Wednesday, July 09, 2008

Vermelha é a terra


Vermelha é a terra de dor sangrando
clamando por justiça para quem a ama
Verdes são seus frutos madurados no tempo
de matar a fome de quem a beija
Cristalina a água que com ela se deita
cumprindo o ciclo da mãe natureza

31 comments:

Carminda Pinho said...

Voltaste, Maria.
Já tinha saudades dos teus poemas, e da tua companhia.:)
Beijos

Al Cardoso said...

Nao ha nada como cumprir o ciclo da mae natureza!

Um abraco dalgodrense.

BF said...

Maria

Tu �s terra sangrando
�s alma de gente
�s fruto maduro
Que j� foi semente
�s voz
Sentimento
Palavra rasgada
�s sonho
�s vida
E �s madrugada

Beijos sentidos
BF

pin gente said...

fluída e inspirada, parabéns
gosto da terra vermelha... húmida, e do seu cheiro doce.
"i had a farm in africa"
i didn'... but i remember it's smell

beijo

Carla said...

pode o vermelho ser de paixão, mas também de dor
que belas palavras!
beijos

Catarina Alves said...
This comment has been removed by the author.
Catarina Alves said...

...De onde é esta fotografia...?

Sonho ver o céu espelhar estas cores, num fim de tarde, em África... Assim como sentir o quente e o cheiro da Terra...

...

Beijito

Anonymous said...

Maria
Tu n�o rimas,mas...acertas sempre no alvo, a tua poesia chega-nos ao tutano, e somos invadidos pela tua utopia.
Que bom comungar-mos dos mesmos ideais!
Obrigado, amiga
Bjos

Delfim Peixoto said...

A Natureza ainda é pura, apesar de violentada por nós
bj

samuel said...

Pena que tanta desta maravilha esteja nas mãos de quem não a respeita, a violenta e ainda por cima lucra com o crime... mas as ilhas de poesia, de beleza e de justiça hão-de crescer e fundir-se até formarem continentes.

rosa dourada/ondina azul said...

Nada,
como a natureza para nos mostrar o ciclo da vida :)))


Beijinho,

Mié said...

que saudades da terra vermelha...

belo poema e bela homenagem

e tu

regressada de fresco ainda com palmeiras e terra vermelha no coração.

um beijo

enorme



(por cá...vai-se indo...)

Belzebu said...

S� uma verdadeira M�e, cumpre o seu ciclo, mesmo depois dos maus-tratos que lhe infligimos!

Aquele abra�o infernal!

Anonymous said...

vermelho, cor de tantos significados, de tanta intensidade, mas sobretudo, de vida. belo poema. abraços.

Lúcia said...

Palavras desinquietas: de dor e esperança! Como (d)escreves bem, Maria...
Beijinhos

AnaMar (pseudónimo) said...

Azuis são as emoções que esta leitura desperta...

Fernando Santos (Chana) said...

Olá, Maria!
Espectacular fotografía...Belo texto...Espectacular...
Beijo

Fernando Samuel said...

É altura de ao meu habitual «ainda bem que voltaste» juntar o «ainda bem que foste»: é linda esta prenda que nos dás...

O Profeta said...

Os poderes da terra são...imensos...


Doce beijo

Anonymous said...

Pena que tanta desta coisa esteja ameaçada.
Desfruta-a enquanto se pode.

(Há quem diga que desfruta se escreve com i, pois disfrutem)

Pitanga Doce said...

Maria a desfrutar do vermelho da terra que a Bahia tem.

beijos e aproveita

Unknown said...

Vermelho é a cor da paixão, da cólera da dor...
Cada coisa tem uma cor...ou a a cor que lhe queremos dar...
um abraço
brisa de palavras

Ana said...

O ciclo começa a estar lamentavelmente alterado pela falta de cuidado da mão do homem...
Depois admiramo-nos quando a natureza se zanga.

Belas palavras, as tuas.

Beijinho

mariam [Maria Martins] said...

lindo! hino à terra, livre.......

bom resto de semana
um sorriso :)

Anonymous said...

Linda poesia da mãe natureza...

Agulheta said...

Maria. Sempre ouvi,que os melhores perfumes se encontarm em frascos pequenos,como este poema a terra mãe.
Beijinho Lisa

Maria said...

A todos os amigos que por aqui passaram :

Não tenho tido tempo para os visitar a todos, e hoje não vou responder individualmente. Tenho de optar entre continuar a visitar-vos, e há muitos posts para eu ler, e responder-vos aqui.
Optei por continuar a ler os posts que estão em atraso.
Em dois ou três dias estou certa de que ficarei “em dia” com todos...

Entretanto, e porque perguntam onde foi tirada esta foto, devo dizer que foi na estrada que liga o Hotel Fazenda Villa Rial à estrada nacional que vai dar a Cachoeira, cidade a cerca de 100 km de Salvador, onde em 25 de Junho de 1823 teve início a batalha pela independência da Bahia, que se concretizou em Salvador a 2 de Julho. E já ficou aqui um pouco da história que vos irei contar, com fotos...

Beijos a todos

Luis Eme said...

lindas palavras para ilustrar um bonito entardecer...

beijinho Maria

Filoxera said...

Palavras maravilhosas, acompanhadas de imagens que não o são menos.
Parabéns!

BlueVelvet said...

Que lindas palavras.
Aqui te deixo um dos mais belos poemas que conheço, sobre a Terra e a Bahia. ( Caetano Veloso).
Quando eu me encontrava preso na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez as tais fotografias
Em que apareces inteira, porém lá não estava nua
E sim coberta de nuvens
Terra, Terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Ninguém supõe a morena dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema mando um abraço pra ti
Pequenina como se eu fosse o saudoso poeta
E fosses a Paraíba
Terra, Terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Eu estou apaixonado por uma menina terra
Signo de elemneto terra do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia
Terra, Terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Eu sou um leão de fogo, sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente, e de nada valeria
Acontecer de eu ser gente, e gente é outra alegria
Diferente das estrelas
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
De onde nem tempo e nem espaço, que a força mãe dê coragem
Pra gente te dar carinho, durante toda a viagem
Que realizas do nada,através do qual carregas
O nome da tua carne
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Na sacadas dos sobrados, das cenas do salvador
Há lembranças de donzelas do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito
Terra, terra,
Por mais distante o errante navegante
Quem jamais te esqueceria?

Veludinhos azuis

Maria said...

luis eme

filoxera

blue velvet


Obrigada por terem passado aqui.
Beijos