Wednesday, February 04, 2009

Havemos de voltar

Às casas, às nossas lavras
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar.

Às nossas terras
vermelhas do café
brancas de algodão
verdes dos milharais
havemos de voltar.

Às nossas minas de diamantes
ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar.

Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar.

À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar.

À marimba e ao quissange
ao nosso carnaval
havemos de voltar.

À bela pátria angolana
nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar.

Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente.


Agostinho Neto

28 comments:

Anonymous said...

E o sonho tornou-se realidade.

Abreijos.

João Paulo Proença said...

assim seja!

beijo

João

Delfim Peixoto said...

E aconteceu!
bjnhs

samuel said...

Ao tempo que não "ouvia" isto!
Pena... que nem todos tenham voltado com as melhores intenções...

Abreijos

mfc said...

Foi o poder de transformar a realidade no sonho...

andorinha said...

Profecia ou esperança, realizou-se! E as palavras ficaram como memória.
Um beijo, Maria.

FERNANDINHA & POEMAS said...

OLÁ QUERIDA MARIA, MARAVILHOSO POEMA DE AGOSTINHO NETO... ADOREI AMIGA!!!
BEIJINHOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

lisse said...

É essa certeza que não deixamos morrer.
A fé e a capacidade de amar que tudo renova e nos aproxima...

Imensamente obrigada, por esta oportunidade de nos encontrarmos.
E vou continuar, discretamente, na casca da árvore...
Abraço carinhose e forte

BlueVelvet said...

A esperança é a última a morrer.
Estão livres, mas serão livres?
Com um Presidente e su família mui chic, há quantos anos mesmo no poder??
Enfim. Pelo menos o poema é lindo.
Beijinhos

Aqui - Ali - Acolá said...

Estive lá Maria, vários anos noutro tempo claro, mais tarde voltei lá de novo e, o que eu vi não dá para descrever de tão mau.

Aquela Luanda, nem lhe conto!...

O povo é na verdade quem mais sofre quando está nas garras de homens sem excrúpulos, e isto Maria, acho que dá para entender.

Oxalá que que assim seja, pois Angola e quem sofre por lá, merece muito melhor..

bjos..

Anonymous said...

ai Agostinho Neto! se voltasses, a desilusão seria tão grande!... a começar por quem está no teu lugar...
beijocasssss
vovó Maria

Teresa Durães said...

(parece que não...)

Ana Oliveira said...

Havemos de voltar nem que seja para trazer o que da alma la deixamos...o balsamo para a cicatriz que nos restou!

Ana

Rosa dos Ventos said...

E nós por cá, todos bem?

Abraço

Ana said...

Calculo que não tenha sido exactamente com "esta" Angola que sonhava Agostinho Neto...

Beijinho

Agulheta said...

Maria! Este homem assim escreveu e sonhou para o seu povo,o seu querer se esta a tentar realizar.
Gostei e deixo beijinho

Lisa

Anonymous said...

Sim, voltaram num sonho que caminha...
e vai continuar caminhando...
para chegar...!

Beijos

isabel mendes ferreira said...

MariA,,,,


que bom . que raro. o Agostinho Neto.


- abraço.


de tanto bom...:)

Licínia Quitério said...

Um abraço. Pelo Agostinho Neto e pelo teu bonito poema no post anterior.

Um grande abraço, Maria.

mariam [Maria Martins] said...

Maria,
belo poema. não conhecia. obrigada.
pois... é... podia ser um dos países mais ricos (em todos os sentidos) do mundo.

bom resto de semana
um sorriso :)
mariam

Anonymous said...

Olá!!!
Os teus poemas, os teus pensares sempre em tudo, e em Todos, faz de ti uma Mulher maravilhosa. As tuas lutas, as tuas causas que tão bem defendes, e agora um poema maravilhoso á Liberdade!

beijos Maria
dqtvgms

Anonymous said...

Do sonho à realidade!

bjus

Fernando

Justine said...

Alguns estão a voltar "demais" - não como o Agostinho Neto desejava...

Maria said...

Obrigada por terem passado aqui.

Beijos a todos

De Amor e de Terra said...

Querida Maria, é muito belo este poema de esperança de Agostinho Neto.
Mas, quanto a mim, Cochat Osório, no Poema Oração do seu livro "Biografia da Noite", estava cheio de razão ao pedir "Terra pobre... / com rochas sem valor...";se as rochas de Angola assim fossem, não haveria tanta ganância e portanto tanta guerra.
Mas que a esperança resista!

Beijos

Maria Mamede

pin gente said...

os regressos são quase sempre saborosos... havemos de voltar em liberdade

um abraço

Fernando Samuel said...

E voltaram: esses: os que cumpriam o que prometiam.


Um beijo grande.

Anonymous said...

havemos de voltar pois então, pq não?
beijos Maria