![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha6wvEFqz19mKwoTJ2n-hyJNMv_rm7N7v7kzvxFkrDOHq-vqy4zx0M0yiGTSKClJofl31VNH4UJ6trisD8NYtY_1-ye_ayasT9mvoZpU4KsfY1HZh4zsHfO_UD18NtURgq1fJ5CQ/s200/Ary.2.jpg)
Soneto do Trabalho
Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.
Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.
Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.
Levanta-se meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.