Monday, January 25, 2010

Barquinho de papel


Passeio-me pela margem do rio em direcção à foz. De tão límpidas, as águas pedem que mergulhe. Resisto. No meio dos canaviais e dos chorões está um grupo de crianças que brinca. Avanço em direcção a elas para ver o que fazem. Entre outras brincadeiras, lançam ao rio um barquinho de papel que, de tão pequeno, mal se vê. Mas segue rio abaixo, com a corrente. Corro um pouco para acompanhar o barquinho, olho-o, e invento-te lá dentro. É então que me sorris...

24 comments:

Pedro Branco said...

Acordei tranquilo a meio da noite e o céu esperava por mim. Segredei-lhe o nome da viagem e o rio é sempre meu. Por isso levantei-me e segui caminho. Os silêncios da noite são a respiração dos corpos do mundo. E o mundo, tal e qual, é o meu sonho.

Paula Barros said...

Uma leitura boa de ler, de imaginar, de sentir...a leveza das palavras seguindo a foto.

A foto é sua?

abraço

Paula Barros said...

Maria, depois que perguntei sobre a foto fui passear no seu blog.

Estava olhando 2006, tantas fotos e tantas histórias. Uma amor imenso pela ilha. Gosta muito de músicas brasileiras. E muitos poemas repletos de sentimentos.

beijo

Anonymous said...

Maria!


O essencial não tem nome nem forma:é descoberta e assombro.


Um beijo

Pitanga Doce said...

Quem te sorri no barquinho, Maria? Quem nunca deixou de ser menino?

boa noite e dorme bem

Como vês também eu ando em altas horas.

Cristina Caetano said...

Eu também sorri... tão doce... :)

Adorei!

Beijinhos, Maria

lolita said...

É sem duvida uma boa forma de começar o meu dia. Não só pela excelente leitura, mas também pelo sorriso que se esboçou no meu rosto.
Adorei!

BJS.

viajantes said...

Tem a beleza da inocência.
É isso mesmo, faz-nos sorrir.
beijinho.

amigona avó e a neta princesa said...

E quando se sorri a felicidade acontece...beijos querida...

samuel said...

Agora é seguir viagem...

Abreijo.

Carlos Albuquerque said...

Este texto parece-me um andar, sensível, por caminhos e atalhos da vida. Tivesse eu talento e faria dele um poema para te oferecer.
Como não tenho, sorrio.
Abraço

Fernando Samuel said...

«Invento-te lá dentro»...

Um beijo grande.

Rosa dos Ventos said...

Vemos quem amamos em todo o lado, não é?

Abraço

Artur Gonçalves Dias said...

A corrente que nos leva é a corrente que nos traz de volta recordações e vontades. Por vezes dificeis de alcançar..

Saudações

Mié said...

a arte de re inventar o amor

Sempre diferente e sempre o amor!!

um beijo
Maria ilha.

...estamos juntas no open :))

Baila sem peso said...

Sabes eu ontem também passeei junto a um rio
o seu nome era Sado
e parecia enfeitiçado...
vi os barcos na margem
vi as cegonhas que em Alcacer voavam
e também as pontes que o atravessavam...
ontem passeie junto ao rio
e o pensamento parecido ao teu...
como em barquinho de papel
mas a sonhar que era peixinho
a nadar na margem devagarinho
e as gaivotas vieram ver
e chorei de sorriso, ao entardecer...

obrigada pela tua poesia
não rima dizes tu...mas é maresia
doce que trazes no peito em rebeldia!

beijo

Unknown said...

No meio dos canaviais e dos chorões
----------
Um local,... direi, paradisíaco!...
-----------
Felicidades.
Manuel

Agulheta said...

Maria. Quando a corrente nos leva em barquinhos de papel,é bom sentir o momento que habita em nós,esses pequenos sonhos.
Beijinho bs Lisa

clic said...

Num pequeno barquinho cabe uma grande imaginação... :)

Rui Fernandes said...

Deve ser o barquinho de papel que eu vi chegar aqui à minha praia.

Mar Arável said...

Sopro-te

e voo

Duarte said...

Nas poças e nas valetas, também brinquei com barquinhos de papel, só que não pressenti esse sorriso... agora não pude evitar sorrir...
Gostei da ternura com que te expressas
Abraço

Tite said...

No barquinho de papel vão os sonhos das crianças e... o teu!

Beijossss

Leticia Gabian said...

E seguimos na correnteza do rio...Não é, amiga irmã?

Beijo no coração