Friday, February 23, 2007
Para o Zeca, Sempre!
Balada do Outono
Águas
E pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Águas
Do rio correndo
Poentes morrendo
P'ràs bandas do mar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas
Das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar
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33 comments:
A Voz que cantou esta balada em 1983, no Coliseu de Lisboa, foi a Voz mais emocionante e emocionada de todo o concerto.
Nós sabíamos, o Zeca sabia, que não voltaria a cantar...
... e as lágrimas fizeram rios e os rios fizeram um mar de gente no Coliseu!
Vamos continuar a cantar-te, sempre!
(esta é a minha homenagem ao Zeca, que partiu
há 20 anos mas que está sempre nos nossos corações)
Nós cantamos-te, sempre. Claro. Sem parar. Nunca. Com toda a força. Toda. Mais e mais. Evidente. Zeca é único e toda a gente.
Quando canto esta música rebento com a força contrária, como se fosse "voltarei sempre a cantar-te"!
Já agora, aqui fica para ti, o que é de todos:
CARTA AO ZECA
Música e Letra: José Mário Branco
Vieste de menino de oiro pela mão
Acordar a madrugada
E fez mais às vezes uma só canção
Do que muita panfletada
Grandes janelas soubeste abrir
Por onde o ar correu sem te pedir
Que não se cansem de nascer
As fontes onde vais beber
REFRÃO:
Nunca mais te hás-de calar
Ó Zeca, para nós
Canta sempre sem parar
Que é seiva e flor
A tua voz
Vestiste a capa de caloiro coimbrão
Para ultrapassar o fado
E, em cada Natal, teu fruto temporão
Nunca foi ultrapassado
Na distracção jogas à defesa
Com o humor disfarças a tristeza
Cantas a esp’rança e o amor
Que o povo te ensinou de cor
AO REFRÃO
Nem tudo o que reluz é oiro, pois então
E bem gostaria o facho
De te ver calado e manso pelo mão
Com medalhas no penacho
Co’a tua ronha felina e sã
Vais-lhe atirando as flechas de amanhã
O olho pisco a acender
E a garganta a acontecer
AO REFRÃO
Tb estive com o Zeca no Sá da Bandeira em Santarem, quase no fim, ja se levantava so para cantar... uma despedida emociante demais...
Zeca (e seus companheiros)sempre :)
Beijoca*
A morte saiu à rua num dia as sima
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Um a gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai
O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu
Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou
Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação
in) zeca afonso
EU VI «««««««««
Maria, estou a ver, ouvir e sentir o que posso chamar de "saudade"...
O tempo passa tao depressa:|
Beiju*
Aqueles que nos marcaram, estarão sempre vivos em nós.
Beijo pela bela homenagem que lhe dedicas.
Chovi. Chovi muito.
Já não tenho mais nuvens pra chover...
Excelente, simplesmente. Ninguém O esquece.
Beijinhos*
Olá Maria,
Não consegui conter as lágrimas ao entrar no teu Blog.
ZECA SEMPRE
Há 20 anos o dia estava como hoje -cinzento e a chover. Toda a Natureza se despediu dele - Hoje, continua a chover, a chover no meu coração.
Um beijo para ti Maria - só podias ter escolhido este poema.
Conheci o Zeca em Moçambique, durante a guerra do Ultramar. Ele era professor de história num colégio na cidade da Beira.Foram tão ricas as nossas conversas na esplanada do café Portugal.
Também estive no Coliseu a chorar, a chorar porque todos sabíamos, como ele, que nos ía deixar.É impossivel esquecer O Zeca, estará sempre presente, SEMPRE
Obrigado Maria
olá bom dia,
se puderes envia um email aos teus amigos
"
Desapareceram segunda-feira (19 de Fevereiro) passada entre as 17h30/18 e as 19hH00 do Montijo um Cocker Spaniel dourado (2 anos), Pastora Belga Malinois (2 anos), Pastora Alemã arraçada.
Tanto a pastora belga como a arraçada pastora alemã têm chip.
contactar http://voandoai.blogspot.com
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obrigada
Vim dar-te também, um abraço apertado...
e oferecer-te mais uma quadra dele:
Uma cabana de colmo
E viva a comunidade
Quando a gente está unida
Tudo se faz de vontade
Obrigado Maria, por este bocadinho delicioso!
Saudações infernais!
Compartilho a tristeza de ter visto desaparecer, há 20 anos, um HOMEM bom, sincero, nos ideais que professava, um autor talentosíssimo e um cantor magnífico.
Polìticamente, estou àparte.
Beijinho
Viverá sempre porque nos deixou a sua obra e a sua voz!
das baladas de Coimbra, essa é um das minhas favoritas.
bela homenagem ao Zeca!
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
tudo o que aqui se escreveu é emocionante...muito mesmo...
Sempre presente! Beijos.
Zeca ... sempre !
E é tudo, por hoje, porque a saudade doi ...
Um grannde abraço
Então não é que, sem me lembrar que tinha lido esta balada, aqui, fui, justamente, escolher uma parte dela para o meu último post?
Maria, peço-te desculpa, juro que foi "imitação" involuntária!
Partidas que o subconsciente nos prega.
Beijinho
não estive no Coliseu mas nun serão na Faculdade de Ciencias em Lisboa , em que se esperava a todo o momento que "certas visitas" chegassem para acabar o espectáculo!
Por tudo isso , provavelmente ele ficou parado, sem voz, sem se mexer, sem força, por toda a energia que dispendeu a lutar, durante anos e anos ...
Um beijo
O "nosso" Zeca permanecerá entre nós enquanto houver um português que o recorde e cante as suas baladas.
Hoje já o cantei várias vezes e com alguma emoção!
Querida Maria
Parece que partilhamos de gostos muito iguais, podes crer...
Vai ao meu Paúl e junta-te a nós a cantar aquelas e outras tantas com muita emoção...
bom fim de semana
beijos
Ana Paula
Impossível não cantarolar de imediato e bem no fundo de nós, ouvi-lo ainda e sempre!
Beijinhos
Bonita homenagem!
Bjs
.....
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto
A cantar...
....e nós também...chorámos!!!
Beijinho
água das contes calai, qu eeu não volto a cantar... morreu o cantor, viva o poeta, SEMPRE. A integridade marcante e a honestidade desprendida deste Homem significa tão pouco para quantos se julgam "pessoas, seres", daí, tantas gentes e tão poucas pessoas! Lá dizia um homem do mar, e, então homenageio também o meu AMIGO CESSO!!! Nunca te vou esquecer, paleco...
beijossssssssssssss
Viva o 25 de Abril, viva a Liberdade
e mais vais estar sempre no meu coração e de quem tu bem sabes, a tua Cessa e todos nós, e o Zeca sempre que fez sempre parte de tudo, por ti,também, é a presença na ausência...
e porque todos todos choramos e nao voltamos a cantar, como as águas das fontes...
Berm hajas, Zeca Afonso e esse teu companheiro, o Cesso, só para quem pode entender!
Será sempre cantado, sim!
Homenagem muito bonita, Maria!
Beijinhos
Muito obrigada a todos quantos passaram por aqui em homenagem ao Zeca.
não o esqueci pois é impossivel esquecer - estará sempre connosco!!
Uma homenagem linda ao Homem que nunca sairá do meu coração. Serás Sempre a voz da Liberdade, Zeca Amigo.
Obrigada Maria por teres trazido mais um dos seus poemas. Não sei/ não consigo escolher nenhum deles.
Beijinhos
Ontem e hoje deixei comentários, em blogs amigos, sobre Zeca. E hoje encontro-o/te aqui! :-)
Venho dizer-te que o meu blog há muito que acabou e que a última coisa que lá pus foi um corolário e um adeus, não uma continuação... Pelo menos por enquanto. Mas que a tua visita me foi muito prazerosa.
Um abraço! :-)
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