23, 2007

O que faz um comentário, Samuel...


Sei que me esperas

Sei que me esperas lutas e confias
na minha voz subterrânea de combate
na força dos meus gritos de rebate
na coragem das minhas agonias

Sei que esperas nas ruas ou vielas
nas aldeias no mar ou nas cidades
em todos os lugares em que haja celas
olhos petrificados de ansiedades

Anda comigo, vou falar da esperança
da vida que ainda agora principia
Perde essa amarga e vã desconfiança
toma a minha mão de amigo e confia

Anda comigo, eu canto as tuas dores
sou mais poeta sendo teu irmão
Nesta densa floresta sem flores
o sangue e a alma são o mesmo pão

Quando as verdades forem as que amamos
no silêncio do nosso pensamento
E a força que nos guia o movimento
ganhar a paz que tanto desejamos

Quando rufarem todos os tambores
anunciando a grande cavalgada
e os heróis coroados de flores
cantarem a vitória desejada

Vamos colher o trigo semeado
cantar a vida pelos campos fora
a pouco e pouco vai nascer a aurora
e é muito urgente estarmos lado a lado.

(João Apolinário)

Thursday, November 22, 2007

Não vou


Não vou chorar mais por nós
nem por ti nem por mim
porque não quero ficar
fragilizada
angustiada
Quero voltar a ser Eu
forte
vertical
inteira
A mulher
que enfrenta a vida
como se esta fosse um toiro

Wednesday, November 21, 2007

E não é que me atribuíram o prémio...


O blog Traços e Letras, http:// tracoseletras.blogspot.com, premiou-me com o prémio DIZ QUE ATÉ NÃO É UM MAU BLOG?! E se AJO diz que não é mau este meu blog, resta-me agradecer este prémio e manifestar desde já a minha satisfação...
As regras para a atribuição do prémio são as seguintes:

1.º Indicar de onde veio a atribuição.
2.º Atribuir o prémio a 7 blogs que considere que até não são maus blogs. A atribuição é feita a blogs que ainda não foram distinguidos com tal prémio.
3.º Referir a tag do prémio no teu blog, de preferência com o link do blog a que te referes.
E os prémios, por ordem alfabética, vão para:

1. Casa de Maio
2. Instantes da vida
3. Momentus...*
4. Pequenos Nadas
5. Por entre montes e vales
6. Sexta feira
7. Sophiamar
8. "Cantigueiro"
9. Sete vidas como os gatos

Existem muitos outros que eu gostaria de nomear. Nomeei nove. E os dois últimos foram nomeados porque me tenho divertido tanto com os conteúdos dos mesmos, que abordam coisas sérias de um modo, digamos, diferente... que não poderia deixar de os nomear...
Muito obrigada!

Tuesday, November 20, 2007

Queria...


Queria voar contigo para o "nunca" ou para o "sempre"
porque tudo isto me confunde
Tu pertences aqui ou aí, mas junto de mim,
porque a razão e a verdade
estão
onde está o amor...

Agradecendo, outra vez...


A minha querida Amiga Alice Matos, do blogue Pensamentos, http://alice-pensamentos.blogspot.com/, presenteou-me com o prémio blog solidário.
À semelhança do que venho a fazer, e porque em tempos já nomeei blogs solidários, ofereço este prémio a todos que passarem por aqui.... porque sei que são, de certeza, solidários...
Obrigada a todos.
Obrigada, Alice. Um beijo para ti.

Sunday, November 18, 2007

Volto


Vou embora mas depois eu volto
para te abraçar e te beijar
porque ainda aqui estou
e já tenho saudades
Eu volto para ti de onde nunca saio
para te ver correr novamente
na praia e para mim
Eu volto para o amor porque sem ti
a minha vida já não me faz sentido...

Saturday, November 17, 2007

Tenho...




Tenho acumulada em mim toda a ternura madurada neste tempo nosso de uma vida
e sei exactamente que esta ternura e este amor
que tenho e quase explode é
e será para sempre e só
para ti meu amor......

Friday, November 16, 2007

Parabéns!!!

Sophia, outra vez...


Os troncos das árvores doem-me como se fossem os meus ombros
Doem-me as ondas do mar como gargantas de cristal
Dói-me o luar como um pano branco que se rasga.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)
(irresistivelmente "desviado" da Gi do Pequenos Nadas)

Thursday, November 15, 2007

a luz do olhar


Na condição de ter uma luz sua
e de salgar a fonte do voar
nem o sol lhe despe a maresia
nem o mar lhe rouba o brilho
do olhar

(Vasco Pontes, dovoar)

É hoje, às 19.00 horas, a apresentação do livro "dovoar",
na Casa Fernando Pessoa, Rua Coelho da Rocha, 16

Wednesday, November 14, 2007

É agora


É agora que eu me navego em ti
É agora que te amo e me enlaças
É agora que somos um no suor dos corpos
É agora que te perdes e eu me encontro
É agora que nos bebemos com loucura
É agora que eu morro, em ti