Tuesday, October 23, 2007

A HORA DA PARTIDA


A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.

A hora da partida soa quando
As árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.

Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.

(Sophia de Mello Breyner Andresen)

50 comments:

Mar Arável said...

Sophia

pois claro


soa

a poesia

Leticia Gabian said...

Maroca,
Ainda bem que chego aqui com outro estado de espírito, pois lavei a alma e me despedi de uma nuvem negra que teimava em me desnortear.
Dessa forma, a leitura desse poema soa diferente, mais leve.

Obrigada por tua amizade. A minha está sempre à tua disposição.

Beijo enorme

Mié said...

Bonito poema.

Sofia, sempre Sofia!

Mas...não gosto de partidas.

Prefiro renovações.


Um beijo

Páginas Soltas said...

Um soneto de Sophia.. triste mas Belo!

Obrigada por o partilhares.

Boa semana

Beijinhos da

Maria

Carlos Henrique Leiros said...

Minha cara;
Eis-me de volta à ilha para colher as novas.
Diverti-me a valer com os pensamentos das crianças sobre vários assuntos. Achei aquele que compara amor com futebol uma graça. Outro que fala que o amor é uma loucura, mas que um dia haverá de experimentar, também é ótimo!
Por fim, a exuberância de Sophia de Mello me deixou deveras encantado.
Não se fazem mais poetas como antigamente...é a mais pura verdade!
Abraços do
Carlos

Anonymous said...

Soube-me bem, ler este poema nesta madrugada ;)

Grd beijinho*

Menina do Rio said...

A hora da partida soa triste...

Beijinhos

Verônica

Gi said...

Sabe bem lê-la a qualquer hora. Neste momento particularmente bem . Um beijo minha querida. Também parto por hoje

Um beijo grande.

(procurei-te mas não te encontrei)

O Sibarita said...

Dona moça Maria! Belo poema, viu?

E ai minha conterrânea baiana-lusa ou lusa-baiana quando volta a boa terra?

Tô aqui perdido numa rua e quero que a senhora me diga por onde ir, já que conheces toda cidade e ai fia? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

bjs
O Sibarita

Ka said...

ahhh assim vale a pena andar a "blogar"!!!
Isto de ler Sophia todos os dias é uma maravilha.

Eu gosto muito deste poema e já o pus no BDK se não me engano.

Beijo e um excelente dia

AJO said...

Sophia de Mello Breyner Andresen para escrever tão belo poema e a Maria para ter tão bom gosto... amei...

Berta Helena said...

Bela escolha, Maria.

Beijinhos.

Anonymous said...

Poesia e imagem em grande sintonia.

Parabéns.

isabel said...

o melhor da partida, é a força do regresso.

Vanda Paz said...

Obrigada por este soneto...

A Sofia sentia como n�s...

Beijos


Vanda

rui said...

Olá Maria

Por vezes a partida é para irmos ao encontro de algo.

Lindo poema

Beijinhos

Rui Caetano said...

A hora da partida é, na maioria das vezes, o ponto de chegada a um outro limiar das nossas vidas. Se partimos é para chegarmos a um novo lugar nosso.
Excelente escolha deste poema lindíssimo, ora a nossa Sophia.

PAULO SANTOS said...

um belo poema.
Autentico...agridoce...

Gostei!


Um beijo

Paulo

david santos said...

O caso Cláudia, não está perdido. Mandem Mails a esta gente e não só:

geral@embaixadadobrasil.pt

Temos que estar solidários com a menina Cláudia.

Pede a outros blogues que façam o mesmo.

PostScriptum said...

Reler Sophia faz sempre bem. Única, não era?
Beijos

veritas said...

Na vida teremos de saber gerir as partidas, pensando sempre nas chegadas ou regressos...é o eterno movimento de regeneração...

bjs. boa semana.

Ana M. said...

Tão sentido mas tão triste, Maria.
Quase um pré-aviso de morte.
Poetas são poetas até ao fim.

Beijinho

Flôr said...

Não gosto de despedidas...
São tão difíceis!!!

A foto está mesmo adequada ao poema.

Beijitos

Nilson Barcelli said...

Partidas nem as de Carnaval...
Belo poema, ou não fosse da Sophia.
Beijinhos.

butterfly said...

Belo poema de Sophia. O paralelo que traça entre a "hora da partida" e as árvores germinando.
Não há fim, apenas partidas e chegadas.

borrowingme said...

Encontros e Despedidas
Maria Rita


Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida



é uma musica de maria rita que eu adoro... lembro-me sempre numa despedida...
bjs

Justine said...

Belíssimo e triste e triste, este poema da Sophia. Belíssima e soturna, a foto. Pode a tristeza ser bela?

A. Jorge said...

Maravilhosa escolha! É sempre bom ler e saborear!

Abraço

Jorge

http://vagabundices.wordpress.com/

Elvira Carvalho said...

Uma boa escolha um poema muito bonito que fala de algo que sempre nos faz doer. A hora da despedida
Um abraço

António Inglês said...

Gostei do poema e gosto de Sophia mas gostaria que a minha partida fosse tarde e a más horas...
Partir agora, só se fosse para aí...
Uma abraço de boa noite
José Gonçalves

Anonymous said...

Maria tudo bem?
Hoje nao estás por cá...

Té amanha entao ;)
Beijinho

Teresa Durães said...

tenho andado ausente, a descobrir o que tu conheces.

mas deixo-te um beijo grande

amigona avó e a neta princesa said...

Só a Sophia para nos deixar um poema bonito sobre a hora da partida...são sempre tão tristes estas horas...ou serão fantásticas quando partimos para onde o coração quer? Beijo...

Maria Inácio said...

As despedidas fazem parte dos momentos menos bons da nossa vida,
a nao ser que e tal como li noutro comentario sejam por uma boa causa.

Um beijo!!

Sol da meia noite said...

A hora da partida... hora que tira a razão de ser a laços que se foram criando...
Tanto haveria a dizer da hora da partida...
Odeio partidas.

Beijinhos!

samuel said...

Todos os dias partimos um pouco, definitivamente...
Só não sabemos dizê-lo tão bem como a Sophia.

gaivota said...

A foto faz o poema, lindaaaaaaaaaaaaaaaa
Parabéns
Bjs

Amaral said...

Sophia é uma referência e os seus poemas comovem pelo que transmitem, porque nos aproximam de cada sentimento que faz despontar em nós...

Meg said...

Pelos mesmos caminhos nos vamos cruzando com Sophia, a Mulher, a Poetisa dos meus encantamentos!

Beijinhos

jorge esteves said...

(re)Ler Sophia, gosta-se sempre!...
Abraço.

Pitanga Doce said...

A hora da partida, para mim, é quando se fecham as malas. E é difícil. Sempre é. E com o passar do tempo a gente pensa que vai melhorar, mas não!

Pitanga Doce said...
This comment has been removed by the author.
FERNANDINHA & POEMAS said...

Olá Maria, fizeste uma linda escolha da nossa grande Poetisa.
Muitos Beijinhos,
Fernandinha

Espaços abertos.. said...

Sohpia é sempre e será um ponto de referência.
hora da despedida e uma hora de dor e de mágoa sempre.
Bjs Zita

rosa dourada/ondina azul said...

A hora da partida é sempre difícil, mas às vezes é para uma bela e desejada viagem...


Beijinhos,

Maria P. said...

Sempre Sophia...
Belíssimo o poema.

Beijinho Maria*

Luís said...

"A hora da partida soa (...) quando de mim se desprende a minha vida"... LINDÍSSIMO querida Maria!

Maria said...

A poesia de Sophia é ÚNICA, parece que estamos todos de acordo...

Muito obrigada a todos vós pela vossa passagem aqui...

Beijos e abraços

C Valente said...

Poesia de Sophia , está dito
Saudações amigas

Maria said...

c valente

Obrigada.....
Um abraço