Espero-te na foz do rio, onde desaguas. É lá que me encontro. De olhar pousado no futuro. De corpo inteiro. Não te esqueças que todos os rios desaguam no mar. Não importa quanto tempo levam, mas é no mar que desaguam. Onde eu te espero, rio que és. No mar onde o silêncio é interrompido pelas ondas que se desfazem no areal. Que posso ser eu, ou tu. Ou todos nós.
Percorri todos os cais e não te vi. Talvez tivesse passado a desoras. Mas foi o meu tempo. Vento meu onde respiro. Não me inquietam as ausências. Inquietam-me as presenças. As ausências são suaves, as presenças são sangue fervente que me corre (ainda) nas veias. As noites são a minha companhia, manto de estrelas que recolho a cada madrugada. Deixo fluir as águas de mim que correm como ribeiro e um dia serão rio e chegarão ao mar. É lá que pouso o meu olhar, sempre. É no mar que te vejo, que te sinto, que te amo. É no mar que me devolvo a vida. Numa chegada de ficar. Para sempre.
Wednesday, October 19, 2011
Para sempre
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17 comments:
Tão lindo, Maroca!
Sei bem como é este amor pelo "mar", sei da intensidade dele, sei que é mesmo pra sempre.
Beijo no coração, AICeT!
Bela a tua presença frente ao mar!
Abraço
"Talvez tivesse passado a desoras",mesmo assim encontramo-nos no mar.
Um abraço,
mário
Também gosto destes "entre nós" :-)
Muito.
Beijos.
persigamos o mar, minha amiga. onde todas as avenidas (plenas) confluem. como rios afluentes...
beijo
É um privilégio partilhar contigo esse fascínio que tens pelo mar...e sim...as ausências são suaves...contrariamente às presenças...
Muito bonito este texto-poema. Te deixo meu abraço.
BShell
para sempre, o Mar, na tua poesia.
beijinho Maria
Senti-me muito acompanhado pela tua reflexão!
Estar à beira mar é um bálsamo.
Belo
saudações amigas
Compreendo a força do mar no seu
sentir. Eu também adoro o mar e ele
também influencia bastante o meu
estado de espírito.
Um bj.
Irene
O mar te preenche de tantas belezas, e a tua intensidade de luta e de viver, lembra o mar.
Os seus escritos sempre me deixam extasiada.
beijo
Maria
Para o mar confluem todas as verdades. Rios sedentos de se abraçarem à eternidade líquida de todas as coisas.
Muito bonito este texto!
Bom!!!...
Abreijo.
Não importa quanto tempo levem os rios para alcançar o mar? Será, Maria??? E a espera infinita??
Muito obrigada por terem passado aqui.
Bom fim de semana a todos.
Beijos.
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