Thursday, April 29, 2010
Abril é Ary IV
De pé, oh Companheiro
Cantar aqueles que partiram
é dar força à liberdade
as flores vermelhas que os cobriram
tornaram alegre a saudade.
Foi naquela tarde de Maio
que lhes dissemos adeus
quem disser adeus em Maio
nunca se afasta dos seus.
De pé, de pé oh companheiro!
De pé e punho levantado
o que morreu é o primeiro
a estar de pé ao nosso lado.
Quem tombar no caminho
continua ao nosso lado
partir não é estar sozinho
é lutar acompanhado.
Por isso os que não ficaram
nem calados nem cativos
em Maio não nos deixaram
pois para nós só há vivos.
Na batalha que travamos
não há tristeza nem morte
a bandeira que levamos
é a razão do mais forte.
Baixando à terra com ela
quem morre devolve à terra
a semente ainda mais bela
contra a fome e contra a guerra.
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14 comments:
Boa, mais esta homenagem a Ary.
Um beijo.
Tanto que é preciso lutar ainda!
Abraço
Obrigada Maria. Acho que os fluídos não andam muito bons lá na árvore. Vou pedir à Letícia para me fazer um patuá para pendurar na entrada.
Me diz se já vês!
Verdadeiramente emocionante, estou comovida com este poema.
Um beijo, Ava.
Belo poema!
beijos
"Quem tombar no caminho
continua ao nosso lado
partir não é estar sozinho
é lutar acompanhado."
Que "força" nestas palavras!!!
Um beijo
«Cantar aqueles que partiram
é dar força à liberdade
as flores vermelhas que os cobriram
tornaram alegre a saudade.»
Emocionou-me.
Beijinho
É verdade para mim também.
Este Ary que tanta falta nos faz numa altura em que tudo volta a ser posto em causa.
Gostaria de ouvir de novo a sua poesia de intervenção 36 anos depois de Abril.
Claro que é!
Beijinho, minha Maria*
Não há dúvida: Abril é Ary - e Maio também.
Um beijo grande de Abril/Maio.
Que delícia passear pela tua música, faz-me sentir em casa!... :)
Canto-a até ao fim sem vacilar!!!
Beijo, Maria quase Maio
Respirando Liberdade, prepara-se o 1º de Maio revisitado!
Beijo
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