Esta sensaçao

Esta sensação que tenho
de te ter amado sempre,
quando éramos crianças
e mais tarde, todos os
amores que tive eras tu.
É esta sensação que me
perturba, que me confunde
e eu não sei mais distinguir
o sonho da realidade.
Eras sempre tu? Não sei.
Mas até o filho que não
tivemos eu queria fosse teu
como quando meninos sonhávamos
sentados na relva do jardim.
É isto que eu sinto
e te dou a cada momento

Vem buscar-me

Vem ver este mar
e aquele barco que
já desapareceu
navegando para norte
onde tu estás
Vem ver
esta maré cheia
de ternura que
tenho para te dar
Vem buscar-me
leva-me contigo
onde o sol não se põe
onde as flores se erguem
onde os pássaros cantam
Vem buscar-me
e ao nosso amor...
que está sedento de ti...

Palavras

(foto de Pedro Branco)

Não tenho mais palavras, as que tinha
escoaram pelos meus dedos como água
mas... para que quero eu as palavras
se tu já não me podes ler?

O Cabo Avelar Pessoa

Este é o barco que faz as carreiras regulares para a Ilha, de Maio a Setembro.
Hoje já não tem o toldo a servir de cobertura.
Pode transportar cerca de 190 pessoas.
Há, no entanto, barcos mais pequenos que também fazem a travessia, e que transportam entre 10 a 20 pessoas, dependendo do tamanho do barco.

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Com a postagem desta fotografia está encerrada esta série sobre a Ilha da Berlenga.
Mais lá para a frente, aquando da nidificação das gaivotas, voltarei à Ilha para postar fotografias dos ninhos e dos filhotes...

Debaixo da pele

Tenho na garganta um nó que me sufoca e que eu desfaço
quando a tua voz me sussurra ao ouvido
palavras tão bonitas e tão suaves
como são as palavras de amor que me dizes
Tenho nos olhos um mar imenso, azul e profundo
onde tu mergulhas sempre que eu quiser
depois de um chuto na bola ou de uma corrida
na praia e vens molhado ter comigo
Tenho nos braços e no peito uma enorme ternura
e um grande amor para te dar. Em troca, só quero
agora esse beijo salgado que me prometeste
e onde escondes todo o desejo que eu te adivinho
debaixo da pele.

Indignaçao

Acabo de assistir ao final do "passatempo" da RTP1 sobre o maior português de sempre.
Como é possível?

E assim o amor

Passeio a minha mão pelo teu corpo
numa carícia quase infantil e
és menino de banco de escola.
As tuas mãos percorrem o meu corpo
acordam o amor que estava adormecido
e descobres a mulher que há em mim.
Os nossos corpos suados, colados,
entendem-se de uma maneira tal
que quase falam.
É assim o amor.

Despertas em mim o cio

Despertaste em mim
sensações há muito
adormecidas
e sentimentos que eu julgava
não voltar a poder sentir, viver
Apareceste em mim
e eu julgo que é sonho
não acreditamos, mas é assim
Despertas em mim o cio
e eu respiro e rio e vivo
quando me beijas
E é assim que me tens
nua, inteira, com todo
este amor para te dar.

Vista aerea e mapas da Ilha

Vista aérea da Ilha
(autoria desconhecida)
(em tempo: fotografia de Raul Santos)



Os mapas da ilha
(mapas cedidos por um amigo)

Já conhecem muitos aspectos da Ilha através de fotografias aqui publicadas.
Ficam agora a saber a sua localização e, no mapa inferior, encontrarão alguns nomes de carreiros, estreitos, pedras, que foram sendo aqui mencionados.

Depois da fola

Depois da fola... a Ilha fica mais bonita, ainda, se é que é possível...


Vou com o vento até onde o teu cheiro me chamar
Pego-te na mão e vamos ao encontro do amor
que é forte, que é imenso.
Ao fim da tarde quando o sol se espraia no horizonte
e a noite se prepara para nos cobrir de estrelas,
tu vens comigo e é saboroso o amor que fazemos
Depois tu partes e eu fico com o teu cheiro
nos meus lábios e nos dedos
E nos lençóis fica o amor, bonito, que fizemos…

Sophia poesia

As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
do mar que cantava só p'ra mim.

Arvore

Estico os braços, mas não consigo tocar-te...

Vou-te buscar

É amor, é paixão, é ternura
é um misto de pensamentos
sentimentos
que temos e experimentamos
tão fortes, tão suaves,
tão agudos, que até me dói
o estômago quando não estás
Tu falas-me e tu vens
o coração salta-me do
peito e eu
vou-te buscar
E é então que
tal como a semente fecunda
a terra
tu entras em mim
e os nossos corpos agitam-se
neste doce vai e vem do amor.

Ainda os efeitos da fola

No dia a seguir, os restos da fola, com as Estelas ao fundo...


... e aqui, no carreiro dos cações...

Vem...

Faltas-me
E eu quero-te aqui, hoje
abraça-me, amassa-me, aqui mesmo
como só tu sabes
Desassossega-me...

Prolongamento do cais VI

Começa a cair a tarde...


... o mar levou tudo...


... incluindo máquinas e instalações eléctricas para os trabalhos nocturnos
(para aproveitar a baixa mar)...


... só ficaram os sacos de cimento...


... o mar levou tudo... e já é quase noite...


Estas fotos foram tiradas num dia de Setembro de 2000.
Os homens que estavam a trabalhar nesta obra não quiseram ouvir quem os avisou.
E o mar levou tudo...
A construção do prolongamento do cais só foi concluída no ano seguinte, no início da época de 2001.

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Foi-me difícil escolher estas fotografias das cerca de 150 que tirei.
Apetecia-me mostrá-las todas.
Apesar da tristeza que senti por tanto trabalho perdido, por tanto dinheiro deitado literalmente ao mar, agradeço aos deuses ter-me sido possível ver este espectáculo da força viva da natureza, no seu estado mais puro.
Isto também faz parte da Berlenga.

Nunca mais

É esse tom de voz
e esse teu olhar
que adivinho
as palavras que
não dizes
mas que eu ouço
como um sussurro
e esse beijo
que me dás
e eu só recebo
em pensamento
que me agitam
que me excitam
que me fazem
desejar-te
tragar-te
sorver-te
para que nunca
mais saias
de dentro de
mim.

Voando...

Voava num pássaro gigante
muito acima do azul daqui.
Havia castelos brancos, de algodão,
mas não vi fadas nem princesas.
Estavas ali, naquela nuvem que me sorriu,
e disseste-me olá, sou eu.
Foi então que a nuvem se desfez
e os meus olhos choveram...

Prolongamento do cais V

A partir de agora já não me apetece legendar...




Ficámos todos, os que estávamos na Ilha, a ver o que ainda havia de vir...




Ouvíamos dizer " o mar é bonito"...


... e lembram-se do bidão?
Pois ele resistiu, mas a gravilha e tudo o resto foi-se...

Tu és mar

Às vezes penso que oiço
a tua voz mas é apenas
uma onda mais forte
que rebenta a meus pés
Tu és mar, o nosso amor
é mar, tão forte, tão grande,
que quando pensas em mim
ou eu em ti há uma magia
que nos prende e nos ata
mentalmente e eu sei que
naquele preciso momento
estamos juntos, embora
distantes e que, se quisermos,
até podemos olhar-nos nos olhos.
Tu és mar, e eu sou a praia
onde tu te estendes,
te espreguiças,
e me amas.

Prolongamento do cais IV

O bidão continua assente na gravilha...


... o mar continua a fazer o que lhe compete...


... agora eu tenho que me "pirar" senão ainda tomo um banho...


... o mar inunda todo o estaleiro...


... o material já está espalhado pelo cais...


... e já são visíveis alguns estragos em termos de perda de material...

Rio...

Vai ser longa a tua ausência e
eu não sei como vai o amor
sobreviver
Tenho tanto e tudo para te
dar que não sei se os teus
braços chegam para me agarrar.
Tenho medo da distância e
da minha presença ausente
E eu já não sei se o rio que
existe em ti se vai escapando
por entre os meus dedos...

Prolongamento do cais III

Os materiais descarregados do batelão estão todos no cais.
Vêem este bidão em cima de um monte de gravilha?


O mar continua a "vir a mais"...


... e dá um "banho" por cima de alguns materiais de construção...
(parece que estavam protegidos por uma grade...)


... e outro... vêem aquela grade?


... e ainda outro... onde estará a grade?


E o mar vai embora, levando com ele a grade, e... mais qualquer coisa...

Nuvem

O nosso amor é tão forte e tão
grande e tão profundo que até
as ausências são quase presenças
Ouço a tua voz e é como se
estivesses aqui, só não posso
acariciar-te porque, amar-te,
eu faço-o, em pensamento.
Fecho os olhos e vejo-te e
abraço-te sem te abraçar e
beijo-te sem te beijar.
Ah, se esta nuvem me levasse
para onde tu estás...
então seria o reencontro dos
nossos corpos e o êxtase
do amor total.

Prolongamento do cais II

A fola "vem a mais" no estreito...


... e na praia o recuo do mar é bem visível...


... começando a "lamber" o cais...


... a inundar a parte do cais em construção...


... o mar avisou...



... e subiu uns metros acima do Cavalete (rocha entre a inês e a fortaleza).