Thursday, March 26, 2009

Cinzento

Há dias assim. Em que tudo nos parece cinzento, tão cinzento que não vemos para além de nós e do que sentimos. Mas há o Mundo lá fora. À nossa volta. Há uma mão sobre o ombro, uma gargalhada que nos desperta.
Apesar do nada poder ser o poema inteiro.
Há noites assim. Em que o cinzento fica preto, de tão escuro. E não queremos ver nada para além do que escrevemos. Mas sentimos. E há Vida lá fora. À nossa volta. Um olhar que te beija. Um abraço que te aquece.
Apesar do nada poder ser o poema inteiro.

41 comments:

Catarina Alves said...

Hoje está a ser assim... um dia cinzento, uma noite escura...

tenho frio.

Unknown said...

Há vida lá fora. Há vida cá dentro. A vida é lá fora e cá dentro: é um todo. É cincento. A gente diz cinzento por causa de saber das outras cores. A vida é de todas as cores. Eu sou todos e todos sou eu. E se não vemos assim o mundo é porque estamos fragmentados. Quem nos fragmentou?
Isto tudo é verdadeiro ( para mim, claro ) : assim, muda a nuvem negra e pôe-lhe um sol btrilhante. ( Passa a ser verdadeiro para ti ) Não sabes? Sabes. Se o fizeres, muda a prosa. Tens de mudar a prosa ( perdão, o poema ) porque não daria o goto com o perdigoto. Um sol assim quer é uma prosa assado.
Já chega. Que estou cansado.
Beijo.
Eduardo
( até faz verso )

margusta said...

Nada pode ser um poema inteiro...nada é perfeito Maria!... NADA!...

Temos que agarrar os dias, mesmo os cinzentos, e vivê-los da melhor maneira...

Um beijinho para ti Querida Amiga!

simplesmenteeu said...

nada pode ser o poema inteiro...

mas alguns abraços guardam a força do carinho e do amor...
algumas mãos ficam, aquecem e perfumam as noites...
são voo e raíz... e vêem no escuro...

abraço forte
no carinho de um Sempre

PreDatado said...

E há noites de luar. Há que aproveitar a luz que ele nos traz.

Luis Eme said...

sim, só nos resta virar o poema de pernas para o ar...

beijinho Maria

samuel said...

Haverá sempre vida lá fora...

Anonymous said...

Apesar de todas as nuvens nos parecerem cinzentas, se repararmos melhor, há sempre alguma, mais clara, que espreita e tenta libertar-se da escuridão.

Abreijos.

Anonymous said...

Que lindo minha amiga! É assim mesmo... Eu também fiquei assim semana passada, quando escrevi aquela prosa poética. Mas tudo felizmente, passa!
Beijos

Cristina Caetano said...

Estava pensando nisso ainda agora... (coincidências andam me perseguindo) e pensei nos amigos que aparecem nessa hora. Um amigo verdadeiro nunca desiste de nós, foi a conclusão que cheguei.

Beijinhos

Anonymous said...

Que se passou, Maria, para que o "Mostrengo" viesse ensombrar o seu dia? (repare na gravura, cinzenta e vislumbre, no lado direito da mesma, uma cara aterradora, dois olhos, nariz e boca). Talvez o homem do leme, vendo tal face, não tivesse tido coragem e lhe tremesse a voz para dizer "El-rei D.João II".
Agora entendo o conteudo do post.

Outro dia, eu estava num dia "cinzento" e escrevi:

"A morte é a unica experiencia porque passamos que não podemos transmitir a ninguém.
Morre connosco."

Mas sabe que encontrei depois, entre os meus papeis e que eu já tinha escrito há tempos?

Amar a vida

Eu amo a vida
Eu amo os dias cinzentos
folhas douradas pelo chão
dançando ao vento suave
do outono.
Eu amo os dias chuvosos
chuva espalhada no rosto
frios dias de inverno quente
nas brasas rubras da lareira
acesa no meu canto.
Eu amo os dias suaves
em que o verde desponta
na primavera
e o amor renasce em cada flor
que se abre no cio dos animais.
Eu amo os quentes dias
de verão
sol intenso mar azul
beijando corpos
jogados nas areias douradas.
Eu amo as estrelas polvilhadas
no ceu lua sol a imensidão
azulnegra do universo infinito
infinitamente grande
mas não tão grande
como esta vida que eu amo.
Eu amo a vida.

Aten

"Peace and Ligth in your day"

Carminda Pinho said...

Maria, eu estou aqui, para te dar um abraço forte, e solidário.

Beijos

zmsantos said...

Será que a retribuição do beijo recebido poderá tornar mais claro esse teu dia?
E se não resultar, há uma estrada percorrida em comum onde o desencontro tem o PODER de ser o poema inteiro.

Beijos, amiga.

Unknown said...

Não sei o que se passou, mas podes contar com a minha amizade. Um abraço.
Eduardo

A CONCORRÊNCIA said...

Sentes as minhas mãos no teu ombro ? Ouves as minhas gargalhadas ? Oi amiga tou aqui, sentes-me ? Bora lá gargalhar bem alto as duas.

Beijos Maria

Anonymous said...

Maria Linda!
o meu abraço...a minha vida...o meu tempo...
estou aqui!
beijocassssss
vovó Maria

anamar said...

Mais palavras para quê?
Só tinha vontade de lhe deixar aqui um Sol...
Hoje é outro dia!
Ana

Amaral said...

Há dias e noites assim...
Como se o nada existisse fora do poema...
Uma gargalhada, um abraço, um olhar - e o poema surge, pleno e inteiro, ainda que à nossa volta, tudo pareça cinzento...

Baila sem peso said...

Há dias assim...mas pensa num cinzento
levado pela brisa do vento...

não sei porque te despiste de mar
e te fez outra veste, naufragar...

sei que tudo pode ser poder
na tua mão, quando poema é Viver!

(ia deixar hoje outro dizer no meu cantinho...mas não sei porquê fui impedida, por qualquer motivo! :( )

(e desculpa aqui os meus atrasos
são obra de muitos acasos!)

Beijinho azulinho.

Joana Correia said...

Quando me sinto assim, vou até à praia. Nada melhor que pisar a areia molhada, respirar o mar intenso, contemplar a bravura das ondas, olhar para o horizonte e deixar fluir todos os nossos pensamentos... enfim, SENTIR!

Ps. A seguir a um dia cinzento, vem um cheio de cor, luz, alegria, força, harmonia... e se és uma pessoa cheia de força!

Beijo grande de alguém que te admira muito.

Leticia Gabian said...

Lindo!!!!!!!!!
Não há cinzento que resista aos tons do VIVER!

Beijo enorme, AIC

Pitanga Doce said...

E há o verde e o azul da imagem abaixo!

abraços de cá.

Anonymous said...

Hoje, pela madrugada, escrevi o que agora não escreveria.
Como diz Sérgio Godinho "a vida é feita de pequenos nadas".
Da mesma forma o "poema inteiro" é feito de pequenas frases, de pequenos gestos,de pequenos que's e pequenos se's. O "poema nteiro" é feito de fios de água, fontes onde se bebe o sentido do "poema" completo.
Apesar de parecer que nada disso pode ser o "poema inteiro" , o "poema inteiro" é feito disso mesmo. De pequenos nadas.

O Sol irá brilhar para si neste dia, pode crer.

Aten

Adriana said...

..."nuvens escuras nos tampom o brilho so sol,deis elas passam e percebos que ele continua brilhando..."

frase da minha primeira Maria,em uma de suas cartas de psicografia.

Paula Barros said...

Maria

Tem dias assim, mas você deixou também escrito que tem abraços, beijos, e tem vida lá fora.

E sempre o sol volta a brilhar, sempre!

abraços carinhosos

Rosa dos Ventos said...

Há dias e noites assim e por aqui estão a prolongar-se...
Espero que contigo passe depressa!

Abraço

Fernando Samuel said...

E o mais importante de tudo é que... Há Vida lá fora...

Um beijo grande.

SILÊNCIO CULPADO said...

Sim, Maria, há dias cinzentos, há dias de melancolia. Mas quem expressa como tu esse estado de alma encontrará forças para os vencer.

Um abraço, Maria.

A.S. said...

Sim Maria! Quantas vezes o NADA é o poema inteiro na sua verdadeira dimensão!...


Beijos...

Maria P. said...

Ha dias assim, demasiados...

Beijinho, minha Maria*

Mié said...

...o cinzento poder ser o Nada do poema inteiro. O TEU.

O Mundo lá Fora...à nossa volta, ao nosso lado!

Não se nasce Cidadão...aprende-se!




um beijo ilha

ENORME

João Paulo Proença said...

Maria:

como te compreendo. Crê que não estás sozinha

Beijo

João

Filoxera said...

Eu sei, tantas vezes as cores tardam em mostrar-se...
Mas há vida, fora e dentro de nós.
E há companhia, quando quiseres.
Um abraço apertado.

mariam [Maria Martins] said...

Maria,

palavras tão sentidas...
Que o cinzento já tenha passado, dando lugar a um branco calmo...

um olhar que te beija também! o meu.

um grande abraço
mariam

CNS said...

O cinzento cerra-nos em nós.

Muito bonito, Maria

beijo

pin gente said...

há dias em que a primavera nos esquece e nos resta apenas um agreste inverno. dias em que a luz se apaga sem que os nossos olhos se fechem. dias em que o poder de sermos é nada nos sentirmos. dias e noites! noite e dias! dias em que o sol nasceu já posto bem atrás do horizonte. noites em que o luar não apareceu no céu. dias de breu. noites de total escuridão. há dias que não temos cor e em que tudo a perde. nem há cinzentos a tentar clarear-me os dias. para mim os não mais serão claros!


gostei das tuas palavras, maria!
fi-las minhas!
um beijo

Maria said...

Muito obrigada por terem passado aqui e pelo carinho demonstrado.
São palavras... que saíram assim...

Beijos

O Sibarita said...

Maria, maria oi esse negócio de PODER que posso entender outra coisa... kkkkkkkkkkkkkkkk

Mais um texto brilhante...

bjs
O sibarita

Ricardo Silva Reis said...

"Apesar do nada poder ser o poema inteiro."
Há dias assim, em que nos sentimos somente uma parte de nós próprios.
Mais um texto e peras. Lindo Maria
Beijinhos
Ricardo

BlueVelvet said...

Decerto esse cinzento vai mudar de cor mal vejas o mar.
No entretanto deixo-te muitos beijinhos

vieira calado said...

Há dias para tudo.
Aproveitemos o tempo,
no tempo justo!

Beijinho