Tuesday, January 25, 2011

Esta música, porque sim!



María Landó

La madrugada estalla como una estatua
como una estatua de alas que se dispersan por la ciudad
Y el mediodía canta campana de agua
campana de agua de oro que nos prohíbe la soledad
Y la noche levanta su copa larga
su larga copa larga, luna temprana por sobre el mar

Pero para María no hay madrugada
Pero para María no hay mediodía
Pero para María ninguna luna
alza su copa roja sobre las aguas

María no tiene tiempo (María Landó)
de alzar los ojos
María de alzar los ojos (María Landó)
rotos de sueño
María rotos de sueño (María Landó)
de andar sufriendo
María de andar sufriendo (María Landó)
sólo trabaja

María sólo trabaja, sólo trabaja
sólo trabaja
María sólo trabaja
y su trabajo es ajeno
.

(vou ali. depois volto. logo.)

Sunday, January 23, 2011

Hoje apetece-me Brecht! Porque sim!


O Analfabeto Político


O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe,
da farinha, da renda de casa, dos sapatos, dos remédios,
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e
enche o peito de ar dizendo que odeia a política.
Não sabe, o idiota,
que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista, aldrabão,
o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.


(Bertold Brecht)

Thursday, January 20, 2011

Memória de Amílcar Cabral



Assassinado faz hoje 38 anos. Pelos do costume.

O meu Candidato!


É neste Homem que eu voto no próximo dia 23!

(foto de Rui Miguel Torres)

O Campo foi pequeno para tanto povo!

Wednesday, January 19, 2011

Monday, January 17, 2011

Memória de Ary dos Santos


NÃO PASSAM MAIS


Em nome dos nossos braços
em nome das nossas mãos
em nome de quantos passos
deram os nossos irmãos.
Em nome das ferramentas
que nos magoaram os dedos
das torturas das tormentas
das sevícias dos degredos.
Em nome daquele nome
que herdámos dos nossos pais
em nome da sua fome
dizemos: não passam mais!

E em nome dos milénios
de prisão adicionada
em nome de tantos génios
com a voz amordaçada
em nome dos camponeses
com a terra confiscada
em nome dos Portugueses
com a carne estilhaçada
em nome daqueles nomes
escarrados nos tribunais
dizemos que há outros nomes
que não passam nunca mais!

Em nome do que nós temos
em nome do que nós fomos
revolução que fizemos
democracia que somos
em nome da unidade
linda flor da classe operária
em nome da liberdade
flor imensa e proletária
em nome desta vontade
de sermos todos iguais
vamos dizer a verdade
dizendo: não passam mais!

Em nome de quantos corpos
nossos filhos foram feitos.
Em nome de quantos mortos
vivem nos nossos direitos.
Em nome de quantos vivos
dão mais vida à nossa voz
não mais seremos cativos:
o trabalho somos nós.
Por isso tornos enxadas
canetas frezas dedais
são as nossas barricadas
que dizem: não passam mais!

E em nome das conquistas
vindas dos ventos de Abril
reforma agrária controlo
operário no meio fabril
empresas que são do estado
porque o seu dono é o povo
em nome de lado a lado
termos feito um país novo.
Em nome da nossa frente
e dos nossos ideais
diante de toda a gente
dizemos: não passam mais!

Em nome do que passámos
não deixaremos passar
o patrão que ultrapassámos
e que nos quer trespassar.
E por onde a gente passa
nós passamos a palavra:
Cada rua cada praça
é o chão que o povo lavra.
Passaremos adiante
com passo firme e seguro.
O passado é já bastante
vamos passar ao futuro.

(Ary dos Santos)
(O sangue das palavras)

Saturday, January 15, 2011

Música para o fim-de-semana



Rogelio

En la misma pensión con el mismo hambre
En la misma habitación vivíamos
Rogelio y yo

Bajo el mismo techo con el mismo frío
Tiritando en el lecho dormíamos
Rogelio y yo

Con el mismo coche la misma mujer
Y la misma noche soñábamos
Rogelio y yo

En el mismo trabajo el mismo sudor
Y el mismo fracaso luchábamos
Rogelio y yo

Que no te acuerdas Rogelio de aquella cantina
Del viejo Anselmo y su acordeón
Cuantas las noches nuestro vino alegró
Cuantas las noches que tu música tocó

Cuantas las noches que al oír esa canción
Tú te reías y reía yo
Y nos despertaba el sol
Llenos de vino llenos de ilusión
Te reirás del dolor
De si hacia frió o hacia calor
Si había dinero o solo sudor

Con el mismo equipaje en el mismo tren
Que me marché he vuelto
A hacer el viaje

A tu nueva dirección con el mismo traje
Y la misma ilusión, he ido
He ido a buscarte

El guarda coches me ha entrado por la puerta
De servicio y me ha metido en un cuarto
Que este donde mirar

Y te he visto bien vestido en un salón lleno de espejos
Gente importante a tu lado y en tu cara el fastidio
Cuando te han avisado

Has salido, me has mirado te has acordado
De mi nombre, Aleluya, y luego
Luego, te has marchado

Me has dejado con un saludo una cita
En tu despacho y una tarjeta en la mano
Con tu nombre bien bordado

Pero no importa Rogelio esta noche iré a la cantina
Y al viejo Anselmo pediré tu canción
En la misma mesa beberé por los dos
Y entre mil copas me reiré del dolor

Y como otras noches al oír esa canción
Yo reiré, yo reiré
Me reiré de tu adiós
De mis zapatos de tu confusión
Del pantalón de tu frac
De tus espejos
Y de tu salón

Y cuando te vuelva a ver, te diré
Muy buenas tardes
¿Que tal esta usted? y como no
Te pediré un favor
Para que esa noche
Duermas un poco mejor.

Friday, January 14, 2011

Tem a palavra Francisco Lopes


Cinco afirmações do candidato dos trabalhadores:


1 - «A minha candidatura é a única que não tem responsabilidades ou quaisquer compromissos com as políticas que estão na base da actual situação e que protagoniza uma ruptura com a destruição da produção nacional, a exploração dos trabalhadores, a abdicação nacional, as injustiças sociais».

2 - «A verdadeira opção eleitoral é entre a minha candidatura, que denunciou e combateu um Orçamento do Estado destinado a impor mais sacrifícios, mais dificuldades e mais pobreza - e os outros candidatos que o patrocinaram, toleraram ou justificaram em nome dos interesses dos mercados, da acumulação dos lucros, das inevitabilidades ou de um alegado mal menor».

3 - «A verdadeira opção é entre os que, como nós, erguem os valores da solidariedade e da dignidade humana inseparáveis do direito ao emprego, de uma mais justa distribuição do rendimento, da valorização dos salários e pensões de reforma pelos quais lutamos - e os que, refugiados em discursos caritativos e encenada comiseração, exploram a pobreza que eles próprios promovem, instrumentalizando os sentimentos de solidariedade, iludindo as razões e responsabilidades pelo aumento sem fim do número de pobres».

4 - «Nesta candidatura e neste projecto não há lugar para o comprometimento com a política de direita, não mora a mínima promiscuidade com a especulação e os interesses do capital. Esta candidatura é expressão de um projecto e vontade colectivas, da coerência, da determinação, da identificação com os interesses dos trabalhadores e do povo».

5 - «O voto no dia 23 é uma oportunidade de mudança, uma opção entre dois caminhos e projectos distintos: aquele que a minha candidatura representa - a perspectiva de uma nova política capaz de livrar o País e os portugueses das dificuldades que a política de sucessivos governos têm imposto - ou a aceitação do rumo de injustiças e desigualdades que qualquer uma das outras candidaturas constitui».

A pergunta é:
algum dos outros candidatos está em condições de fazer sua qualquer destas afirmações de Francisco Lopes?


(post retirado daqui)

Wednesday, January 12, 2011

Entardeço-me em ti


Entardeço-me em ti

Frente ao mar onde te vejo onda
Na brisa leve que me beija o rosto
No teu corpo que me sabe a mosto
Na saliva que escorre em espuma
Entardeço-me em ti
Na verdade do amor que é o nosso
Todos os dias e sempre que posso
Nas madrugadas onde renasço
E morro devagarinho nos teus braços
Entardeço-me em ti.

Monday, January 10, 2011

Eu amo-te tanto...


Eu amo-te tanto
que nem sei se é
racional ou possível
amar assim
quase perdidamente
quase a dar a vida
quase a extinguir-me
se for preciso
Eu amo-te tanto
que o medo de te
perder me assalta
dia e noite em
sonhos que não quero
que não percebo
e que são quase reais
às vezes
Eu amo-te tanto
que acordo quando me
chamas e dizes
não teve importância
O que importa é este
amor que nos agarra
e aperta e machuca
e que não vai acabar nunca.

Friday, January 07, 2011

O voto em branco


Andam por aí a circular uns mails que apelam ao voto em branco, com o argumento de que se o voto em branco for maioritário as eleições terão que ser repetidas, com outros candidatos.

Não é verdade!!!
Transcrevo uma nota da Comissão Nacional de Eleições, para que conste e para desmentir todos esses mails - sabe-se lá com que intenção são postos a circular.

A Comissão Nacional de Eleições esclarece que os votos brancos e nulos “não têm influência no apuramento dos resultados das eleições presidenciais”.

Segundo a CNE, têm circulado de forma generalizada na Internet e através de correio electrónico apelos ao voto em branco numa mensagem em que se afirma que, se for obtida uma maioria de votos brancos, a eleição presidencial de 23 de Janeiro será anulada.

Estas mensagens originaram já vários pedidos de esclarecimento à comissão Nacional de Eleições, pelo que esta entidade esclarece que os votos brancos e nulos não contam para o apuramento de resultados.

Como se salienta na nota oficiosa da CNE, “será sempre eleito, à primeira ou segunda volta, o candidato que tiver mais de metade dos votos expressos, qualquer que seja o número de votos brancos ou nulos”.

Wednesday, January 05, 2011

*

Hoje é dia de todos os barcos se fazerem ao mar. Decretada maré cheia por vinte e quatro horas. De tantas lágrimas que recebe, o mar hoje não vaza. A mãe está vestida de preto e morre devagarinho. Hoje é dia de todos os barcos se fazerem ao mar. Pode ser que levem para longe a saudade...

Monday, January 03, 2011

Sabor a mel


Pudesse eu desfazer em pó todas as inquietações
que nos consomem e nos tiram este sorriso franco
soubesse eu navegar nas palavras nos poemas e canções
e aquietar-me à noite em cama vestida de branco
Pudesse eu afugentar os medos os silêncios e os gritos
que me mordem todos os dias e não me deixam respirar
soubesse eu dar todos os abraços ainda que aflitos
e acompanhar-te sempre no teu doce caminhar
Teria o sossego que tanto procuro e me escapa dos dedos
rente ao convés do barco onde te cubro, minha pele
falar-te-ia do mar do vento de nós e dos segredos
que guardo na saudade do teu abraço, sabor a mel.

Saturday, January 01, 2011

Música para o fim-de-semana



Não é só por ser fim-de-semana.
É por ser dia 1 de Janeiro, e esta voz é tão linda!!!