Friday, January 23, 2009

Porquinho-da-Índia

Quando eu tinha seis anos
ganhei um porquinho-da-Índia.
Que dor de coração eu tinha
porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra a sala
pra os lugares mais bonitos e mais limpinhos
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-Índia foi a minha primeira namorada.


Manuel Bandeira


(poema retirado do Cravo de Abril)

32 comments:

Justine said...

Que ternura, grande Manuel Bandeira!

Anonymous said...

Não era da Índia nem era porquinho mas sim uma linda gatinha que por volta dessa idade lá por casa também apareceu e que durou quase um mês até poder por-lhe a mão em cima. Até aí só arranhões, tal a forma como se conseguia refugiar por debaixo de um aparador. Depois tornou-se macia como um porco da Índia.

Abreijos

João Paulo Proença said...

Olá Maria:

Afinal não é só no meu logue que se encontram posts surpreendentes...

Este teu...

Ah, o primeiro amor

beijo

João

samuel said...

Muito bonito!
Sobretudo, muito melhor do que começar com um ouriço-cacheiro...

Abreijos

Ana said...

Primeira namorada, foi?
Ele há gostos para tudo.
Que mais irei eu descobrir, senhores?
Tadinho do bicho.

Beijinho

Unknown said...

Como eu gosto deste poeta! E deste poema, que eu também já postei. O mundo precisa, de facto, de porquinhos da Índia.Isto é, de ternura. Obrigado. Beijo.
Eduardo

BlueVelvet said...

Bem inesperado este post, mas uma ternura.
Acho um amor os porquinhos da Índia:)
beijinhos

Ana said...

A ternura de um primeiro amor. Aquele que nunca se esquece.

Um beijo , Maria.

Era uma vez um Girassol said...

Um doce, este poema!
Obrigada, Maria, pelas tuas palavras de consolo...
Sim, brevemente o pequenino luxemburguês virá ver a vóvó...
Beijoka da flor

Aprendiz de Poeta said...
This comment has been removed by the author.
Teresa Durães said...

eu tive um coelho que também preferia ir para baixo da mesa, ou atrás do frigorífico para roer o fio de electricidade. não foi a primeira paixão mas uma delas

Fernando Samuel said...

Pela mesma altura, Manuel Bandeira, escreveu este


Madrigal Tão Engraçadinho

Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje
na minha vida, inclusive
o porquinho-da-Índia
que me deram quando eu tinha seis anos.



Um beijo grande.

Ana said...

De volta pro teu aconchego... sou portadora de outro selinho dos tais.
Dos que ficam muito melhor colados em ti do que em mim...
Amanha-te.

Beijinho

Maçã com Canela said...

O meu pai já fez criação de porquinhos da india.. tivemos .. sei lá... talvez uns 10 lol são amorosos... mas depois o meu pai acabou por dá-los :)

Um beijo Maria!!!!
O mar parece estar Grande hoje!!!

BlueShell said...

Deixei no meu "BlueShell", um selo (BLOG DE OURO) com muito carinho e dedicação. Gostaria que o fosses lá buscar por aquilo que ele representa.
Com um beijo em AZUL-MAR-CÉU

BShell

pin gente said...

ternurento... gosto de bichos!
beijo

Filoxera said...

;-)))
Beijos.

Rosa dos Ventos said...

Conhecia o poema, mas é sempre bom reler ternurinhas destas como diz a Justine!

Abraço

Agulheta said...

Maria! Lindo e quantas pessoas por este mundo foram precisam de um porquinho da índia? e são tantos amiga,adoro Manuel bandeira.
Beijinho e bfs

Arábica said...

Eu tive os gatos do quintal da minha tia :)


ternurento o poema de Manuel Bandeira.


Beijinhos

DE-PROPOSITO said...

Uma recordação de infância. Algumas, são ternurentas.
Fica bem.
e a felicidade por aí.
Manuel

Anonymous said...

Há sempre um primeiro amor, e porque não um porquiho da india?

Poema de ternura e de encanto aos olhos de uma criança ou de um adulto que ainda se lembre o que é isso...

se me lembro...

beijos Maria muitos

Cristina Caetano said...

Que lindinho. Ler isso a essa hora faz um bem danado. ;) Obrigada.

Beijinhos

Anonymous said...

Vim aqui deixar-te mais um beijo.
Tu sabes porquê.
Gosto muito de Ti.
N...

Violeta said...

os poquinhos d aìndia fazem parte da minha infãncia..
gsotei do poema.

mfc said...

Não entendemos os bichos do mesmo modo que não entendemos os que nos estão próximos!

mdsol said...

Um enorme mimo! Ternura ternura ternura!
:)))

Fernando Pinto said...

Eu nunca tive um porquinho...

Beijinhos

escarlate.due said...

para 1ª namorada não está mal :)
beijinhosss

Maria said...

Obrigada por terem passado aqui.
Bom fim-de-semana a todos.

mariam [Maria Martins] said...

Maria,

que bom trazeres «Manuel Bandeira»..também tive um porquinho-da-índia! agora vejo que é capaz de também ter sido o meu 1º namorado! rsrs

parabéns p'los mimos (infra) e gosto muito de ouvi-los (supra)

bom Domingo
um abraço e o meu sorriso :)
mariam

Unknown said...

Quando eu tinha seis anos
ganhei um porquinho-da-Índia.
Que dor de coração eu tinha
porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra a sala
pra os lugares mais bonitos e mais limpinhos
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-Índia foi a minha primeira namorada.


Manuel Bandeira

1)"Não fazia caso nenhum de minhas ternurinhas..."

a)Por que o porquinho-da-índia agia dessa forma?
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b)Como o menino entendia atitude do porquinho?
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2)"O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada". O que o autor quis dizer com essa afirmação?
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3)O porquinho-da-índia era um animal de estimação para o menino. Você tem algum animal de estimação? Qual?
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