Monday, February 15, 2010

Não sei de mim


Sei do teu olhar menino profundo flor coração
Do abraço quente apertado fogo paixão
Do vento do tempo do rio do norte do mar
Sei de ti a vontade de tanto caminhar
Dos poemas vagabundos dos versos e cantigas
Mas não sei de mim nem das noites perdidas

Sei do vermelho do desejo da flor em botão
Do beijo da pele toque ardente solidão
Dos passos percorridos dos passos por andar
Sei da cidade a adormecer e de ti a vaguear
Das palavras que nos unem e de tanto sofrer
Mas não sei de mim nem do poema por nascer

30 comments:

Pedro Branco said...

O teu manto, uma praia cheia de marcas na areia.
Na solidão de todas as noites, de todos os cansaços.
O teu manto, uma onda que ao chegar semeia
As flores de que são feitos os abraços.
.
O teu manto, um jardim colorido com o teu olhar.
Na fonte de todos os rios, de todos os passos.
O teu manto, o cheiro de nos cobrir e aconchegar
O leito onde se perdem os abraços.
.
O teu manto, gravidez de tamanha ternura
No tricotar da memória, ainda desfeita em pedaços
O teu manto, uma lágrima que sempre cheia que perdura
Dentro de mim, como quem só nos teus abraços!

Anonymous said...

Quanto mais procurei,
mais me perdi
na trilha das indagações:
as respostas não vinham,
a verdade era miragem,
Viver é mesmo sentir aquela fome...


Lindo poema, Maria!

Um beijo

Carminda Pinho said...

Poema tão sentido...
Saio de olhos a brilhar e deixo-te um beijo, Maria.

lolita said...

Como é bom não saber de nós dessa forma! Lindo poema Maria.

Quanto ao não conseguires fazeres comentários, foi as predefinições do novo visual do meu blogue, mas já alterei.

Fico à espera da tua visita, um beijo, Ava. E já agora, um bom Carnaval!

Fernando Santos (Chana) said...

Olá Maria, belo e profundo poema...Espectacular....
Beijos

viajantes said...

é lindo maria!
já não consigo deixar de passar por aqui.
beijinho

Fernando Samuel said...

Sabes, afinal, o que é necessário saber...


Um beijo grande.

Baila sem peso said...

Sabes das cores inventadas pela vida
sabes da tua ternura nascida
e o poema que está para vir
será a flor de semente
que tu lançaste no chão, tão querida!

Muito lindo esse vermelho sentido
Um beijinho meu em teu som nascido

samuel said...

Afinal sabes alguma coisa de ti... e o poema nasceu.

Abreijo.

zmsantos said...

Eu soube, e sei bem de ti. Estavas à minha frente e fizeste da minha voz um raio de luz, e sei que, contigo perto, as manhãs serão sempre mais claras.

Beijos.

Licínia Quitério said...

De ti nunca saberás tudo. Do poema já sabes a essência. Moi aussi ;)

Beijos.

tulipa said...

Volto a visitar-te, e fico completamente rendida às tuas belas palavras. Parabéns!!!

Encontrei uma "casa amarela" que depois descobri ser algo muito interessante e sobre alguém a quem faço uma justa homenagem, quando passam 104 anos do seu nascimento.
Queres descobrir quem é?

Boa semana ainda de Carnaval.
O pior é o frio e a chuva!!!Beijinhos.

A.S. said...

O poema nasceu Maria!
Fala-te de um amor
inteiro,
imenso
como esse teu mar!
Tu... encontras-te dentro desse poema!
Vai!!! Faz do poema uma embarcação e parte na maré suprema!
Vai... navega nos braços da paixão!


Beijo meu
AL

Sérgio Ribeiro said...

Mas o poema nasceu quando em ti se escreveu.

Beijo

Anonymous said...

tu sabes de tanto Maria!
quem sabe ler um olhar sabe tudo.
e o poema está aqui acabadinho de fazer e com tanta ternura, tanto carinho.

és mesmo muito,muito especial.

grande beijinho meu

Filoxera said...

Não sabes de ti? Eu sei: estás junto dos amigos.
Não sabes do poema por nascer? Está dentro de ti, ansiando por se formar, avolumando-se na tua mente até pedir que o partilhes connosco.
Um ebeijo abraçado.

salvoconduto said...

É por essas e por outras que ato um cordel ao dedo, não vá também eu esquecer-me.

ausenda hilário said...

Mas eu sei da alegria
De um poemas nos teus dedos
Sei de ti e da nostalgia
Só não sei...dos teus medos!

Nasces poema todos os dias, Maria!

Beijo

João Paulo Proença said...

lindo Maria Lindo

e há tantas vezes que não sabemos ou esquecemos de nós

Obrigado

João

Manuela Freitas said...

Gostei muito do teu poema!...
Sabes de tudo, mas não sabes de ti...quantas vezes pouco sabemos de nós...porque nos perdemos em imagens que vivem connosco e são mais importantes...é profundo, pode ser triste...é uma forma pessoal de interpretação.
Beijinhos afectuosos,
Manuela

Ana said...

Tão belas as palavras que unem !
Um beijo, Maria.

Violeta said...

Passei para deixar um olá.

Maria Oliveira said...

Pela palavra nos unimos, mas também pela palavra nos afastamos, nos julgamos...
Mas a poesia é sempre uma forma de reunião de almas.

Abraço

Oris said...

As palavras que sabes tão bem dizer...

Beijitos

maré said...

sei que escorre uma seiva

talvez uma brisa incauta

de mar mais revolto

ou o odor que o teu toque

vagabundo em mim

ancorou

há em mim um ardor de palavras

um poema que insiste em nascer.


_____

beijo Maria

Lilá(s) said...

E eu sei que o teu poema é lindo!
Bjs

Maria said...

Muito obrigada por terem passado aqui.

Beijos a todos.

Manuel Veiga said...

nem precisas saber- a poesia germina naturalmente em ti...

beijo

Cristina Caetano said...

Também não sei de mim, ando por aí perdida tentando me achar...

Beijinhos, querida.

AnaMar (pseudónimo) said...

Sei de ti a ternura que trazes nos olhar e nas mãos palavras perfumadas que espalhas pelos amigos.
Mesmo para os que por vezes, se afastam, como eu. Mas que tornam. Voltam sempre, porque te adoram. Como eu :-)

2010 beijos