Querida Maria, precisava de falar contigo, se puderes, claro, e nao e sobre o assunto deste teu post. Deixo-te o meu e-mail: svera.silva@hotmail.com Obrigada e um grande beijinho
Sabes Maria, pensando na vida, eu jamais seria capaz de matar uma criança que tivesse no ventre, mas tambem não acredito que as outras mulheres o façam de animo vele, depois penso nas crianças que nascem e sofrem de fome, maus tratos, de falta de carinho, de amor, não sera um sofrimento desmedido, depois sabes que acredito no retorno das almas, e ninguem deve de interronper a evolução desses seres, pois é atravez do sofrimento que esta a sua elolução, então é tão dificil , e quem somos nós para julgar para por em um decreto o certo e o errado, quem somos nos para julgar o que vai na alma de cada um,depois falam só nas mulheres, mas uma criança é feita tambem pelo homem sera que não tem responsabilidade, e a familia também se exclui?, e as condições que o governo deveria de dar as mulheres que se sentem desprotegidas, enfim é tanta coisa que não faz sentido na minha cabeça, e não falo de animo leve deste assunto, pois fiquei gravida tinha 16 anos, fui posta fora de casa, queriam que abortasse e fui a unica que lutei pelo meu filho hoje tem 30 anos e não me arrependo de nada. Mas é tão dificil ainda assim julgar outras mães. beijinhos e desculpa o testamento
Gostei de te conhecer. Voltarei mutas vezes porque sei que serei recebida pela sensibilidade e preocupação humanitária, que vão rareando nos dias de hoje, não podemos permitir que aconteça!
Ninguém seria capaz de matar uma criança que tivesse no ventre (e não gosto da palavra matar). A questão que eu coloco é outra, neste momento: há um tempo entre o início da gravidez e a existência, de facto, de uma criança. Vê se me entendes: logo no princípio, para mim, não é uma criança, apenas uma gravidez que, quando é desejada, é bem vinda, quando é acidental, a mulher deve ter a liberdade de optar por aquilo que quer fazer. O que se passa no referendo de amanhã é outra coisa: é tão só se devemos continuar a considerar que a mulher que recorre a uma interrupção voluntária de gravidez deve, ou não, ser penalizada por isso, se deve ser julgada em tribunal e ser eventualmente presa. É disto que o referendo trata. Uma mulher que se vê na obrigação de interromper uma gravidez, por razões que só ela conhece e só a ela dizem respeito, não o faz nunca de ânimo leve, muito menos considera a interrupção como método anti-conceptivo. Quem sou eu para julgar uma mulher que resolve interromper uma gravidez... Não se trata de saber qual é a nossa / minha / tua posição sobre o aborto, mas sim de decidir se a mulher que não se conforma com uma gravidez indesejada, e resolve interrompê-la, deve ou não ser perseguida e julgada e punida com pena de prisão. É disto que se trata. É por isso que eu vou votar SIM, por entendo que deve ser dada liberdade às mulheres para escolherem.
Finalmente, Luna, gostaria de te dizer que entendo a tua posição. E que admiro a tua estória de vida. Até gostava de falar contigo sobre isto, porque a minha experiência, de que tu conheces parte, é muito parecida com a tua. Fica aqui a deixa, vou a seguir ao teu blog ver se tens mail para eventualmente falarmos, se quiseres.
Fica só aqui uma reflexão: um filho é, para mim, demasiado importante para ser o resultado de um acidente.
Maria, peço desculpa , se te magoei com alguma das minhas palavras, não era essa minha intenção, também não falei por ti nem por ninguem mas genericamente, quando o referendo fala na despenalização da mulher, eu pergunto como já o disse acima, porque só a mulher, se em muitos casos existe familia,a decisão sera do pai e da mãe, e porque não dão condições a quem as não tem para criar as crianças,tudo isto me parece mais um gesto politico do que humano.Tambem acho que cada pessoa deve decidir o que sera melhor para o futuro dessa criança.
Por motivos que vou ocultar, deixando para a Maria o direito de os revelar, não poderia deixar de comentar este post.
E vou começar pelo pensamento da Luna.
É gratificante encontrar pessoas como a Luna, conhecendo eu mais casos, que com 16 anos encontraram forças (psicológicas e financeiras) para defenderem um feto que tinham no interior do seu corpo. Mas, a questão não é essa! A questão é a criminalização de quem não tem nem encontra coragem para ultrapassar esses obstáculos.
Passando ao post da Maria: TODAS as crianças deste mundo deveriam ter o direito a ter a alegria que a Maria transmite às que por ela passam. TODAS significa TODAS. Neste sentido, quem não tem condições para o garantir, não pode assumir a maternidade com garantias inferiores a estas. É uma condição da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA, que não é extensível por motivos óbvios ao feto.
Não, não me magoaste em nada, eu apenas sou muito frontal e digo o que penso, assim de rompante. Espero também não te ter magoado com a minha resposta.
Passemos a outra questão: completamente de acordo contigo quando dizes que a maternidade devia ser mais apoiada pelo Estado, logo desde o início passando por haver mais creches, redução de horário de trabalho da mulher mães, etc. etc. etc. que tu sabes e nem vale a pena aqui mencionar. É, como dizes, uma questão política.
Se o "não" ganhar o referendo, como penso que ganhará, será por vivermos num falso Estado laico, onde a religião ainda tem muito a dizer nestas questões. A campanha levada a cabo pela Igreja católica é uma nódoa na face de um Estado que se pretende laico, e devia merecer o mesmo tratamento que hoje se dá aos que tentam impor aos Estados laicos as regras próprias da religião muçulmana. Que os católicos decidam não usar o direito à interrupção voluntária da gravidez por opção da mulher até às dez semanas é um direito que lhes assiste. Mas que condicionem à sua crença religiosa as mulheres que o pretendam, sendo católicas ou não, é algo que não admito e que tem um nome: Fundamentalismo. Por isto, e apenas por isto, teria sido preferível ter votado a lei na Assembleia da República, eliminando o factor religioso da equação. Convém não esquecer o que aconteceu da última vez, quando as mesas de voto enchiam a cada fim de missa, enquanto os que não vão em missas aproveitavam o tempo para tudo menos para ir votar.
Em todo o caso, na improvável hipótese de o "sim" ganhar o referendo, não será de estranhar que a inauguração das clínicas onde este direito será assegurado às mulheres seja feita como é costume neste país: com a presença do sr. padre e da sua água benta. Vai uma aposta?
MEU COMENTÁRIO: há gente capaz de tudo dizer, sem medir a consequência das suas palavras...enfim!!!
O meu SIM......... foi pensado e repensado... e não o mudaria por nada......... pk tb eu adoro crianças e acho que devem crescer com todaaaaaaaa a dignidade.
Sim com toda a convicção! Sim, por amar crianças. Sim,por saber, por dever de óficio e infelizmente bem demais, o que é uma criança que não é desejada e como funcionam os centros que as acolhem. E acrecento também que sei por experiência própria o que é querer um filho e não o poder gerar e esperar por ele - mês após mês - durante 10 anos com muita intervenção médica pelo meio.
Mas será que para alterar os restantes artigos do código penal também vamos ter referendos? Afinal era só disso que tratava a pergunta. Felizmente prevaleceu o bom senso.
Como sei que te esforçaste muito nesta campanha, dou-te os meus parabéns pelo SIM. A todas nós, MULHERES, também somos merecedoras de congratulações. 1 beijo
33 comments:
Exactamente.
Bjos*
EXACTAMENTE, sem qualquer dúvida.
1 beijo
Com Sol ou Chuva.
Cumpre o teu dever Civico.
inté
Claro que SIM. Por uma VIDA mais digna, sobretudo. De TODOS. De TODAS.
Um beijo solidário.
Sem dúvida! Beijos.
Pelo respeito à vida....eu voto SIM.
Beijinho
Muito bem achado :)
Abraço
poetaeusou
Espero cumpras também o teu... votando SIM!
Inté
Claramente SIM !!
É o nosso dever.. vamos todos votar!
excelente razão! beijos
Querida Maria, precisava de falar contigo, se puderes, claro, e nao e sobre o assunto deste teu post.
Deixo-te o meu e-mail: svera.silva@hotmail.com
Obrigada e um grande beijinho
vera
vai ao teu mail...
Beijo amiga e lá estaremos!
...............
pois então
Bom fim-de-semana
Sabes Maria, pensando na vida, eu jamais seria capaz de matar uma criança que tivesse no ventre, mas tambem não acredito que as outras mulheres o façam de animo vele, depois penso nas crianças que nascem e sofrem de fome, maus tratos, de falta de carinho, de amor, não sera um sofrimento desmedido, depois sabes que acredito no retorno das almas, e ninguem deve de interronper a evolução desses seres, pois é atravez do sofrimento que esta a sua elolução, então é tão dificil , e quem somos nós para julgar para por em um decreto o certo e o errado, quem somos nos para julgar o que vai na alma de cada um,depois falam só nas mulheres, mas uma criança é feita tambem pelo homem sera que não tem responsabilidade, e a familia também se exclui?, e as condições que o governo deveria de dar as mulheres que se sentem desprotegidas, enfim é tanta coisa que não faz sentido na minha cabeça, e não falo de animo leve deste assunto, pois fiquei gravida tinha 16 anos, fui posta fora de casa, queriam que abortasse e fui a unica que lutei pelo meu filho hoje tem 30 anos e não me arrependo de nada. Mas é tão dificil ainda assim julgar outras mães.
beijinhos e desculpa o testamento
Querida Maria:
Gostei de te conhecer. Voltarei mutas vezes porque sei que serei recebida pela sensibilidade e preocupação humanitária, que vão rareando nos dias de hoje, não podemos permitir que aconteça!
Bjs. Bom fim-de-semana.
Luna
Ninguém seria capaz de matar uma criança que tivesse no ventre (e não gosto da palavra matar).
A questão que eu coloco é outra, neste momento: há um tempo entre o início da gravidez e a existência, de facto, de uma criança.
Vê se me entendes: logo no princípio, para mim, não é uma criança, apenas uma gravidez que, quando é desejada, é bem vinda, quando é acidental, a mulher deve ter a liberdade de optar por aquilo que quer fazer.
O que se passa no referendo de amanhã é outra coisa: é tão só se devemos continuar a considerar que a mulher que recorre a uma interrupção voluntária de gravidez deve, ou não, ser penalizada por isso, se deve ser julgada em tribunal e ser eventualmente presa. É disto que o referendo trata.
Uma mulher que se vê na obrigação de interromper uma gravidez, por razões que só ela conhece e só a ela dizem respeito, não o faz nunca de ânimo leve, muito menos considera a interrupção como método anti-conceptivo.
Quem sou eu para julgar uma mulher que resolve interromper uma gravidez...
Não se trata de saber qual é a nossa / minha / tua posição sobre o aborto, mas sim de decidir se a mulher que não se conforma com uma gravidez indesejada, e resolve interrompê-la, deve ou não ser perseguida e julgada e punida com pena de prisão.
É disto que se trata. É por isso que eu vou votar SIM, por entendo que deve ser dada liberdade às mulheres para escolherem.
Finalmente, Luna, gostaria de te dizer que entendo a tua posição. E que admiro a tua estória de vida. Até gostava de falar contigo sobre isto, porque a minha experiência, de que tu conheces parte, é muito parecida com a tua. Fica aqui a deixa, vou a seguir ao teu blog ver se tens mail para eventualmente falarmos, se quiseres.
Fica só aqui uma reflexão: um filho é, para mim, demasiado importante para ser o resultado de um acidente.
Deixo-te um grande abraço solidário e um beijo.
samaria
Repuseste a questão como deve ser no teu último comentário...
Beijos aos 4 (um deles ainda na tua barriga... e já leva beijos...)
Maria, peço desculpa , se te magoei com alguma das minhas palavras, não era essa minha intenção, também não falei por ti nem por ninguem mas genericamente, quando o referendo fala na despenalização da mulher, eu pergunto como já o disse acima, porque só a mulher, se em muitos casos existe familia,a decisão sera do pai e da mãe, e porque não dão condições a quem as não tem para criar as crianças,tudo isto me parece mais um gesto politico do que humano.Tambem acho que cada pessoa deve decidir o que sera melhor para o futuro dessa criança.
claro que podes ir ao meu e-meil
beijinho
Estou de acordo contigo porque gosto muito de crianças.Não são o melhor que o mundo tem?
Beijinhos
Por motivos que vou ocultar, deixando para a Maria o direito de os revelar, não poderia deixar de comentar este post.
E vou começar pelo pensamento da Luna.
É gratificante encontrar pessoas como a Luna, conhecendo eu mais casos, que com 16 anos encontraram forças (psicológicas e financeiras) para defenderem um feto que tinham no interior do seu corpo.
Mas, a questão não é essa! A questão é a criminalização de quem não tem nem encontra coragem para ultrapassar esses obstáculos.
Passando ao post da Maria: TODAS as crianças deste mundo deveriam ter o direito a ter a alegria que a Maria transmite às que por ela passam. TODAS significa TODAS.
Neste sentido, quem não tem condições para o garantir, não pode assumir a maternidade com garantias inferiores a estas. É uma condição da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA, que não é extensível por motivos óbvios ao feto.
Olá Maria
É claro que o SIM, vencerá!
Que tenhas um lindo fim-de-semana
Beijinhos
A TODOS OS QUE ATÉ AGORA COMENTARAM ESTE POST:
Não era minha intenção responder a qualquer comentário, mas tão só agradecer no final a vossa participação.
No entanto, houve por aqui algumas passagens que eu não poderia deixar de assinalar e/ou reponder/comentar, como decerto perceberão.
Portanto, tendo mais duas respostas a colocar aqui, deixo desde já o meu Muito Obrigada pelas vossas opiniões.
Beijos e abraços e bom Domingo!
Querida Luna
Não, não me magoaste em nada, eu apenas sou muito frontal e digo o que penso, assim de rompante. Espero também não te ter magoado com a minha resposta.
Passemos a outra questão: completamente de acordo contigo quando dizes que a maternidade devia ser mais apoiada pelo Estado, logo desde o início passando por haver mais creches, redução de horário de trabalho da mulher mães, etc. etc. etc. que tu sabes e nem vale a pena aqui mencionar. É, como dizes, uma questão política.
Deixo-te um beijo
Querido Frederico
Não sei como te dizer, mas sei que tu me percebes: fiquei com duas lágrimas não no canto do olho, mas a rolarem pela cara abaixo...
E tu sabes porquê....
Três beijos pequeninos aí em casa.
Um grande pra ti
Um redondo SIM à despenalização.
Domingo lá estaremos para dizer também um NÃO à abstenção.
Um beijinho
Acabei de fazer uma visita mais prolongada ao teu blog e comentei o
teu poema "O amor inevitável".
Parabéns pelo teu espaço, no qual me tornarei assíduo visitante.
Beijinhos.
Mais uma vez, Muito Obrigada a todos quantos passaram por aqui, por este post.
Maria
LI POR AÍ:
Se o "não" ganhar o referendo, como penso que ganhará, será por vivermos num falso Estado laico, onde a religião ainda tem muito a dizer nestas questões. A campanha levada a cabo pela Igreja católica é uma nódoa na face de um Estado que se pretende laico, e devia merecer o mesmo tratamento que hoje se dá aos que tentam impor aos Estados laicos as regras próprias da religião muçulmana.
Que os católicos decidam não usar o direito à interrupção voluntária da gravidez por opção da mulher até às dez semanas é um direito que lhes assiste. Mas que condicionem à sua crença religiosa as mulheres que o pretendam, sendo católicas ou não, é algo que não admito e que tem um nome: Fundamentalismo. Por isto, e apenas por isto, teria sido preferível ter votado a lei na Assembleia da República, eliminando o factor religioso da equação. Convém não esquecer o que aconteceu da última vez, quando as mesas de voto enchiam a cada fim de missa, enquanto os que não vão em missas aproveitavam o tempo para tudo menos para ir votar.
Em todo o caso, na improvável hipótese de o "sim" ganhar o referendo, não será de estranhar que a inauguração das clínicas onde este direito será assegurado às mulheres seja feita como é costume neste país: com a presença do sr. padre e da sua água benta. Vai uma aposta?
MEU COMENTÁRIO:
há gente capaz de tudo dizer, sem medir a consequência das suas palavras...enfim!!!
O meu SIM......... foi pensado e repensado... e não o mudaria por nada......... pk tb eu adoro crianças e acho que devem crescer com todaaaaaaaa a dignidade.
Sim com toda a convicção!
Sim, por amar crianças. Sim,por saber, por dever de óficio e infelizmente bem demais, o que é uma criança que não é desejada e como funcionam os centros que as acolhem.
E acrecento também que sei por experiência própria o que é querer um filho e não o poder gerar e esperar por ele - mês após mês - durante 10 anos com muita intervenção médica pelo meio.
Mas será que para alterar os restantes artigos do código penal também vamos ter referendos?
Afinal era só disso que tratava a pergunta.
Felizmente prevaleceu o bom senso.
beijo
Eva
Como sei que te esforçaste muito nesta campanha, dou-te os meus parabéns pelo SIM.
A todas nós, MULHERES, também somos merecedoras de congratulações.
1 beijo
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