Thursday, August 25, 2011

Pequeno poema

Klimt, Mãe e Filho

Quando eu nasci,

ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

(Sebastião da Gama)

11 comments:

salvoconduto said...

Pequena apenas foi a sua vida.

Abreijos.

Filoxera said...

Um abraço muito, muito forte, amiga.

Era uma vez um Girassol said...

Querida Maria, vejo que também andaste em digressão...
Um belo poema e um quadro de Klimt não menos belo...
Beijinhos da girassol...preguiçosa para blogar!!!!

trepadeira said...

Ficou tudo na mesma,há-de mudar com a luta durante a vida,mesmo que curta.

Um abraço,
mário

Paula Barros said...

Um poema bastante diferente. A ternura do olhar valia por tudo.

beijo

mfc said...

Tanta ternura num poema lindíssimo!

Fernando Samuel said...

Pequeno... mas belo!


Um beijo grande.

Manuel Veiga said...

não aconteceu "nada". mas a VIDA cumpiu-se...

gostei muito.

beijo, querida amiga

Manuel Veiga said...

"cumpriu-se", naturalmente...

Cristina Caetano said...

Eu queria que fosse um acontecimento, ;) mas vê lá que até me atrasei, fui nascer em outubro e tinha de nascer em setembro. :)

Lindo poema... copiei pra mim. :)

Beijos, querida!

Parapeito said...

Adoro este poema...feito ternura
Foi bom encontrar ele aqui
brisas doces para ti Maria*