Saturday, February 28, 2009
Friday, February 27, 2009
Joelho
Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas
Maria Teresa Horta
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas
Maria Teresa Horta
Um "presente" da VeKiki, à minha escolha
"Hoje sei como se mede a verdadeira idade: vamos ficando velhos quando não fazemos novos amigos. Estamos morrendo a partir do momento em que não mais nos apaixonamos.", in Mar me Quer, Mia Couto.
Obrigada, Vekiki.
Obrigada, Vekiki.
Thursday, February 26, 2009
Portas
Perdi a conta às vezes que fiquei, por não querer partir.
Não sei quantas vezes me encontrei, de tantas me perder.
Volto sempre num final de tarde, mas na minha maré cheia.
As portas, essas fecho-as sempre que for preciso. Para as abrir num outro sítio qualquer...
Não sei se permaneço. O silêncio um dia me dirá se...
Wednesday, February 25, 2009
Tuesday, February 24, 2009
Um jardim para ti
Tenho um jardim de flores para ti. De todas as flores e de todas as cores, onde se costumam passear três pássaros. Dois deles pequeninos, debicando aqui e acolá as pequenas sementes que lhes vou deixando cair. O pássaro maior esvoaça no jardim, como se cuidasse dos mais pequenos. Nesse jardim há um lago. Às vezes atravesso a ponte que liga o jardim à ilha que existe no meio do lago. Um dia deixei cair, inadvertidamente, uma semente no meio da ilha. Vieram as chuvas de inverno que fertilizaram a terra, e um tempo depois reparei que havia uma linda árvore, muito verde, que crescia no meio do lago. Na ilha. Essa árvore és tu. É em ti que se abrigam os pássaros quando se cansam de brincar no meio das flores de todas as cores. Tenho um jardim de aromas para ti.
Monday, February 23, 2009
Para ti, Zeca!
Balada do Outono
Águas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Águas
Do rio correndo
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
CARTA AO ZECA
José Mário Branco
Vieste de menino de oiro pela mão
Acordar a madrugada
E fez mais às vezes uma só canção
Do que muita panfletada
Grandes janelas soubeste abrir
Por onde o ar correu sem te pedir
Que não se cansem de nascer
As fontes onde vais beber
Nunca mais te hás-de calar
Ó Zeca, para nós
Canta sempre sem parar
Que é seiva e flor
A tua voz
Vestiste a capa de caloiro coimbrão
Para ultrapassar o fado
E, em cada Natal, teu fruto temporão
Nunca foi ultrapassado
Na distracção jogas à defesa
Com o humor disfarças a tristeza
Cantas a esp’rança e o amor
Que o povo te ensinou de cor
Nunca mais te hás-de calar
Ó Zeca, para nós
Canta sempre sem parar
Que é seiva e flor
A tua voz
Nem tudo o que reluz é oiro, pois então
E bem gostaria o facho
De te ver calado e manso pela mão
Com medalhas no penacho
Co’a tua ronha felina e sã
Vais-lhe atirando as flechas de amanhã
O olho pisco a acender
E a garganta a acontecer
Nunca mais te hás-de calar
Ó Zeca, para nós
Canta sempre sem parar
Que é seiva e flor
A tua voz
(...que voaste há 22 anos, e tanta falta nos fazes...)
Sunday, February 22, 2009
Caminante no hay camino
Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.
Nunca persequí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.
Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...
Nunca perseguí la gloria.
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar...
Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso...
Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."
Golpe a golpe, verso a verso.
(Antonio Machado)
(26 Julho 1875 – 22 Fevereiro 1939)
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poesia
Saturday, February 21, 2009
Monday, February 16, 2009
Tempo de reler Ary dos Santos!
O Objecto
Há que dizer-se das coisas
o somenos que elas são.
Se for um copo é um copo
se for um cão é um cão.
Mas quando o copo se parte
e quando o cão faz ão ão?
Então o copo é um caco
e um cão não passa dum cão.
Quatro cacos são um copo
quatro latidos um cão.
Mas se forem de vidraça
e logo foram janela?
Mas se forem de pirraça
e logo forem cadela?
E se o copo for rachado?
E se o cão não tiver dono?
Não é um copo é um gato
não é um cão é um chato
que nos interrompe o sono.
E se o chato não for chato
e apenas cão sem coleira?
E se o copo for de sopa?
Não é um copo é um prato
não é um cão é literato
que anda sem eira nem beira
e não ganha para a roupa.
E se o prato for de merda
e o literato de esquerda?
Parte-se o prato que é caco
mata-se o vate que é cão
e escreveremos então
parte prato sape gato
vai-te vate foge cão
Assim se chamam as coisas
pelos nomes que elas são.
José Carlos Ary dos Santos
(eu vou ali. depois eu volto)
Há que dizer-se das coisas
o somenos que elas são.
Se for um copo é um copo
se for um cão é um cão.
Mas quando o copo se parte
e quando o cão faz ão ão?
Então o copo é um caco
e um cão não passa dum cão.
Quatro cacos são um copo
quatro latidos um cão.
Mas se forem de vidraça
e logo foram janela?
Mas se forem de pirraça
e logo forem cadela?
E se o copo for rachado?
E se o cão não tiver dono?
Não é um copo é um gato
não é um cão é um chato
que nos interrompe o sono.
E se o chato não for chato
e apenas cão sem coleira?
E se o copo for de sopa?
Não é um copo é um prato
não é um cão é literato
que anda sem eira nem beira
e não ganha para a roupa.
E se o prato for de merda
e o literato de esquerda?
Parte-se o prato que é caco
mata-se o vate que é cão
e escreveremos então
parte prato sape gato
vai-te vate foge cão
Assim se chamam as coisas
pelos nomes que elas são.
José Carlos Ary dos Santos
(eu vou ali. depois eu volto)
Sunday, February 15, 2009
...................
Na noite cruzo-me contigo e entregamo-nos em olhares
cúmplices, sedentos de mãos e de corpos.
Ferve-nos o sangue da saudade e da distância.
As palavras que não te oiço adivinho-as no bater
do teu coração apressado, forte, intenso, quente.
Encosto-me a ti. Estremeces. Perdemo-nos no beijo e esquecemos tudo.
...................
O sol encontrou-nos deitados na areia...
Saturday, February 14, 2009
Friday, February 13, 2009
Thursday, February 12, 2009
Se pensarmos que Brecht nasceu há 111 anos...
Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis
O Analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe,
da farinha, da renda de casa, dos sapatos, dos remédios,
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e
enche o peito de ar dizendo que odeia a política.
Não sabe, o idiota,
que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos
que é o político vigarista, aldrabão,
o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
Bertold Brecht
(10.2.1898 – 14.8.1956)
Wednesday, February 11, 2009
Porque me apetece Joaquim Pessoa
BASTAVA
Bastava-nos amar. E não bastava
o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?
O vento como um barco: a navegar
pelo mar. Por um rio ou por uma veia.
Bastava-nos ficar. E não bastava
o mar a querer doer em cada ideia.
Já não bastava olhar. Urgente: amar.
E ficar. E fazermos uma teia.
Respirar. Respirar até que o mar
pudesse ser amor em maré cheia.
E bastava. Bastava respirar
a tua pele molhada de sereia.
Bastava sim, encher o peito de ar.
Fazer amor contigo sobre a areia.
Joaquim Pessoa
Bastava-nos amar. E não bastava
o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?
O vento como um barco: a navegar
pelo mar. Por um rio ou por uma veia.
Bastava-nos ficar. E não bastava
o mar a querer doer em cada ideia.
Já não bastava olhar. Urgente: amar.
E ficar. E fazermos uma teia.
Respirar. Respirar até que o mar
pudesse ser amor em maré cheia.
E bastava. Bastava respirar
a tua pele molhada de sereia.
Bastava sim, encher o peito de ar.
Fazer amor contigo sobre a areia.
Joaquim Pessoa
Tuesday, February 10, 2009
**
Monday, February 09, 2009
As tuas palavras
Se eu soubesse escrever como tu
e os trilhos me levassem a ti
rasgaria a minha alma, e a nu
deixaria meus olhos por aqui
No silêncio da noite me retiro
e no vai e vem de todas as marés
és tu, sempre tu, que eu respiro
no mar que me vem beijar os pés
Se as tuas palavras me ouvissem
e não me atirassem para a morte
talvez o choro fogo me impedisse
a viagem que faço para norte
Sunday, February 08, 2009
Um prémio muito especial...
A Ni* é uma Amiga virtual que leio desde o início das minhas andanças por aqui.
Distinguiu este blog com o prémio acima, e fiquei aflita, porque acho que não mereço tanto...
Como não tenho outras palavras para aqui deixar, fui buscar um poema dela, que transcrevo:
PARA ESCREVER UM POEMA
Ni*
Para escrever um poema...
É preciso despir as asas...
Ser mulher... apenas.
Em plena nudez.
Sem vergonha.
Sem timidez!
Seguir o trilho no bosque,
sem guia, sem medo, guardiã do segredo.
Ainda que momentaneamente frágil,
pássaro em voo calado... adiado.
Ser barco sem receio da ousada viagem!
É preciso aceitar que o tempo, afinal, não existe...
E que «momento» é um lugar,
onde me poderei encontrar.
Para escrever um poema...
É preciso olhar e ver...
com a limpidez do brilho da chuva...
É preciso assumir e SER!
E mergulhar, mesmo sem saber nadar...
no lago das memórias...
Onde a lua deposita futuras histórias.
Ainda que me me chamem sonhadora...
Ainda que pensem que dos meus dedos se solta inútil ternura...
Que se esvai... não perdura.
Para escrever um poema...
Basta desnudar o coração...
e colar em cada palavra um pedaço de essência, de emoção...
Verdade, grito, alegria, dor e perdão.
É preciso deixar ir na maré a esperança,
um nome amado...
Até a Fé....
E esperar...
Que o mar de mim esvaído,
retorne como a madrugada...
E sentir-me de novo alada.
Nesse mágico instante, o poema surge...
como um suspiro,
murmúrio de dedos entrelaçados...
Sentires enlaçados,
mordidos lábios que sabem que o tempo urge!
...
E sorrir para o poema nascente...
Ainda que saiba ...
que ele é apenas um ínfimo olhar...
E que como tu(do)... irá passar.
Nina
(http://momentusmomentus.blogspot.com/)
A vida é feita de afectos. Também aqui. Desde sempre que me emociono com o que a Ni* escreve. Ela sabe. É uma partilha de palavras e sentires, logo, de afectos. Visitamo-nos às vezes em silêncio, outras deixamos umas palavras, outras apenas nos damos a mão ou um abraço, ainda que de vento...
Espero continuar a merecer as tuas visitas, Ni*.
Um sincero Muito Obrigada pelo prémio que atribuiste a O Cheiro da Ilha.
Abraço-te
A Minha Solidão
(Durante dias andei a ruminar estes versos)
A minha solidão
não é uma invenção
para enfeitar noites estreladas...
...Mas este querer arrancar a própria sombra do chão
e ir com ela pelas ruas de mãos dadas.
...Mas este sufocar entre coisas mortas
e pedras de frio
onde nem sequer há portas
para o Calafrio.
...Mas este rir-me de repente
no poço das noites amarelas...
- única chama consciente
com boca nas estrelas.
...Mas este eterno Só-Um
(mesmo quando me queima a pele o teu suor)
- sem carne em comum
com o mundo em redor.
...Mas este haver entre mim e a vida
sempre uma sombra que me impede
de gozar na boca ressequida
o sabor da própria sede.
...Mas este sonho indeciso
de querer salvar o mundo
- e descobrir afinal que não piso
o mesmo chão do pobre e do vagabundo.
...Mas este saber que tudo me repele
no vento vestido de areia...
E até, quando a toco, a própria pele
me parece alheia.
Não. A minha solidão
não é uma invenção
para enfeitar o céu estrelado...
...mas este deitar-me de súbito a chorar no chão
e agarrar a terra para sentir um Corpo Vivo a meu lado.
José Gomes Ferreira
(9.Junho.1900 - 8.Fevereiro.1985)
A minha solidão
não é uma invenção
para enfeitar noites estreladas...
...Mas este querer arrancar a própria sombra do chão
e ir com ela pelas ruas de mãos dadas.
...Mas este sufocar entre coisas mortas
e pedras de frio
onde nem sequer há portas
para o Calafrio.
...Mas este rir-me de repente
no poço das noites amarelas...
- única chama consciente
com boca nas estrelas.
...Mas este eterno Só-Um
(mesmo quando me queima a pele o teu suor)
- sem carne em comum
com o mundo em redor.
...Mas este haver entre mim e a vida
sempre uma sombra que me impede
de gozar na boca ressequida
o sabor da própria sede.
...Mas este sonho indeciso
de querer salvar o mundo
- e descobrir afinal que não piso
o mesmo chão do pobre e do vagabundo.
...Mas este saber que tudo me repele
no vento vestido de areia...
E até, quando a toco, a própria pele
me parece alheia.
Não. A minha solidão
não é uma invenção
para enfeitar o céu estrelado...
...mas este deitar-me de súbito a chorar no chão
e agarrar a terra para sentir um Corpo Vivo a meu lado.
José Gomes Ferreira
(9.Junho.1900 - 8.Fevereiro.1985)
Saturday, February 07, 2009
Agradecendo prémios...
A Bluevelvet achou que eu era merecedora dos seguintes prémios:
E este que trouxe do Samuel
E ainda este que, para além da Bluevelvet, me foi oferecido hoje pela Pin gente
Ofereço o selo "blog do coração" e "blogueiro fiel" a todos os blogueiros / bloguistas que costumam comentar-me e que tenho no coração.
Agradeço à Bluevelvet e à Pin gente a atribuição destes prémios.
Dois beijos para vocês, meninas!
E este que trouxe do Samuel
E ainda este que, para além da Bluevelvet, me foi oferecido hoje pela Pin gente
Ofereço o selo "blog do coração" e "blogueiro fiel" a todos os blogueiros / bloguistas que costumam comentar-me e que tenho no coração.
Agradeço à Bluevelvet e à Pin gente a atribuição destes prémios.
Dois beijos para vocês, meninas!
Friday, February 06, 2009
Amar-te em silêncio
Breve é o sonho
Em que me fundo à tua alma
E assim ficamos unos,
No espaço infinito da razão
Que nos cobre de estrelas cadentes
E risos inocentes, cálidos,
Como a voz do poema.
Breves instantes de ilusão
Em que o acordar é claro e límpido
Sem teu corpo perto,
Sem teu cheiro
(que mesmo assim
se m'entranha na pele
e m'esgota a consciência).
Amar-te é causa e efeito,
Propósito sem intenção,
Meu rumo e destino...
O silêncio mata-me
E grita no peito que arde,
Nas veias que pulsam
Levando a vida ao coração.
Não peças palavras...
Lê-me o olhar!
Vera Sousa Silva
Lançamento dia 7 de Fevereiro, às 15.30, no
Auditório da Câmara Municipal da Amadora
Thursday, February 05, 2009
Sabor a mar
Quero conhecer essa tua janela
abri-la, escancará-la de par em par
para que tu, ao abeirares-te dela
possas sorrir, talvez até cantar
Porque de janelas fechadas não gosto
e porque o sol e a lua devem entrar
deixarei que saboreies este mosto
que daqui a pouco começa a fermentar
Na janela de onde não vês o rio
deixarei o cheiro e o sabor a mar
sei que amanhã pode fazer frio
mas tens o meu braço pra te agasalhar
Wednesday, February 04, 2009
Havemos de voltar
Às casas, às nossas lavras
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar.
Às nossas terras
vermelhas do café
brancas de algodão
verdes dos milharais
havemos de voltar.
Às nossas minas de diamantes
ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar.
Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar.
À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar.
À marimba e ao quissange
ao nosso carnaval
havemos de voltar.
À bela pátria angolana
nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar.
Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente.
Agostinho Neto
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar.
Às nossas terras
vermelhas do café
brancas de algodão
verdes dos milharais
havemos de voltar.
Às nossas minas de diamantes
ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar.
Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar.
À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar.
À marimba e ao quissange
ao nosso carnaval
havemos de voltar.
À bela pátria angolana
nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar.
Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente.
Agostinho Neto
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Tuesday, February 03, 2009
*
Monday, February 02, 2009
Para descontrair.....
Na vidente
A vidente concentra-se, fecha os olhos e diz:
- Vejo o senhor a passar numa avenida, num carro aberto, e o povo a acenar.
Sócrates sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E o povo corre atrás do carro?
- Sim, à volta do carro, como loucos. Os polícias até têm dificuldade em abrir caminho.
- As pessoas carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras de Portugal e faixas com palavras de esperança e de um futuro melhor.
- A sério? E as pessoas gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança: 'Agora sim!!! Agora tudo melhorará!'
- E eu, como é que reajo a tudo isso?
- Não dá pra ver.
- Porque não?
- Porque o caixão está fechado...
(Acabada de receber por mail. Não resisti...)
Boa semana para todos!
A vidente concentra-se, fecha os olhos e diz:
- Vejo o senhor a passar numa avenida, num carro aberto, e o povo a acenar.
Sócrates sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E o povo corre atrás do carro?
- Sim, à volta do carro, como loucos. Os polícias até têm dificuldade em abrir caminho.
- As pessoas carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras de Portugal e faixas com palavras de esperança e de um futuro melhor.
- A sério? E as pessoas gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança: 'Agora sim!!! Agora tudo melhorará!'
- E eu, como é que reajo a tudo isso?
- Não dá pra ver.
- Porque não?
- Porque o caixão está fechado...
(Acabada de receber por mail. Não resisti...)
Boa semana para todos!
Sunday, February 01, 2009
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