Friday, November 30, 2007

EM GREVE


... E porque não assinar a Petição "Em defesa das crianças"?
http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html

Thursday, November 29, 2007

Alves Redol - 38 anos depois...


António Alves Redol nasceu em 1911, em Vila Franca de Xira. Frequenta o Curso Comercial, que conclui em 1927 e no ano seguinte parte para Angola, onde fica durante três anos. A sua passagem por Angola não é muito feliz, mas traz-lhe experiências que dão uma outra visão do mundo e lhe servirão mais tarde na sua actividade literária.
É em 1936 que inicia a sua actividade literária, tornando-se colaborador do jornal O Diabo, para onde escreve crónicas e contos ribatejanos. Mas Redol viria a destacar-se principalmente como romancista e dramaturgo, sendo considerado um dos grandes expoentes do neo-realismo literário português. O grande exemplo disso é o seu primeiro romance Gaibéus (1939) que nas palavras do autor "não pretende ficar na literatura como obra de arte . Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso será o que os outros entenderem."

Esta preocupação em não se limitar à ficção e partir da experiência vivida e documentada será um traço fundamental da sua obra. Além de ir para a Ribeira do Tejo ouvir as histórias dos trabalhadores e das varinas e do Ciclo do Arroz, "viveu no Pinhão para ficar a conhecer o Douro e as suas gentes, descendo o rio com as tripulações dos barcos rabelos, esteve à beira de um naufrágio nos mares da Nazaré, ao sair para a faina com os pescadores para preparar "Uma Fenda na Muralha""(Ana Maria Pereirinha, 1996)

Como romancista Alves Redol destaca-se ainda pelas obras Marés (1941); Avieiros (1943; Fanga (1944); Reinegros (1945); Porto Manso (1946); Ciclo Port-Whine, composto de três romances escritos entre 1949 e 1953; A Barca dos Sete Lemes (1958); Uma Fenda na Muralha (1959) e Barranco de Cegos (1962), a sua obra-prima. Estas três últimas fazem parte de uma fase que começou com A Barca dos Sete Lemes e em que a intervenção política e social é posta em segundo plano, dando lugar a um centramento nas personagens e na sua evolução psicológica. Dá-se, portanto, na obra de Alves Redol, um desvio da corrente literária neo-realista.

Como dramaturgo destacam-se as peças de teatro Forja (1948) e O Destino Morreu de Repente (1967), objectos de censura nas tentativas que se fizeram de as levar à cena.

"A obra literária de Alves Redol poderá ficar para a história da literatura do século XX fundamentalmente como uma obra desigual, em termos de valor formal e artístico, mas é unanimemente considerada como uma obra de grande capacidade de rigor e observação da realidade social e de grande autenticidade e honestidade no seu empreendimento"(idem)

Alves Redol morreu, em Lisboa, em 29 de Novembro de 1969.
(Desenho de Álvaro Cunhal)
(Texto tirado da net)

Wednesday, November 28, 2007

Hoje, porque sim!


Ao meu Partido

Deste-me a fraternidade para com o que não conheço.
Acrescentaste à minha a força de todos os que vivem.
Deste-me outra vez a pátria como se nascesse de novo.
Deste-me a liberdade que o solitário não tem.
Ensinaste-me a acender a bondade, como um fogo.
Deste-me a rectidão de que a árvore necessita.
Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens.
Mostraste-me como a dor de um indivíduo morre com a vitória de todos.
Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.
Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético.
Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria.
Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo.

(Pablo Neruda)
Em tempo:
Petição "Em defesa das crianças"
http://www.petitiononline.com/criancas/petition.html
ou visitar o blog Vale a pena lutar!
http://combate.blogspot.com

Tuesday, November 27, 2007

Para descontrair.....


Porque recebi este mail hoje mesmo...
... e porque a net hoje não me deixa comentar...

Monday, November 26, 2007

Jardim da saudade


Tenho ainda em mim o teu cheiro
o cheiro do amor e sinto-te
como se estivesses aqui
Tenho-te aqui comigo, em pensamento,
e abraço-te e beijo-te e quero-te outra vez
da mesma maneira como nos quisemos
e nos amámos ontem ainda
Olho-te e sorris com esse sorriso maroto
de menino
Nos teus olhos há estrelas que cintilam
e eu já não sei o que faço ou
o que penso, porque tu, com esse teu jeito,
levas-me pela mão para o jardim da saudade...

Sunday, November 25, 2007

Contra a violência de género

Calçada de Carriche

Luísa sobe,
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu a sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada,
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce o passeio,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.

(António Gedeão)

Saturday, November 24, 2007

Desafios e prémios...

Uma mulher que faz pensar...


Prémio atribuído pela Alice - http://alice-detalhes.blogspot.com

Agora devo atribuí-lo a 10 pessoas, e isso não é fácil. Porque há muito mais que 10 que me fazem pensar…
Por isso deixo aqui 7 (dizem que é um número mágico…)

Anag. – http://andando-e-pensando.blogspot.com
Claudia – http://para-sempre-.blogspot.com
Letícia – http://sometom.blogspot.com
Luna – http://multiolhares-poesiadaspiramides.blogspot.com
Pitanga – http://pitangadoce.blogspot.com
Sininho – http://ecosdafalesia.blogspot.com
Som do Silêncio – http://historiamentiraverdade.blogspot.com

Obrigada, Alice, fiquei sensibilizada… Beijo para ti.

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DESAFIO........

Fui desafiada pela João JR, do Desafios - http://minhaspreferidas.blogspot.com/, a escolher um livro ao acaso, uma página ao acaso e um parágrafo ao acaso.
E porque estamos em época de desafios e prémios que enaltecem a amizade, escolhi a seguinte frase, de um livro que me acompanha muito:
“Quando um amigo precisa de nós não podemos adiar para o dia seguinte” (George Herbert)
Devo desafiar três bloguistas, e aqui vão:
Alice - http://alice-detalhes.blogspot.com
José Gonçalves - http://porentremontesevales.blogspot.com
Sophiamar – http://sophiamar.blogspot.com

Muito obrigada, João. Um beijo enorme para ti e para a R.

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Obrigada, Elvira Carvalho – http://6feira.blogspot.com/





Muito obrigada, José Gonçalves - http://porentremontesevales.blogspot.com/
Elvira Carvalho - http://6feira.blogspot.com/


Passo estes prémios a todos que me visitam. Muito obrigada!

Friday, November 23, 2007

O que faz um comentário, Samuel...


Sei que me esperas

Sei que me esperas lutas e confias
na minha voz subterrânea de combate
na força dos meus gritos de rebate
na coragem das minhas agonias

Sei que esperas nas ruas ou vielas
nas aldeias no mar ou nas cidades
em todos os lugares em que haja celas
olhos petrificados de ansiedades

Anda comigo, vou falar da esperança
da vida que ainda agora principia
Perde essa amarga e vã desconfiança
toma a minha mão de amigo e confia

Anda comigo, eu canto as tuas dores
sou mais poeta sendo teu irmão
Nesta densa floresta sem flores
o sangue e a alma são o mesmo pão

Quando as verdades forem as que amamos
no silêncio do nosso pensamento
E a força que nos guia o movimento
ganhar a paz que tanto desejamos

Quando rufarem todos os tambores
anunciando a grande cavalgada
e os heróis coroados de flores
cantarem a vitória desejada

Vamos colher o trigo semeado
cantar a vida pelos campos fora
a pouco e pouco vai nascer a aurora
e é muito urgente estarmos lado a lado.

(João Apolinário)

Thursday, November 22, 2007

Não vou


Não vou chorar mais por nós
nem por ti nem por mim
porque não quero ficar
fragilizada
angustiada
Quero voltar a ser Eu
forte
vertical
inteira
A mulher
que enfrenta a vida
como se esta fosse um toiro

Wednesday, November 21, 2007

E não é que me atribuíram o prémio...


O blog Traços e Letras, http:// tracoseletras.blogspot.com, premiou-me com o prémio DIZ QUE ATÉ NÃO É UM MAU BLOG?! E se AJO diz que não é mau este meu blog, resta-me agradecer este prémio e manifestar desde já a minha satisfação...
As regras para a atribuição do prémio são as seguintes:

1.º Indicar de onde veio a atribuição.
2.º Atribuir o prémio a 7 blogs que considere que até não são maus blogs. A atribuição é feita a blogs que ainda não foram distinguidos com tal prémio.
3.º Referir a tag do prémio no teu blog, de preferência com o link do blog a que te referes.
E os prémios, por ordem alfabética, vão para:

1. Casa de Maio
2. Instantes da vida
3. Momentus...*
4. Pequenos Nadas
5. Por entre montes e vales
6. Sexta feira
7. Sophiamar
8. "Cantigueiro"
9. Sete vidas como os gatos

Existem muitos outros que eu gostaria de nomear. Nomeei nove. E os dois últimos foram nomeados porque me tenho divertido tanto com os conteúdos dos mesmos, que abordam coisas sérias de um modo, digamos, diferente... que não poderia deixar de os nomear...
Muito obrigada!

Tuesday, November 20, 2007

Queria...


Queria voar contigo para o "nunca" ou para o "sempre"
porque tudo isto me confunde
Tu pertences aqui ou aí, mas junto de mim,
porque a razão e a verdade
estão
onde está o amor...

Agradecendo, outra vez...


A minha querida Amiga Alice Matos, do blogue Pensamentos, http://alice-pensamentos.blogspot.com/, presenteou-me com o prémio blog solidário.
À semelhança do que venho a fazer, e porque em tempos já nomeei blogs solidários, ofereço este prémio a todos que passarem por aqui.... porque sei que são, de certeza, solidários...
Obrigada a todos.
Obrigada, Alice. Um beijo para ti.

Sunday, November 18, 2007

Volto


Vou embora mas depois eu volto
para te abraçar e te beijar
porque ainda aqui estou
e já tenho saudades
Eu volto para ti de onde nunca saio
para te ver correr novamente
na praia e para mim
Eu volto para o amor porque sem ti
a minha vida já não me faz sentido...

Saturday, November 17, 2007

Tenho...




Tenho acumulada em mim toda a ternura madurada neste tempo nosso de uma vida
e sei exactamente que esta ternura e este amor
que tenho e quase explode é
e será para sempre e só
para ti meu amor......

Friday, November 16, 2007

Parabéns!!!

Sophia, outra vez...


Os troncos das árvores doem-me como se fossem os meus ombros
Doem-me as ondas do mar como gargantas de cristal
Dói-me o luar como um pano branco que se rasga.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)
(irresistivelmente "desviado" da Gi do Pequenos Nadas)

Thursday, November 15, 2007

a luz do olhar


Na condição de ter uma luz sua
e de salgar a fonte do voar
nem o sol lhe despe a maresia
nem o mar lhe rouba o brilho
do olhar

(Vasco Pontes, dovoar)

É hoje, às 19.00 horas, a apresentação do livro "dovoar",
na Casa Fernando Pessoa, Rua Coelho da Rocha, 16

Wednesday, November 14, 2007

É agora


É agora que eu me navego em ti
É agora que te amo e me enlaças
É agora que somos um no suor dos corpos
É agora que te perdes e eu me encontro
É agora que nos bebemos com loucura
É agora que eu morro, em ti

Tuesday, November 13, 2007

***---***


Centenas de vezes leio os beijos que me deste
e que estão gravados a sangue e fogo no meu peito.

Monday, November 12, 2007

O legado


Chegou o tempo de deixar na pedra
alguns sinais de ti, mas não te iludas
nem as marcas fundas das palavras
nem o sangue das mãos no sulco
do cinzel podem dizer como eras o galope
dos cavalos, como as aves te voavam
junto a si, como as mãos que tinhas
abraçavam tanto mundo

(Vasco Pontes, dovoar)

Sunday, November 11, 2007

Agradecendo...


Ontem à tarde fui ao lançamento do livro do Luís Milheiro, http://casariodoginjal.blogspot.com, intitulado Cacilhas - a gastronomia, a pesca e as tradições locais.
Do livro já o Luís falou no blogue dele, e certamente irá novamente falar.
Eu quero apenas dizer, aqui, que fiquei muito sensibilizada com uma oferta muito especial que o Luís me fez, sobre a resistência antifascista em Almada. Dizer-te, Luís, que ao mesmo tempo que tomava conhecimento que uma amiga virtual me traiu (é esta a palavra) durante meio ano, fazendo-se desdobrar noutra pessoa e noutro blogue, eu recebo de ti a melhor prenda que me podem dar para além da amizade: um livro.
Obrigada, Luís.

Saturday, November 10, 2007

"sinais de poesia"


O poeta Vasco Pontes, http://dovoar.blogspot.com, vai apresentar no próximo dia 15 de Novembro, pelas 19 horas, na Casa Fernando Pessoa (Rua Coelho da Rocha, 16) o seu livro de poemas "dovoar".
Não querem aparecer por lá?
Garanto que não se arrependem....

Friday, November 09, 2007

Traz a metade de mim


Traz a metade de mim que resiste com a metade tua e vem,
é aqui que pertences é aqui que está tudo o que resta de ti e de mim
e do amor nosso calmo violento sereno agitado bonito e sofrido

Thursday, November 08, 2007

Sei


Sei do amor tudo o que se sabe
de uma vida já vivida
Sei da ternura tudo o que se sente
à flor da pele
Sei de ti tudo o que te sei e
o que eu sonho e adivinho
Só não sabia é que agora, e só agora,
eu teria um outro amor
uma outra ternura
uma outra vida
para viver e partilhar contigo...

Wednesday, November 07, 2007

Porque Brecht é preciso...

AOS QUE VIRÃO DEPOIS DE NÓS

Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,
uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não
recebeu a terrível notícia.

Que tempos são esses, quando
falar sobre flores é quase um crime.
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?
Aquele que cruza tranquilamente a rua
já está então inacessível aos amigos
que se encontram necessitados?

É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.
Mas acreditem: é por acaso. Nado do que eu faço
me dá o direito de comer quando eu tenho fome.
Por acaso estou sendo poupado.
(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)

Dizem-me: come e bebe!
Fica feliz por teres o que tens!
Mas como é que posso comer e beber,
se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?
se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede?
Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.

Eu queria ser um sábio.

Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:
Manter-se afastado dos problemas do mundo
e sem medo passar o tempo que se tem para viver na terra;
seguir seu caminho sem violência,
pagar o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.
Sabedoria é isso!
Mas eu não consigo agir assim.
É verdade, eu vivo em tempos sombrios!

Eu vim para a cidade no tempo da desordem,
quando a fome reinava.
Eu vim para o convívio dos homens no tempo da revolta
e me revoltei ao lado deles.
Assim se passou o tempo que me foi dado viver sobre a terra.
Eu comi o meu pão no meio das batalhas,
deitei-me entre os assassinos para dormir,
fiz amor sem muita atenção
e não tive paciência com a natureza.
Assim se passou o tempo que me foi dado viver sobre a terra.

Vocês, que vão emergir das ondas em que nós perecemos, pensem,
quando falarem das nossas fraquezas,
nos tempos sombrios de que vocês tiveram a sorte de escapar.

Nós existíamos através da luta de classes,
mudando mais seguidamente de países que de sapatos, desesperados!
quando só havia injustiça e não havia revolta.

Nós sabemos:
o ódio contra a baixeza também endurece os rostos!
A cólera contra a injustiça faz a voz ficar rouca!
Infelizmente, nós,
que queríamos preparar o caminho para a amizade,
não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.
Mas vocês, quando chegar o tempo
em que o homem seja amigo do homem,
pensem em nós
com um pouco de compreensão.

(Bertolt Brecht)

Monday, November 05, 2007

Amor-menino...


Tenho saudades de ti do teu corpo do teu cheiro
tenho saudades de te ver seja onde for
porque este amor que eu não explico salta-me
do peito com a força de quem consegue vencer
a vida e brinca aos meus pés como se fosse dantes
É tão bonito este amor que estava escondido
e que voltou ao de cima como se estivesse
mergulhado fechado nos nossos corações
É tão suave este nosso amor-menino...

Saturday, November 03, 2007

Em tempo de solidariedade...

"A maioria PS/BE que governa a Câmara Municipal de Lisboa vai despedir mais de 120 trabalhadores que se encontravam em situação precária.

Contrariamente àquilo que o Dr. António Costa e o Vereador das Finanças/Recursos Humanos afirmaram, os 120 trabalhadores que receberam cartas de rescisão de contrato têm horário de trabalho, subordinação hierárquica e demais premissas que qualquer outro trabalhador do município. Isto é, têm uma relação de trabalho permanente.

Disse o Vereador dos Recursos Humanos, quando foi aprovado o plano de saneamento, que os critérios para eventuais rescisões teriam em conta, entre outros aspectos, os trabalhadores com contratos de avença há menos de 3 anos e com base numa informação das chefias sobre necessidades de pessoal dos respectivos serviços.

A VERDADE, é que todos os 120 trabalhadores têm três ou mais anos de contratos de avença, alguns até têm mais de 10 anos. Aliás, quando esse plano foi aprovado, alguns desses trabalhadores já tinham recebido cartas de rescisão.
A VERDADE, é que ninguém conhece as informações elaboradas pelas chefias quanto às tais necessidades.
A VERDADE, é que o Vereador dos Recursos Humanos afirmou na última reunião de Câmara que até final de Novembro será feita uma avaliação dos contratos precários. Só que, entretanto, mais de 120 mulheres e homens receberam as cartas de despedimento. Afinal como é? Quais são afinal os critérios globais que presidem às medidas?

O Vereador do Bloco de Esquerda, Sá Fernandes, veio dizer que aprovou o plano de saneamento porque tinha acordado com o PS medidas de resolução para a situação dos contratos com vínculo precário. A resolução aí está – despedimentos!

Lágrimas de crocodilo os trabalhadores da CML rejeitam. Assim como rejeitam falsas ingenuidades. O Vereador Sá Fernandes e o Dr. António Costa sabem o que fazem!

2 de Novembro de 2007"

Friday, November 02, 2007

O amor vê-se?


Ainda foi ontem
E já parece tanto tempo passado
Que eu senti o que
Nunca tinha sentido antes
Desta maneira
Total, plena, quase sufocante
Ainda foi ontem
E já é tão bonito este amor
Que partilhamos
Assim, um amor só nosso
Que ninguém vê
Mas que é um amor
Maduro, consciente, forte
Que respiramos no dia a dia
E nos ajuda a suportar a distância
Ainda foi ontem
E já foi há tanto tempo...

Thursday, November 01, 2007

PÁGINA 161


O José Gonçalves (Por entre montes e vales) lançou-me o seguinte desafio:

1) Pegar num livro que tenha à mão (não vale procurar)
2) Abri-lo na página 161
3) Procurar a 5ª frase completa.
4) Postá-la no blogue
5) Passar o desafio a 5 bloggers
6) É proibido ir buscar o melhor livro e postar a frase que acharmos mais interessante
7) Divulgar o nome e o autor do Livro.

Então aqui está:

Título: Canário
Autor: Rodrigo Guedes de Carvalho
A 5ª frase completa:
"E ele, padre, já sabe que eu estou aqui porque matei um homem?"

Agora vem a parte mais difícil. Passar o desafio a quem?
Como tenho vindo a fazer ultimamente com outros prémios, convido quem por aqui passar a levar este “trabalho de casa” e a colocá-lo nos respectivos blogues…

Muito obrigada, José Gonçalves.
Obrigada a todos que aceitarem o desafio…